sexta-feira, junho 29, 2007

Precisão sobre o "Sobaka.Ru"


Amigos que tentaram o cocktail aqui deixado há dias criticaram que eu não tivesse definido que quer a Vodka quer o "Xarope" de Limão deviam ser geladas!!

Peço desculpa mas pensei que era evidente. Vodka bebe-se sempre gelada!

Já agora, o Xarope de Limão utilizada na Rússia não é Xarope (mistura de àgua, açucar e Limão) mas sim um licor (portanto alcoólico) feito de sabor a limão.

Os mais conhecidos são os das marcas italianas "Villa Massa" e "Limoncello". Mas há outros e até portugueses , da marca Âncora.

Barómetro Político:Ps e Sócrates caem





Resultados de hoje de manhã (TSF\DN\MarkTeste):


PS - -----------40,4% (cai 6 pontos)
PSD ---------- 33,8% (sobe 2 pontos
PC - -----------10% (sobe 2 pontos)

BE ------------ 8,4% (mantêm)

CDS\PP ------ 7,4% (sobe 2 pontos)

O 1º Ministro tem a popularidade em causa. Neste momento mais de 50% dos inquiridos discorda da sua actuação.

Fenómeno conjuntural (Gaffes ministeriais, etc..) ou de estrutura? Apenas a continuação das sondagens e a consolidação (ou não) desta tendência o poderá dizer.

Uma coisa parece certa: PS com mais um mandato de maioria absoluta pode ser difícil de conseguir...

quinta-feira, junho 28, 2007

Notícias Curtas. Umas Boas, outras nem por isso...



1. Liberalização dos Serviços Postais na UE passará para 2011 ( e há quem diga que para 2013...).

Boa malha!


2. Ministro da Saúde aconselha que medicamentos fora de prazo sejam dados aos pobrezinhos...

Enfim, lá perdeu o Engº Mário Lino o Óscar da gaffe desta semana. Mas não se preocupe que para a semana há mais (se não for já amanhã...).


3. Brasil perde 0-2 com o México na abertura da Taça América.

E esta Hein?!?


4. A nova lei do tabaco deverá ser hoje aprovada no Parlamento com os votos favoráveis do PS e do PSD. O documento que entra em vigor dentro de seis meses é menos radical do que a proposta do Governo: dá aos pequenos restaurantes, bares e pastelarias a possibilidade de continuarem a ser locais de fumadores. Mas ontem houve surpresas: a lei permite a criação de um preço mínimo para o tabaco, uma novidade contestada dentro do próprio PS, que a considera uma cedência às tabaqueiras.

Finalmente um pouco de bom senso. Mesmo assim a coima para quem for apanhado a fumar nos locais proíbidos ainda é maior do que a aplicável se o perpetrante estivesse a "ganzar"...

Acham normal?!?


quarta-feira, junho 27, 2007

S.Petersburg 4



E aqui vai a imagem do Esturjão recheado com caranguejo do Báltico.

Não é para corações frágeis, embora o gosto seja surpreendentemente agradável...

S. Petersburg 3



Então e a Vodka?!?

É hoje um lugar comum aqui no Ocidente dizer-se que os eslavos (mais propriamente os Russos) bebem que nem umas esponjas...

Para cimentar esta ideia contribuiu muito o que os jornais diziam dos eventuais hábitos alcoólicos do Sr. Boris Yeltzin, o qual - e segundo parece - beberia mais Vodka do que um boi bebe água depois de um dia a lavrar ...

O que tenho para vos dizer sobre esta questão não vai decerto tirar teimas a ninguém, mas aqui fica como registo de uma viagem.

Não posso confirmar se os russos bebem mais ou menos do que nós. Parece-me - segundo o que vi - que não se acanham muito a beber, mas o mesmo poderia eu dizer da nossa juventude nas noites de Sexta Feira ali nas DOCAS.

O que vos posso garantir é que - no que diz respeito à Vodka - bebem muito melhor do que nós.

Eu explico. Aqui em Portugal e falando apenas das Vodkas Premium, temos a Absolut finlandesa, temos a Wyborowa polaca e temos as ditas "russas", das quais a Moskovskaya e a Stolichnaya serão as mais conhecidas e respeitadas.

Na Rússia duvido que qualquer destas marcas seja considerada Premium. São Vodkas para turista, bebidas cujo preço da dose não custa mais do que 60 rublos (menos de 2€) num Bar de Hotel.

O russo que se preza no mínimo bebe Russian Standard Vodka (a 120 Rublos). Daí para a frente é só a acelerar: Russian Standard Platinum a 150 rublos e Russian Imperia Vodka a 300 Rublos... E ainda há mais cara.

