quarta-feira, outubro 03, 2007

Ainda a Liberalização dos Serviços Postais


Alguns amigos questionaram o meu Post de ontem com algumas observações que vão mais ou menos neste sentido:

"em concorrência estamos nós todos a trabalhar nos CTT já há mais de 10 anos! Não há grande novidade nesta notícia - já esperada há meses - da Liberalização Total da prestação dos Serviços Postais".

Sei que no sector CEP (Courrier, Express e Encomendas) a concorrência aos CTT é uma realidade forte há muitos anos. Mas também sei como é que essa realidade moldou a forma de estar das nossas empresas CTT que se posicionam nesse mercado , a CTT Expresso em Portugal e a TourLine em Espanha.

Para simplificar, a melhor forma de o evidenciar poderá ser assim: guerra de preços, enorme flexibilidade do sistema operativo, esmagamento de margens, primado do Cliente, grande fluidez da carteira de Clientes (entram e saem mais de 1000 Clientes todos os anos), procura incessante dos atributos da Qualidade que o Cliente reconhece.

Ora em sociedades que se "montam" em estruturas de custos mais variáveis do que fixos , estas tendências são bem toleradas e "digeridas", mesmo que à custa de políticas de agenciamentos e sub-contratações.

Agora imaginem uma companhia ter de fazer face às mesmas restrições quando se "senta" em cima de custos fixos (sobretudo ligados ao factor trabalho)... E que tem de gerar meios financeiros notáveis, mês a mês, para alimentar a sua própria estrutura macro.

E onde - à maneira dos velhos exércitos de antigamente - estarão 4 ou 5 trabalhadores a labutar na rectaguarda para que haja apenas outros 7 a vender, atender clientes ou a entregar correio...

Podem ter a certeza de que a Liberalização Total, não sendo de facto uma ideia nova, é mesmo um "Papão "que nos deve merecer receio fundado e muito trabalho de "ginásio" para dar flexibilidade a uns "rins" empresariais pouco móveis dado o tipo de trabalho que tiveram nestes 500 anos que levam de vida....

Dito isto, para trás mija a burra (com V. licença) e não há alternativa senão aproveitarmos estes 3 aninhos para tirar do chapéu algum "coelho" que nos permita ganhar esta contenda cujo início está já anunciado, mas que não se sabe ainda bem onde, quando e como irá acabar.

Um comentário:

Anônimo disse...

Olá amigo Raúl, antes demais o meu abraço de saudade pois a algum tempo que não nos encontramos, e os meus parabéns pelo Blog que se mantém com um nível fantástico. Agora o que me trás hoje aqui é a lista elaborada pelo New York Times sobre os dez melhores vinhos tintos que custam menos de 7 Euros, e surpresa das surpresas em 1º lugar a Casa Cadaval(Ribatejo) com o vinho Padre Pedro.2º Domaine de lÁmeillaud (França). 3º Viña Gormaz Ribera del Dueron (Espanha).4º Georges Duboeuf (França). 5º Altas Cumbres (Argentina). 6º Wyatt California Cabernet Sauvignon (EUA).7º J. Vidal-Fleury (França). 8º Domaine Monte de Luz (Uruguai). 9º Ravenswood California vintner´sBlend (EUA).10º Paringa (Austrália). Lamentavelmente não tive o prazer de provar nenhum destes vinhos e poder dentro dos meus limitados conhecimentos comentar tal lista, mas uma coisa garanto o vinho Português vou comprar e provar.
Um grande Abraço
Paulo Mendonça

P.S: Caro amigo as datas começam a ficar apertadas para almoço do Blog 2007