Acho que todos, ou quase todos, gostamos da AUDI. Marca antiga e com muita qualidade que começou a sua apresentação pública pelo desporto automóvel, talvez em 1933. E ficaram célebres os AutoUnion que antes da 2ª guerra (1935\1937) dominaram as pistas de Grand Prix da Europa, com Tazio Nuvollari e outros grandes pilotos ao volante.
O que se dizia na altura é que poucos tinham "unhas" para segurar 520bhp ( cavalos) de potência naquele tempo, com travões "de bicicleta"... Recordes mundiais de velocidade (320km\h) e máximos de subida de rampas foram estabelecidos nesses dias por estes carros como se passeassem no Jardim da Estrela, tal a superioridade técnica que lhes era dada pelo Engº Ferry Porsche, filho do "outro" Porsche que inventou o Volkswagen.
Quem não gostaria de ser ainda hoje "Porsche", nem que fosse pela parte de algum primo distante?
Mas divago.
Continuando: Pois eu, que até já tive um Audi A4 distribuído como carro de serviço ( e gostei!) acho que depois deste anúncio do concurso Factura da Sorte coordenado pelo Sr. Governo - conhecida na gíria como o AutoTottaSorteio e que fará sortear 52 viaturas A4 e 6 viaturas A6 - os "outros" clientes da marca AUDI vão passar a andar na rua de tromba descaída, trocando a sobranceria da possessão orgulhosa pelo medo que lhes atirem a ignomiosa frase:
-" Olha lá oh meu! Ganhaste o chaço na Factura da Sorte não??!!"
À cautela recomendo que os gestores de frotas aproveitem esta condição de "carro popular" para comprarem mais barato ainda os AUDI... No fim de contas não é todos os dias que se faz o milagre de transformar um A4 num "topo de gama"...
É que depois do A4 ainda há o A5, o A6, o A7 e o A8. Sem falar na gama "Q", toda ela situada em preço acima do A4 base. Mas que gama de topo mais alargada...
Será que a BMW e a Mercedes se estão a rir com esta história?
Pode ser que sim, mas serão risos de raposa velha a desdizer das uvas: "estão verdes , não prestam", depois de terem perdido o concurso em causa.
Uma coisa é certa: quem já tem AUDI A4 ou A6 deve preparar-se para ser alvo da piadética nacional.
E quem estiver para comprar? Para bom entendedor...
quarta-feira, março 26, 2014
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Um comentário:
Pressinto que muitos destes carros não vão chegar a sair dos respectivos Stands, trocados por notas de banco com destino certo na conta do senhorio ou da hipoteca da casa. Antes assim. Carlos Drummond de Andrade, no entanto, pensava noutra coisa quando escreveu este poema:
COTA ZERO
Stop.
A vida parou
ou foi o automóvel?
(in Alguma Poesia)
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