Não diria que é o fim, nem sequer o princípio desse mesmo fim, como li em alguns jornais, mas que é embaraçoso para todos , lá isso ninguém pode negar...
A começar por Bruxelas e pelo Staff de Durão Barroso e, porque não dizê-lo, a acabar no próprio 1º Ministro Irlandês que das duas uma: ou não se empenhou como devia neste Referendo , ou , se o fez e perdeu, devia tirar ilacções importantes desse resultado.
A Europa Federal deu efectivamente um passo atrás, mas todos estes anos de construção europeia têm sido sempre como um LEGO, às vezes avança-se mais depressa - sobretudo fruto das circunstâncias ou de uma liderança mais enpenhada (o Tratado de Lisboa muito deve ao Governo Português) - outras vezes temos mesmo de dar um passo atrás para podermos avançar com mais segurança...
O Povo falou? Pelo menos 50% dos Irlandeses falaram, e mesmo contestando a eficácia da figura referendária - grande ferramenta demagógica historicamente muito utilizada quer pela esquerda quer pela direita - o que é certo é que a Lei do País Irlanda impede que não nos curvemos perante o resultado.
Faz-se a Europa a duas velocidades? Exclui-se a Irlanda da União Europeia? Tudo isto são conjecturas infantis (para não dizer outra coisa) de políticos que falaram debaixo do calor do momento ...
Há que encontrar outra alternativa, nem que seja alterar minimamente o Tratado para que a nova versão já possa ser outra vez referendada ...
Mas há que ter paciência e , sobretudo, evitar a construção de cenários de catástrofe que só dariam munições e pólvora aos Euro-cépticos.
"Roma e Pavia, etc..." Lembram-se?
E.T: A caricatura que ilustra este Post é de Nelson Fernando.
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