Para conhecimento mais aprofundado sobre esta matéria não deixem de ler este artigo:

RUSSIA'S LEADING VODKA COMPANY, RUSSIAN Standard, has launched an aggressive marketing campaign to mark the launch of the national distribution of its premium brand, Russian Standard Original, in the U.S. market.
The message of the campaign, called "Pure Russian," seeks to differentiate Russian Standard from other spirits by highlighting the fact that it is 100% Russian--from its ingredients to its distilling to its production.
That message calls into question claims of authenticity made by rival liquor companies such as Stolichnaya, against whom Russian Standard filed a lawsuit in New York federal court on last year, claiming "false advertising" related to the Russian provenance of its Stolichnaya brand.
Stolichnaya recently launched a marketing campaign titled "Choose Authenticity," in which Stolichnaya claims to be authentically Russian. However, Russian Standard contests that only it can compete with itself--via its luxury brand, Imperia--on claims of pure Russian authenticity of its product.
The "Pure Russian" campaign "draws a line between brands that are truly Russian and those that are not," says Roustam Tariko, founder of Russian Standard Group in Moscow, in a statement announcing the campaign's launch. "American consumers want the real thing, and that's exactly what we are."
The campaign was developed in house, Drew Beaver, communications director for Russian Standard Vodka USA, tells Marketing Daily. "The creative campaign is a definitive expression of the fact that we are a well-known premium brand in Russia and meant to very directly define our definition of authenticity."
"The copy is just 'Pure Russian'--we don't need a lot of pretense around our message; we feel strong with what we have," he says.

A minha querida Anastasia (barmaid do Hotel, linda de morrer como , aliás, é comum com praticamente todas as mulheres em S. Petersburg nos locais mais "in") recomendou-me o seguinte cocktail feito com Russian Standard:

Sobaka.Ru (penso que é o nome de uma revista ou de um site Web que está na moda na Rússia)
Meia medida de Xarope de Limão; Meia medida de Vodka; 3 gotas de Tabasco.
Não misturar, apenas deitar por essa ordem num copo gelado para shot e beber de um trago.

Experimentem com precaução e tendo em conta a medida do copo para shot, que na Rússia é para aí o dobro do tamanho dos habituais cá no burgo...!

terça-feira, junho 26, 2007

S. Petersburg 2


A Gastronomia

Tenho opiniões divididas sobre a minha experiência de comer ( e beber) em S. Petersburg.

Devo dizer que - pela limitação do horário - comi muito no hotel, embora as mais das vezes uma sandwich ao balcão dos bares (por causa dos preços, como se verá) e apenas uma vez fui a um restaurante "tipicamente russo" de acordo com a infirmação colhida no mesmo Hotel.

Tive algum azar na escolha, pois, francamente, penso que comi melhor no "Canvas" que é o restaurante do Hotel do que no tal Restaurante russo " Na Zdrovie!" que me recomendaram...

De todas as formas aqui vai uma apreciação do que se provou:

Restaurante Na Zdrovie!
Praça Bolshoi 13\4
Tel - (+) 232 4039

Para lá chegar, estando situados em frente ao Hermitage e ao Almirantado - que me parece ser o ponto de referência mais conhecido da cidade - há que passar por duas pontes, cruzando a ilha do Neva onde se encontra o Museu de História Natural e a Academia das Ciências.

O ambiente é simpático, acolhedor , também porque a sala é relativamente pequena. Não há tradução dos menus, temos de confiar em quem vem à mesa...

Aqui é que começam os problemas. Se não me consigo fazer bem entender - nem para escolher "peixe" ou "carne" - corro o risco de comer o que me apresentam, podendo ser (como aliás em muitos locais de Portugal) simplesmente o prato que interessa ao proprietário "despachar" nesse dia e hora...

Por isso não tive muita sorte.

Bebi cerveja russa (boa); bebi uma bebida típica chamada Kvas que terá alguma semelhança de gosto com cervejas especiais do género Trapiste, mas nem sei bem o que continha de facto... sabia a alcoól e do bom!

Comecei por uma Sopa de Verão a que chamam "Okroshka" feita também com kvas (já estão a ver...) e com vegetais cortados aos pedaços do tipo do nosso gaspacho alentejano. Obviamente servida directamente do frigorífico.. estava bem boa e foi o melhor da refeição.

Depois veio o "Shashalik" espécie de espetada feita com carneiro (pareceu-me da perna) obviamente marinado com especiarias e pimentas, e que em vez de grelhada era cozida a alta temperatura. Não gostei. Achei os bocados do "bicho" carneiro grandes de mais e o sabor pareceu-me algo enjoativo.

Para sobremesa "Zapekanka", uma espécie de pudim(?) que me pareceu saber ao recheio dos Cheese Cakes ocidentais. Assim-assim.

O Restaurante - que é parecido com o que chamaríamos aqui em Portugal uma "tasca finória" - tem os pratos principais a cerca de 350 rublos (10€) não é já nenhum bodo aos pobres... esta Refeição, incluindo chá no final, ficou-me por 1200 rublos (perto de 35 €).


