A imagem da Grand Place e do restante centro de Bruxelas, neste fim de semana, mexeu um bocado comigo.
Num local onde estive tantas vezes, que sempre tem sido considerado o "coração da Europa" , faz pena ver as ruas desertas, todas as lojas fechadas, escolas e transportes públicos idem, idem...
Em Paris pelo menos as pessoas saíam para a rua depois dos massacres. Em Bruxelas, o medo do que estará para acontecer sobrepôs-se às necessidades da vida diária. Em certo sentido os terroristas parece que já ganharam, ao afectarem desta forma os usos e costumes dos belgas.
Mas como escrevia hoje o editorialista do Público, uma coisa é encarar com firmeza "o depois", outra bem diferente é "precaver o que pode ser". Num caso remedeia-se, noutro caso previne-se. E se há mortes em perspectiva , ninguém pode acusar os poderes públicos de errarem pelo exagero na precaução.
Como se podem explicar estas coisas às crianças?
Numa conversa de amigos que tivemos neste fim de semana levantou-se esta questão e foi referido o excelente artigo do Libération de 14\11 sobre este tema. Dou aqui uma amostra desse artigo:
Première chose : les informer directement de la situation. Pour cela, les termes à employer et les images à montrer dépendent de l'âge des enfants. Par exemple, au-dessous de six ans, mieux vaut ne pas montrer d'images, dire que ce qui s'est passé est grave pour tout le pays, ne pas cacher que l'on est ému. Rassurer, en disant que les adultes sont là pour protéger les habitants.
Jusqu'à 10 ou 11 ans, il convient d'apporter des réponses factuelles aux questions, leur expliquer que les adultes veillent à ce que ça ne se reproduise pas, que les coupables sont recherchés. La pédopsychiatre conseille de leur proposer de dessiner ce qu'ils ont compris.
Pour les adolescents, particulièrement confrontés aux images, notamment sur Internet, «il faut les aider à cadrer leurs réactions et redonner des informations simples sur la loi qui protège la liberté d'expression et pose l'interdit du meurtre ainsi que la nécessité d'être solidaires face à un événement d'une telle violence qu'elle peut entraîner des réactions en chaîne. Il est important qu'ils sentent que les adultes sont des soutiens solides, tant dans la famille qu'à l'école.»
Para mais e melhor informação sobre como responder às nossas crianças sobre esta matéria tão complicada não deixem de ver este site, do mesmo jornal:
http://www.liberation.fr/apps/ptit-libe/#/3/
Uma coisa parece ser certa: A guerra do século XXI não é igual à guerra do século XX. E a ideia que tenho neste momento é que não são os exércitos convencionais que estão em condições de ganhar esta "guerra nova". O exército para ser eficaz necessita de ter um inimigo amplo e visível à sua frente...
Veremos como estes acontecimentos podem influenciar o futuro da relação de forças entre os Ministérios da Defesa e do Interior. E o respectivo financiamento...
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