Lá continuo com as férias "atípicas"... Ontem fui a Lisboa para a reunião da Comissão de Honra da AHRESP e ficou o "senhorio" a tomar conta do forte. Do forte não! Da castelã... Que vai bem melhor das dificuldades físicas. O problema é a cabecita. Não será a única...
Hoje dou um salto aos serviços de manhã e regresso logo a seguir.
No Domingo haverá a mudança de nome do velho aeroporto da Portela para aeroporto "General Humberto Delgado" e lá estarei com a "caixa" dos carimbos de prata.
Será também a 1ª "carimbadela do atual 1º ministro. O Prof. Marcelo já manipulou a "ferramenta" na Gulbenkian, para os "75 anos da Liga Portuguesa Contra o Cancro".
Sai então o habitual poema das sextas feiras, hoje dedicado ao Verão. O qual deve estar como a minha "santa", Esquecidinho de todo!
Aqui vai Fernando Pessoa, no seu disfarce de Alberto Caeiro:
No entardecer dos dias de Verão, às vezes,
Ainda que não haja brisa nenhuma, parece
Que passa, um momento, uma leve brisa...
Mas as árvores permanecem imóveis
Em todas as folhas das suas folhas
E os nossos sentidos tiveram uma ilusão,
Tiveram a ilusão do que lhes agradaria...
Ah, os sentidos, os doentes que vêem e ouvem!
Fôssemos nós como devíamos ser
E não haveria em nós necessidade de ilusão ...
Bastar-nos-ia sentir com clareza e vida
E nem repararmos para que há sentidos ...
Mas graças a Deus que há imperfeição no Mundo
Porque a imperfeição é uma cousa,
E haver gente que erra é original,
E haver gente doente torna o Mundo engraçado.
Se não houvesse imperfeição, havia uma cousa a menos,
E deve haver muita cousa
Para termos muito que ver e ouvir ...
Alberto Caeiro, in "O Guardador de Rebanhos - Poema XLI"
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