Restaurante do Hotel Rennaissance
CANVAS
Pochtamtskaya , 4
Tel - (+) 380 40 00

Este Hotel fica a cerca de 5 minutos a pé do Hermitage e mesmo ao lado da Catedral de Santo Isaac. Como tudo o que é de 4 ou 5 estrelas na Rússia actual os seus preços são muito altos. Mais altos do que em Lisboa ou Paris.

De evitar os vinhos importados (o mais barato dos vinhos Brancos custa 2500 rublos- 80€).
Beba-se cerveja russa que é bem boa. Ou então o Vinho local (como em todos os Países frios é melhor o branco do que o tinto, mas mesmo este deixa-se beber...).

Entrada de caviar Beluga (atenção que foram apenas 27g! Dava para contar as bolinhas uma a uma...).

Prato principal de Esturjão do Mar negro recheado com caranguejo do Báltico. Prato de grande aparato (não sabia quando o encomendei) mas que resulta bem. O aspecto do esturjão, que vem à mesa completo, com a espinha dorsal característica, é que é capaz de assustar alguma senhora que esteja à mesa... tenho fotografias que mostrarei logo que os amigos da FPF que estiveram comigo nessa refeição cheguem a Portugal.

De outra vez comecei com a tradicional sopa de carne e beterraba russa "Borcsh" seguida por um simples (pensava eu) bife grelhado. A carne que me apresentaram era de vaca, mas vinha recheada com ovo cozido e vegetais. Por outro lado parecia mais estufada no tacho do que grelhada... enfim, mais um problema de tradução.
Qualquer destas refeições no Hotel - e mesmo bebendo apenas cerveja - não ficou por menos de 100€.

Em Conclusão: Tive azar. A Rússia é tão grande que deve concerteza ter mais , muito mais, para mostrar da sua gastronomia tradicional do que aquilo que tive ocasião de provar nesta curta visita...


segunda-feira, junho 25, 2007

S.Petersburg 1




Cidade lindíssima, monumental, situada à beira do Rio Neva mas a ele bem ligada desde tempos imemoriais por pontes mais que muitas e (pelo menos as que vi) de arquitectura de qualidade.

Para o turista que chega as primeiras impressões não são muito favoráveis: quase 1,5 Horas para fazer uns 10Km, do Aeroporto Internacional ao centro da cidade...

De facto não é S. Petersburg uma cidade muito afável para o peão turista, já que o tráfego é sempre muito intenso e a cidade não tem bem "ruas" mas sim verdadeiras avenidas com 3 ou 4 faixas de cada lado, o que não convida o pacóvio a fazer gincanas com os automóveis para atravessar. Zebras são escassas e muito apagadas no pavimento (parece Lisboa!).

Depois os Museus e os Monumentos.

Obviamente impossível de dar testemunho de tudo em 4 dias de estadia, 3 dos quais enfiado em salas a trabalhar. Fui ao Hermitage numa manhã (vi para aí 1\3 do grande museu) e ao Museu Russo (indispensável para ter uma ideia da criatividade mesmo russa, já que o Hermitage tem obras de arte de todo o mundo).

Tentei ser específico nas visitas, por exemplo no Hermitage limitei-me às salas da Escola Flamenga de Pintura, à Armaria e à exposição temporária sobre os antecedentes da Europa " Os Merovíngios". Já no Museu Russo - que está espalhado por 3 ou 4 palácios - não saí do Mikhailovsky Palace.

Fiquei impressionado com a "acessibilidade" das Obras de Arte... No Hermitage estamos a escassíssimos 40 ou 50 cm dos Brueghls, Rembrandts, Van Gogs ou Franz Halls e qualquer vândalo poderia tocar nas peças já que não têm vidro nenhum a protegê-las!! Estão umas senhoras vigilantes sentadas em cada sala, mas, quer pela idade quer pela sonolência, não me parecem que sejam grandes dissuasoras dos eventuais "engraçadinhos"...

As Salas dos Palácios onde reunimos - quer por causa da Assembleia da WADP quer por causa das Comissões da Exposição Mundial de S. Petersburg - são autênticas obras de arte que deviam estar protegidas e não a ser utilizadas no dia-a-dia. Os Tectos são todos pintados a fresco ou trabalhados em marqueterie. Os Soalhos são artísticos, embutidos de madeiras nobres e infelizmente já muito trespassados pelos saltos altos das senhoras que os usam todos os dias...

Trabalhámos no primeiro dia em cima de uma mesa com mais de 200 anos, de uns 6 metros de comprimento e feita com base numa só Tábua(!!) de madeiras claras do Baluchistão (Antiga região onde confluiam o Irão, o Paquistão e o Afeganistão) e toda trabalhada em embutidos, em cima da qual os anfitriões pousavam alegremente copos e garrafas de água...

