quinta-feira, janeiro 05, 2012

"Bosses" há muitos....Mas o de Chicago é o Mayor!

Não devem perder a magnífica série "Boss" (TVSeries)  onde o principal intéprete é o vencedor de 5 Emmys, o grande actor  Kelsey Grammer .  Provavelmente o nome não diz nada sem referir que interpretava o psiquiatra Frasier Crane nas séries Cheers, Wings e Frasier.

Vejam aqui os detalhes sff: http://www.imdb.com/title/tt1833285/

Kelsey Grammer , um dos "heróis da magnífica colheita" de 1955 (olhem bem para a imodéstia do Blogger!) faz aqui em BOSS um excepcional Mayor de Chicago, senhor de um poder quase absoluto na cidade dos grandes lagos, king maker que pôe e dispôe do lugar de Governador do Ohio, manipula e controla todas as actividades lucrativas da cidade, mantém e governa com mão de ferro um grupo de empresários, chefias de minorias, polícias, bombeiros e o que mais que pudermos pensar...

.As semelhanças com outra grande série (com a mão de Mestre Scorsese) a passar também no Cabo aqui em Portugal -  Boardwalk Empire - são óbvias. Mas com uma enorme diferença! Enquanto que "Nucky Thompson" , o actor Steve Busemmi, governa Atlantic City nos anos 20 do século passado, o Mayor Crane faz o mesmo numa Chicago dos nossos dias.

E quem diria que nos nossos dias seria ainda possível ter um poder absoluto, sem qualquer tipo de controlo, sobre a 3ª maior cidade dos USA,  cidade de 2,8 milhões de pessoas (sem contar os arredores) e com um Orçamento anual para cima de 3,2 biliões de USD...

O enredo da série BOSS complica-se quando o todo-poderoso Mayor se apercebe que foi atingido por uma doença neurológica degeneratica, incurável. E que tenta esconder de todos, incluindo da mulher e dos conselheiros mais próximos... A decadência de um deus-homem, "cronicada" pelo próprio, faz desta série um must see absoluto. Na minha opinião, está claro.

Nota final: Aqui em Portugal também sempre se ouviu dizer que os Presidentes de Câmara eleitos tinham um poder nas suas áreas de influência  "de facto" muito superior aos dos Ministros e Governadores Civis... Seriam quase, quase, omnipotentes entre eleições... E sem hipóteses práticas  de responsabilização civil ou criminal pelos atos cometidos...

Não será de estranhar assim tanto a ideia-base da série BOSS.... Para os portugueses, está claro!

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