terça-feira, junho 28, 2005

O CORREIO-MOR FEITO PELOS SEUS LEITORES

malta das trincheiras ou a segunda visita ao blogue ou um olhar por enquanto mais profundo que rigoroso
há palavras e imagens que emitem calor, aquela energia que nos entrega quando as armas estão apontadas há procura de uma presença humana e zás ali estão eles. alvo a abater. e nós não nos importamos. já não nos importamos, como se tivéssemos recebido a notícia de que já não vão conseguir entrar. tarde de mais. é isto a esperança? essa pergunta só de alguém que nunca sentiu o crunch de uma barata numa cela. são memórias diferentes, que se cruzam e se confundem em palavras umas mais amargas e outras doces como no "temporada de patos", filme não aconselhável em que ela trinca duzentos e tal doces uns a seguir aos outros porque se tudo correr bem e se ela pensar numa cor e se a metade para a qual olha for dessa cor o seu desejo vai concretizar-se. qual desejo, sabe há quanto tempo estou aqui, nesta trincheira, isto não é um livro do andré brun é a vida real e aqueles tipos estão a querer dar cabo de nós. diz-me que a guerra acabou só faltava agora começarmos todos a cantar e avançarmos para o inimigo. mas é isso mesmo que falta. digo-lhe eu. eles já estão a recuar. e este barulho? não são patos, nem bravos nem mansos e eu também gostava de ir com as aves mas destes sítios não se volta inteiro. estás-me a baralhar digo-lhe em voz de comando é só uma volta de reconhecimento e dou um salto para sair da trincheira mas nem com o karajan eles lá iam com ele é que não ia mesmo você é jornalista ? vá lá você à minha frente
ana catarina

Um comentário:

Anônimo disse...

impossível resistir. ficção ou realidade, ficamos sempre com a dúvida. e se num momento achamos que é uma, logo a seguir temos a certeza que não, não pode ser, é fantasia. é uma forma de estar. sem dúvida. inimitável. completamente tua.