Li num estudo recente sobre o turismo nas nossas cidades (e cito de memória):
"Na falta de Museus de referência e Eventos culturais importantes que atraiam visitantes, as principais cidades de Portugal oferecem sobretudo a gastronomia, a hospitalidade e o tipicismo dos bairros antigos(...)".
Dá que pensar.
Lisboa não é Nova Iorque, com o MET, e o Porto não é Bilbao, nem tem o seu Guggenheim Museum. Em Braga não haverá todas as semanas concertos de Mozart e Strauss, como em Viena. E , para não deixar o sul apeado, em Évora não encontramos uma cena dramática tão envolvente como em Berlim.
Temos é o Jockey e a Horta dos Brunos, o Solar e o Beira Mar, mais a Cozinha do Manel e o Abadia, o Arcoense e o Fialho, e ainda o D. Joaquim...
Comes e bebes, fado e azulejos velhos, calçadas artísticas e mar à vista. É só isto? Nem o MNAA, nem o Soares dos Reis? Nem a Gulbenkian? Nem a Biblioteca Joanina?
Mas depois recebemos 23 prémios no concurso internacional dos "Óscares do Turismo". Podem ler aqui:
http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/turismo___lazer/detalhe/portugal_ganha_23_oscares_do_turismo.html
Coisa estranha... Ou talvez não.
Mas uma coisa é certa: cuidem da mesa, cuidem da restauração e da hotelaria, formem bons profissionais, cuidem dos nossos vinhos e dos nossos comeres. Disso depende grande parte da nossa sobrevivência neste mundo do "turismo".
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