Aproxima-se a XXII Lubrapex.
Na semana que vai entrar a Conferência de Imprensa oficial anunciadora do Evento será já na Segunda-Feira, em Viana do Castelo. E o vosso Blogger vai lá estar.
Depois disso teremos a vida normal, finalmente em Lisboa e de volta ao gabinete ( que, coitado, já sente saudades minhas). Eu, nem tanto...
Mas é bom que o gabinete não se habitue ( nem ele à minha pessoa inteira, nem a cadeira ao meu real assento). Porque logo na semana seguinte vou acampar para Viana do Castelo. Mas disso ainda falaremos. A XXII Lubrapex será de 26 Abril a 2 de Maio.
Hoje trago-lhes um poema de chuva. Trata-se de tentar exorcizar a tempestade que não nos larga, um pouco à moda da magia "antipática"... Tanto hei-de falar de ti que te aborreces e basas...
E como estamos em ano comemorativo do grande Vergílio Ferreira aqui vai, da pena do mestre:
Cai a Chuva Abandonada
Cai a chuva
abandonada
à minha melancolia,
a melancolia do nada
que é tudo o que em nós se cria.
Memória estranha de outrora
não a sei e está presente.
Em mim por si se demora
e nada em mim a consente
do que me fala à razão.
Mas a razão é limite
do que tem ocasião
de negar o que me fite
de onde é a minha mansão
que é mansão no sem-limite.
Ao longe e ao alto é que estou
e só daí é que sou.
Vergílio Ferreira, in 'Conta-Corrente 1'
à minha melancolia,
a melancolia do nada
que é tudo o que em nós se cria.
Memória estranha de outrora
não a sei e está presente.
Em mim por si se demora
e nada em mim a consente
do que me fala à razão.
Mas a razão é limite
do que tem ocasião
de negar o que me fite
de onde é a minha mansão
que é mansão no sem-limite.
Ao longe e ao alto é que estou
e só daí é que sou.
Vergílio Ferreira, in 'Conta-Corrente 1'
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