Por ter sido Capital Imperial, S. Petersburg foi também um pouco o Espelho das Vaidades das Grandes Casas senhoriais Russas, motivo pelo qual as ruas principais estão cheias de Palácios e estes também cheios de obras de arte de que os antigos senhores se rodeavam.
Uma pergunta: se mesmo depois das complicações inevitáveis da Revolução de Outubro e da Perestroika ainda é tão visível o esplendor decorativo desses palácios (para já não falar da arquitectura monumental da própria cidade) o que teria sido no auge dos tempos dos Czares?!
É verdade que soalhos e tectos não são assim tão fáceis de roubar...

Por acaso da sorte cheguei a S. Petersburg em cima do solstício de Verão. Isto significa - dada a localização Boreal da cidade - que nas noites de 20, 21 e 22 de Junho o dia tinha cerca de 19 horas! Era dia até às 2h ou 3 h da manhã!!

Este fenómeno, a que os locais chamam de "Noites Brancas" dá origem a uma série de festivais , com danças típicas, passeios de barco pelo Neva e...muita Vodka à maneira russa. Todos parecem divertir-se muito mas para quem tem de trabalhar logo às 8.30 das manhãs seguintes a coisa já não tem assim tanta graça...

Comentário à OTA \ ALCOCHETE

Quanto mais leio e oiço sobre a telenovela do aeroporto da Portela e os estudos encomendados, feitos, por fazer, decisões tomadas, por tomar, decisões técnicas versus políticas, mais me convenço da falta de qualidade, de estrutura,de capacidade de análise, da superficialidade e da falta de sentido de Estado em decisões desta Natureza,de todos os intervenientes políticos.

É confrangedor o espectáculo que Ministros, deputados, apoiantes do Governo, oposição tem dado. Até as intervenções da sociedade Civil são vistas como denunciadores de interesses mesquinhos.....são os Lobbies ou os lobos? Prontos a comer à mesa do Estado....São os prasos, é o dinheiro da CE, é a urgência, são os que antes estiveram no poder, que quando lá estavam diziam e faziam uma coisa e hoje dizem precisamente o contrário...mas afinal aonde estamos?....Quem fala verdade?

O primeiro ministro desapareceu?...serão as recomendações dos acessores de imagem?AH! é a presidência Europeia. É preciso arrumar bem a casa do vizinho e dar imagem de que a nossa...Afinal para um investimento desta natureza,parece que muita coisa está por analisar e por comparar?!!!

Decisões, qualquer que elas sejam tem de ser devidamente analisadas,ponderadas e fundamentadas,independentemente da legitimidade política para as tomar. Erros estratégicos não tem retorno e infelizmente tem-se cometetido tantos( Modelo de Desenvolvimento,Emprego e Natureza do Emprego,Educação e Qualificação Profissional,Iliteracia e Analfabetismo Funcional-o mais grave-Saúde,Segurança Social,Dimensão e Funções do Estado,Despesa Publica,Ordenamento Territorial....) porquê? o Zè é que paga e é de brandos costumes e pouco exigente...coitado contenta-se com pouco....

Não consigo perceber o porquê de tanto argumento, de que é assim pois claro, e agora anda tanta gente interessada no problema?...somos poder e o poder usa-se...mas legitimam-se pelo uso....Algo não está claro ou vai mal no reino dos estudos e análises de Projectos Governamentais...por isso depois derrapam e é o que se vê...quando "erros/fraudes" de 700.000.000 de euros do erário público são justificados...são só 0,05% do PIB( não sei se a conta está certa,mas para o caso pouco interessa)...aonde estamos?...ou será que as decisões políticas não carecem de fundamentação e clarificação necesária q.b.? ou estaremos como aquele Gestor que justificava tudo com actos de Gestão...Competência,Bom Senso, Rigor,Clareza,Responsabildade,Exemplo,Sentido de Estado... senão ninguém acredita em ninguém e sem credibilidade e confiança, não há regime que resista...

O Zé é de brandos costumes mas não é Burro...até este atira a albarda ao ar quando o peso é demasiado...e o esforço que se está a exigir é muito grande...Determinação não é sinónimo de casmurrice ou teimosia....parece que afinal o projecto ainda tem muito para analisar...esperemos pelas cenas dos próximos capítulos e que não seja o Zé a arcar com um eventual erro...BOM SENSO E SENTIDO DE ESTADO É URGENTE ou PROCURA-SE.

Comentário - está tudo já dito, Grande Projecto, Grande complicação, Grande barafunda, só espero que não dê em Grande Fiasco...

segunda-feira, junho 18, 2007

Blogger em S. Petersburg


Estarei em S. Petersburg até à próxima Segunda Feira para presidir à Assembleia Geral da WADP (World Association for the Development of Philately) motivo pelo qual o próximo Post será a 25\6, já com notícias sobre a "nova" Russia e a gastronomia local.
Na Fotografia ao lado o Palácio de Inverno dos Czares, hoje Museu Hermitage.

sexta-feira, junho 15, 2007

O Crime compensa?


