Tenho algum apego a ser bem tratado. Quem não tem??!!
Gosto que me recebam bem. Gosto que saibam aquilo que mais me agrada e que me reconheçam quando entro a porta.
Para mim o reconhecimento é isso mesmo. Tu sabes onde eu poiso o casaco, eu sei onde tu deixas a mala de mão. Mas não estamos a falar de casamentos ou relacionamentos desses.
Aqui a questão é mesmo sobre os restaurantes onde costumamos ir e aqueles onde nunca vamos porque não nos conhecem.
Não nego que ter algum "conhecimento interno" é importante. Que o diga a malta apanhada nas malhas do Processo dos Vistos Gold...
E não nego também que tenho retirado até trunfos desses conhecimentos pessoais: mesas de restaurantes "todas reservadas" e que por milagre se abrem ao "Je", miminhos dos chefes para o meu prato, e coisas assim.
Nunca deixei de pagar ( coisa que me faria nunca mais voltar) a não ser em casos excepcionais. O mais que aceito, quando estou acompanhado, será um "cheirinho" de whisky no copo do senhorio, porque eu normalmente não bebo digestivos.
Mas com estas ideias de velho acomodado vou perdendo a emoção da "caça"... E não é apenas dessa "caça" em que estão a pensar! Da "caça e captura" das boas novidades que se podem ir abrindo no ramo da restauração.
Bem posso ir lendo as mensagens da Fátima e do Mário no Face, sempre a "abrir" nesta área. Bem posso ler as crónicas do Fugas (Moreira e Fortunato fazem um bom trabalho!). Bem posso penar com saudades do meu Zé (melhorando, devagarinho, da maleita na vista)...
Mas quando chegamos aos "finalmentes", à hora de escolher? Lá vai o gordo para os mesmos lados outra vez: O Beira Mar, o Solar, o maluco do Pedro da Horta, o Galito, o Jockey, a Tia Matilde...
Por isso estimo as deslocações, que me permitem variar. Bem, variar um pouco apenas, porque tudo o que é demais deita por fora.
Esta falta de audácia terá a ver com a idade ? Ou com o necessário aprumo da escolha, agora que o dinheiro está cada vez mais caro e que não tenho ninguém (como nunca tive) para pagar as contas?
E se for para ir, sentar, comer mal, pagar e nunca mais lá pôr as solas, porque diabo iremos?
Lembra-me esta conversa as minhas aulas de análise de risco, quando associava valores de probabilidade a certas decisões de gestão.
Quanto maior o risco (medido em custo , despesa, ou prejuízo potencial) mais alta deveria ser a medida de probabilidade que aconselhava a acção.
Ou, dito por outras palavras: "Se vais ter uma reunião importante de tarde e almoças antes, tira a gravata de seda à mesa!"
Há ainda tanta casa boa e conhecida para comer... Porque é que havemos de correr o risco?
Porque quem não arrisca , não petisca.
E é o caso aqui. Não petiscas mesmo!
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário