quinta-feira, novembro 05, 2015

Comer fora encarece à medida que nos aproximamos de Lisboa





A "inspecção" ao pavilhão multi-usos da Câmara Municipal de Viana de Castelo correu muito bem. Trata-se de um equipamento moderno, cheio de particularidades que o tornam de utilização fácil e adequada a vários tipos de eventos, desde concertos rock e competições desportivas até ao caso que lá nos levou, a XXII Exposição Filatélica LUBRAPEX que comemora aqui em Portugal, em 2016, os 50 anos de existência, sendo por isso considerada a mais antiga exposição bilateral do mundo (Portugal-Brasil).

Aproveitando a ida a Viana visitámos três restaurantes:

A antiga casa de pasto Maria de Perre no centro da cidade de Viana, mesmo ao lado do beco da Cova da Onça, nome que deixará alguma nostalgia aos noctívagos lisboetas dos anos 60 do século passado. Um belo bacalhau à Narcisa e um belo cabrito (verdadeiro). Vinhos verdes de Ponte de Lima.

A Tasca da Linda, junto ao porto de pesca. Reino do peixe fresco e marisco.

E depois, cá mais para baixo, em Fátima, a conhecida e badalada Tia Alice. A chanfana e os arrozes (de pato, de carnes à antiga, etc...) fizeram a sua merecida fama.

Comemos sempre bem. E os preços foram sempre também muito inferiores aos de Lisboa, para  comeres  e vinhos homólogos.

Desde os menos de 25 euros por cabeça na Maria de Perre, até aos 40 euros na Tasca da Linda, mas aviando marisco (meio kg de percebes galegos e mais meio kg de camarão da Aguda) e peixe fresco (um magnífico peixe-galo de 1,6 kg). Na Tia Alice subiu a conta, mas aí foi influenciada pelo grande vinho tinto D. Berta Reserva de 2011 ( duas garrafitas).

A bem ver as coisas, e passe a anedota, quanto mais nos aproximávamos de Lisboa mais caro pagámos... Isto porque a Tasca da Linda fica a sul da Maria da Perre...

Estou em crer que  - se tirarmos fora desta equação alguns estrelados restaurantes algarvios -  também notaríamos um semelhante incremento de preço médio por refeição se nos tivéssemos deslocado do Sul para Lisboa.

Lisboa continua a ser o tal aglomerado de "muitas e desvairadas gentes", ponto de atracção fatal para portugueses e estrangeiros, e serve-se disso para aumentar os preços.  O que se nota sobretudo no factor de multiplicação  do preço dos vinhos servidos em restaurantes.

Mas cuidado! O Porto está cada vez mais na moda e faz já sombra à capital como factor de atracção turística. E se para além dos pontos de interesse começar a constar a "bondade" dos preços da alimentação?  Qualidade acima da média já por lá existe...

Dá-me vontade de cantar a moda de Mirita Masimiro e de Amália: "Lisboa! Não sejas francesa!"

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