Vem hoje em todos os jornais que o famoso estudo que dá precedência a Alcochete face à Ota foi encomendado e pago por vários empresários, destacando-se Joe Berardo, Alexandre Patrício Gouveia, Manuel Mello, Carlos Barbosa e mais uns 15 que não autorizaram divulgar o seu nome porque (e cito) "Temos vários negócios com este Governo e temos medo das represálias"...

Por outro lado um dos jornais económicos de referência também alvitra hoje que a CIP "negociou" com o Governo retirar deste mesmo estudo a hipótese de manter a Portela, porque era esta a única forma do mesmo Governo concordar em mandar analisar o dito estudo.

E porquê?

É que sem o produto da venda dos terrenos da Portela não há financiamento para o novo Aeroporto!

Ora bem, se melhor entendo ,o Estudo (qualquer Estudo) não interessa nada!!

Querem lá saber - quem decide está visto - se a localidade da Trofa é melhor para o aeroporto do que a de Alcabideche! O importante serão apenas duas coisas:

a) Que o façam rapidamente e Grande, para ocupar mão de obra, contribuir para o aumento do PIB e mascarar o desemprego durante o tempo que durar a respectiva construção.

b)Que nem sequer pensem em manter a Portela, pois será com os €s da venda dos terrenos onde hoje está instalado o Aeroporto de Lisboa que se pagará o Novo Aeroporto.

Se era assim, é assim e será assim, porque é que existe tanta polémica?

Ainda admito que, como diz o Comendador Berardo, parece normal pagar-se menos por um bilhete de avião do que por uma viagem de Táxi para chegar ao Aeroporto, mas sem ser por esse tipo de argumentos lógicos e racionais tanto faria a Ota como Alcochete como - com V. licença - o Lugar onde o Diabo perdeu as Botas...

E dir-me-ão: Então para construir um Aeroporto não há considerações de segurança - dos voos, dos passageiros, das tripulações??!!

Só se for na Europa e restante Mundo civilizado. Aqui parece que não...


quinta-feira, junho 14, 2007

Chuva de Verão, comida de Inverno?

Quem se recorda de ir "brincar ao Santo António" à chuva? Ou de estar disponível para aviar uma sardinhada também à chuva?

Ele há comezainas que exigem tempo adequado, não tenham dúvidas. Desde o Cozido à Portuguesa de Inverno, ou a Lebre e Perdiz no Outono, até aos grelhados de Verão. Por isso acontecia antigamente darmos descanso ao palato e ao estômago, preparando o corpo na estação estival para o "pesadelo" dos pratos invernais (e infernais).

Quando o mundo era um local mais simples, onde grande parte da população activa de Portugal ainda "garimpava" as suas leiras - ora para vender nas feiras o produto da terra ou mais habitualmente para subsistência e complemento dos fracos rendimentos mensais - estas coisas das Estações do Ano tinham preceito.

Havia o velho "Borda d'Água" que era o almanaque do campo. Hoje é o único que ainda resiste e é vendido por romenos nos semáforos de Lisboa (e esta?!) . Havia o TV Rural - que saudades do Engº Sousa Veloso - e combinava-se na rádio o "Piquenicão" . O maior patrocinador dos programas da manhã, da Radio Rural (atenção, manhã do campo - 5.30H-06.00H !!) era o "Fosfatos Amónio" ou a CUF (por causa dos adubos).

Nesses programas - que ainda presenciei porque sempre gostei de me levantar muito cedo para estudar - falava-se de coisas que hoje parecem absurdas para o indígena da Baixa da Banheira ou do Cacém que se dirige todos os dias para o trabalho em Lisboa: as doenças da fruta (cuidado que não me estou aqui a referir a e****** ou a mais alguma DST. Livra que V. são perigosos!) , o míldio e o oídio na Vinha, o "avanço ou o recuo" do ano agrícola , etc, etc...

Com a actual confusão sazonal, sem sabermos se há que enfiar as galochas ou o fato de banho, não sei como aquela gente antiga reagiria. Tenho alturas em que penso que mudariam de actividade, por já não conseguirem ter "rins" para acompanhar tanta esquiva da meteorologia.

Vem isto a propósito de não ser hoje incomum existirem restaurantes que todo o ano apresentam Cozido à Portuguesa nas cartas. Ou Cabrito (enfim, menos preocupante dada a conhecida importação dos antípodas e a utilização das arcas) ou até Lacão (pernil de porco fumado e cozido) com grelos...
Para já não falar da "perdiz " em Julho (obviamente de aviário. Tanto podiam marcar na carta perdiz como frango, era igual).

Manda o Cliente. manda o MKT!

Se ao Cliente lhe apetece o cozidinho, mesmo que feito com lombardo em vez das couves portuguesas, porque é que não se lhe há-de dar?!? Ora couve lombarda é para quem gosta de salsichas frescas guizadas...

Estimo que dentro em pouco e logo que a lei o permita vão-nos propor Lampreia em Agosto e Sável em Maio... Tudo graças à moderna tecnologia de aquicultura e refrigeração. Se até já existem - e começa a ser obrigatório por lei - mangas de alta congelação nos restaurantes, que no espaço de minutos congelam profundamente qualquer alimento...

