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Eu tenho também dado muitas vezes a experimentar a quem nos visita o melhor que temos. Na cozinha e nas vistas, usos e costumes. De tal forma que começou a criar corpo no âmbito dos nossos colegas internacionais a ideia que , se marcassem férias para Portugal, alguém os ampararia devidamente.
Não me custa nada ajudar nas marcações de Hotel e propor visitas e restaurantes, Faço-o sempre com gosto. E normalmente convido também sempre quem por cá aparece para almoçar ou jantar.
Mas, no meio desta crise existencial que assola todos, mais cedo ou mais tarde, dei por mim a pensar onde deveriamos traçar a fronteira entre a Hospitalidade e o Provincianismo.
A fronteira deve ser traçada algures entre a nossa forma de estar aberta e afável, pronta para agradar, e a bajulice própria do "pequeno" que recebe o "grande", estando (ou não) à espera de rentabilizar futuramente esse "investimento".
Claro que a distinção entre "pequeno" e "grande" é relativa. Não estamos no tempo das "Cours Itinérants du Roi Soleil", onde a comitiva real era obrigatoriamente recebida pelos nobres e autarquias da região onde passava, levando muitas vezes à falência alguns deles com a exigência pesada da respectiva acomodação.
O que me leva a reflectir é que, para alguns e neste enquadramento de bem receber, "grande" será sinónimo de "visitante estrangeiro" , enquanto que a ele, ao tuga, caberá bem o epíteto de "pequeno"... E isso não pode ser.
Tal como "velhos são os trapos", então "pequenos devem ser os toma***" de quem pensa assim e age em conformidade.
"Liberté, Egalité, Fraternité" tem a Igualdade no meio... Já tinham reparado?
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