Há anos era uma festa ( ilegal, já se sabe, mas com o sabor picante de tudo o que era pecado...) quando algum amigo nosso - normalmente trabalhando em coutos - nos presenteava com duas perdizes fora de época, ou até com uma braçada de coelhos bravos. Hoje não há nada mais simples, é só dirigir-se ao supermercado mais próximo: desde o faisão ao veado, tem lá tudo.

Onde fica a gastronomia com isto tudo?

Sem querer parecer "Velho do Restelo" sempre lhes digo que não só da técnica culinária e da arte do "queima-cebolas" à frente dos fornos vive a boa cozinha, mas também - e sobretudo - da qualidade da matéria prima!

E quem se esquecer disso- sendo cozinheiro- que vá trabalhar para uma Pensão de fraca qualidade, pois não merece mais.




terça-feira, junho 12, 2007

Uma Ota que os carregue!



Ontem soube-se que a governação ia pedir ao LNEC mais um estudo com o objectivo de validar aquele "outro" estudo - para aí o nº237 - que a honrada e respeitada CIP tinha apresentado ao Sr. PR sobre a mesma temática do novo aeroporto : Alcochete é agora o local na berlinda.

Tenho muita pena que o meu filho ou eu próprio nunca tenhamos seguido a carreira de Engenheiro de Transportes (ou lá o que é preciso para fazer estes estudos sobre a localização do Aeroporto) pois garanto que estávamos agora ambos a coçar a barriga nas Bahamas, e a gozar com o dinheirinho que tínhamos ganho do Governo, da CIP, das Autarquias, do Sindicato dos Pinceladores de Bidés, da Mútua dos Pescadores de Matosinhos, da Sociedade Recreativa "Os Sempre em Festa", dos "Amigos do Estorninho", da "Liga dos Defensores do Pneu" e não sei se me faltou alguma das dezenas de organizações que já encomendaram estudos sobre a mesma coisa...

Até parece - Telmo Correia, o inefável, dixit, "que em Lisboa a 1ª tarefa do Presidente eleito será fazer mais um estudozinho, agora sobre a hipótese Portela mais Um".

E, diria eu se fizesse estudos, talvez fosse também conveniente analisar o "Portela Mais 2" ou até - para ficarmos de bem com a nossa consciência - não enjeitar a hipótese de se estudar ainda o "Portela Mais 3"...

Francamente Oh Senhores decisores deste País, já estou como o velho alentejano que escreveu na parede do Alqueva depois de 20 anos à espera da Obra : "Construam-me Pôrra!!"

Por este andar ainda o meu neto estará a fazer mais um estudozinho sobre a localização do novo Aeroporto de Lisboa...

Só que nessa altura já não haverá petróleo para o combustível ...





segunda-feira, junho 11, 2007

Liberalização do Sector Postal adiada para a Presidência Portuguesa do Conselho da UE

A Presidência Alemã do Conselho da UE não conseguiu fazer aprovar a liberalização do sector postal com data de 1 Janeiro de 2009, tal como constava das directivas de Bruxelas e era mais ou menos esperado em todos os gabinetes de CA dos Operadores Postais de referência.

Tal incumbência passará assim para a esfera do nosso 1º Ministro José Sócrates enquanto responsável pelo novo (a partir de 1 Julho) período de rotação presidencial.
Estão a favor da Liberalização o Reino Unido, Holanda , Alemanha, Suécia etc (a fileira do Norte, todos os Países onde os Operadores Postais são já privados) e contra a Liberalização o Sul: a França, a Espanha, a Itália, etc...

Portugal tem dito aos costumes "Nim". Isto é, apoia em princípio e teoricamente a resolução liberal, mas preconiza ser necessário haver tempo suficiente para "preparar tão grande mudança".

Para os CTT Correios de Portugal é bom ou é mau adiar esta decisão?

Para mim é obviamente muito bom. Todo e qualquer mesito que se consiga passar à sombra do monopólio do correio fino representa muito dinheiro que pode ser aplicado na melhor preparação do incumbente para a refrega concorrencial que se aproximará...

Neste momento recordo que falta "apenas" liberalizar a fatia de tráfego postal fino abaixo das 50g.

E digo "apenas" entre aspas pois, como todos os que andam nestes caminhos do correio sabem muito bem, é nesta faixa dos menos de 50g que reside a grande rentabilidade dos operadores. Só em Portugal estimo que mais de 65% da Receita de Correios esteja aí residente.
Travar esta batalha de desgaste e de protecção da rectaguarda - para já não dizer de defesa dos postos de trabalho e da segurança social das mais de 50,000 pessoas que dependem dos CTT directa ou indirectamente - é um imperativo a que não nos devemos escusar refugiando-nos atrás do "politicamente correcto" ou do "venha a concorrência que é melhor para todos".

Será melhor para todos, mas quanto mais tarde também melhor - acho eu e peço desculpa da "boutade".

O Governo não pensa assim e a Administração dos CTT - que tem até feito um bom trabalho na preparação da mudança inevitável do paradigma de sobrevivência da Casa enquanto Empresa - muito provavelmente terá de seguir as instruções superiores.

Valha-nos a Santa Ota que pode ocupar mais do que o razoável a cabeçinha pensadora governamental e dar-nos (ainda e sempre) mais algum tempinho para ir amealhando...

Cada Euro importa - costuma dizer o Dr. Luis Nazaré, com razão. Então eu acrescento " e cada semanita sem liberalização ainda importa mais".

Gervas, vai tomando bem conta do nosso cofre que pode vir a ser preciso lá mais para o Verão...




sexta-feira, junho 08, 2007

Almoço de Amigos








Aproveitando o Feriado lá se fizeram alguns Km de estrada para ir ter à quinta do nosso bom amigo Álvaro, com o onjectivo de ali passarmos a tarde - depois de obviamente almoçarmos.

O pretexto continuam a ser as sardinhas, mas à cautela da sua esperada secura também se aviou um misto de entrecosto e lombos de porco preto assado na brasa, enquanto que eu fui preparado de casa com um tacho de arroz de galo caseiro já cozinhado e que só esperou 20 minutos no forno para se deixar comer.

Levantei-me às 5 da manhã para cozer o c**** do galo que era duro que se fartava, mas acho que valeu a pena... Tenho de dizer à minha "santa" que destes galos e galinhas vá criando com milho e alfaces os que entender lá na nossa quinta de Seia, que depois de mortos nós cá encontraremos forma de lhes dar a volta culinária.

Para beber? Enfim, mostro o que havia lá em casa: Barca Velha de 95, Pinheiro da Cruz de diversos anos, desde 1997, e Marquês de Borba Reserva de 1997.

Muito bons vinhos, infelizmente já a começar a decadência, embora de uma forma aristocrática e altaneira.

Também se abriu uma Magnum de Syrah 2000 da Quinta da Bacalhoa. O mesmo que os outros, mas com menos desculpa por ser Magnum.
Sem esquecer os vinhos da Região - Chardonnay Casa da Coelheira (muito agradável) e Tintos feitos em casa com castas locais.

Mais uma vez dei conta que os vinhos já evoluídos cada vez menos agradam aos comensais. Pensei que era problema meu - pois de facto cada vez gosto mais de vinhos novos - mas acontece o mesmo com muitos amigos meus...
Será já da "meia-idade" a entrar-nos a todos nos ossos?
Não se esqueçam do ditado: Para cavaleiro novo, cavalo velho e para cavaleiro velho, cavalo novo.
Independentemente dessa razão também é certo que - por imperativos Comerciais e de MKT - os Produtores cada vez mais fazem vinhos com anos reduzidos de prova, para que a rodagem de stocks e o reaprovisionamento se façam mais rapidamente.
Penso que - excepto para os Grandes Vinhos de qualidade top mundial - a fase de "comprar em "primeur" para guardar 10 anos na garrafeira e ver como evolui" já terá passado.
E não é só essa fase que terá passado, são também os vinhos, que estarão as mais das vezes também eles "passados" depois de 10 anos...

Mais Segurança Social

Em dia que o "Público" escolheu para encher a primeira página com as afirmações da OCDE segunda as quais serão Portugal e o México os Países em que os Reformados mais vão sofrer com a redução das Pensões, não fica mal tornar a fazer aqui um highlight de um comentário do nosso Zé:

"O tem que ser, tem muita força.Não está em causa o trabalhar mais, descontar mais....é obvio que já lá diz o ditado quem vai para o mar avia-se em terra, o Futuro prepara-se no Presente.Ninguém pode dar aquilo que não tem.Há demasiados Trade off´s nisto tudo.É tudo um questão de CREDIBILIDADE,Responsabilidade, de Equidade e Solidariedade....JUSTIÇA SOCIAL."

quarta-feira, junho 06, 2007

Alguns Senhores do Douro abaixo dos 25€


Vinhos de Verão são cada vez mais os Brancos, dirão os meus amigos. Mas depois de muito porfiarmos - alguns de nós meros mortais e outros tantos respeitados críticos - começa-se agora - e muito bem - a colocar os Tintos no frigorífico nesta época de canícula de forma a que venham para a mesa a não mais dos desejados 18º.

Desta forma posso afiançar-lhes que existem Tintos que nos caem muito bem em Agosto, embora por motivos de higiene moral e de ética própria tenha moderado as minhas sugestões para produtos abaixo (ou tocando) na fasquia dos 25€. E aqui vão, sendo alguns "repetentes" de outras crónicas:

- Maritávora Douro Reserva Tinto 2004 (25€) - Um espanto para quem gosta de vinhos opacos, negros e profundos.

- Quanta Terra - Douro Grande Reserva Tinto 2004 (16€) - Muito Bom. Algo seco ainda e a esperar mais desenvolvimento em garrafa, mas adivinha-se um grande tinto.

- Vale Pradinhos Tinto 2003 (11€) - Grande frescura na boca, chocolate e framboesas. Encorpado que baste.

- Quinta de La Rosa Douro Tinto 2004 (9,5€) - Grande Vinho para o preço. Com taninos e estrutura a pedirem mais €€.

- Quinta das Tecedeiras Douro Reserva Tinto 2004 (20€) - Para mim uma enorme surpresa (e muito boa). Complexo, aroma inebriante, talvez um pouco exótico pelo poder que exibe.

- Quinta do Vallado Sousão Tinto 2004 (15€) - Esta casta quase esquecida, mas que fazia grandes vinhos (Quinta do Côtto , por exemplo, nos anos 70) exibe-se aqui a um muito grande nível.

- KOPKE Reserva Tinto 2003 (9€) - esta antiga casa de Porto lançou-se muito bem nos vinhos de mesa. Com este e com o Touriga Nacional e a um preço que nos merece palmas!

- Gouvyas Vinhas Velhas 2003 e 2004 (ambos a rondar os 25€) - Interessante poder comparar estes dois vinhos do mesmo "estábulo" e de dois anos muito bons , mas distintos na concentração de calor na altura da vindima. 2003 mais alcoólico e possante para guarda e 2004 um tudo nada mais elegante e afinado. Ambos excelentes.

Zé Comenta "O Monstro"

Será que foi encontrado um remédio ou um paliativo?

Há realidades distintas para se financiar o Estado Social. Desculpatitivites e procura de responsabilidades nos anteriores. O problema da sustentabilidade do Estado Social não é um problema financeiro é e sempre antes de mais um problema de valores, de modelos de desenvolvimento, de partilha de responsabilidades(Solidariedade Social e inter geracional).

Processos de engenharia social e financeira em que a palavra reduzir parece que entrou demasiado depressa no léxico de quem governa. Que papel tem o Estado hoje e qual terá no futuro? Está tudo a esgotar-se, o modelo Social, os recursos são finitos, mas já o meu trisavô dizia "aonde todos pegam nada custa".

Descontar para quê?....cada um que olhe por si....Até o burro atira a albarda ao chão quando esta lhe está pesada. Tudo o que tenho verificado é que o tal monstro serviu para financiar muita coisa que deveria ser devidamente analisada e e clarificada primeiro e responsabilizar depois.

Faça-se uma análise às verdadeiras razões do "déficit" da Segurança Social. Não vai resolver o problema, mas vai dar credibilidade a quem mexe nestas coisas...Desde reestruturações de Empresas, manigâncias que todos conhecem e que ninguém mete a mão, desde processos de reforma até muitas mais situações...que se conhecem e se dizem à boca calada,mas quem comeu, comeu senão que comesse.

Isto da Segurança Social faz-me lembrar as contas nas comezainas à moda do Porto. O que mais comer é o que menos paga.Com os graus de concentração de riqueza e aumentar, o que é preciso é faz de conta, diz-se uma coisa e faz-se outra. Coerência "viste-la". Põe-se um ar sizudo, bota-se faladura, um fato bem arriado, está-se presente nos sitios aonde há umas migalhas de poder e para quê preocupaçõse com esse monstro da Segurança Social?

É óbvio que a sustentabilidade do sistema depende muito e cada vez mais dos valores que estarão por trás do Próprio Estado Social que é a sua razão de ser. Ou teremos a história da manta do pai que o filho levou ao monte? Ou soluções radicais....será que o modelo de desenvolvimento e de concentração da Riqueza, da presssão constante, terá futuro?

Daqui a 100 anos estamos todos mortos, ou vamos deixar isto um pouco melhor que o encontramos . Será que se pode prever seja o que fôr a 50 anos de distância?....nessa altura, se não inverterem muitas situações do actual modelo,será que haverá segurança social?...ou cada um que se arrange? Não haverá de facto alternativa? Uma boa questão será procurá-las...ou lá virá o Velho ditado: "Deus perdoa Sempre, o Homem às vezes ,mas e há sempre um mas, a Natureza nunca..."

Comentário: em tempos de comiseração e de diagnóstico - e sabendo que muita razão tem o Zé - admito mesmo assim que o nosso caminho não poderá ser outro senão: pagar mais e trabalhar mais anos.

Ou lá chegaremos aos dias da desgraça mais cedo qo que se pensa.

terça-feira, junho 05, 2007

Pirâmides 2

A reacção anterior levou alguns Amigos a espantarem-se com o facto de monumentos com mais de 4000 anos ainda não terem caído no domínio público...

Porque é que estamos à espera de autorizações?!

Boa Pergunta...

Quem tiver opinião que se manifeste...

Por mim e não sendo óbvio que o actual Governo Egipcío seja o herdeiro directo dos Faraós, é certo que as Pirâmides se confundem com o País e são o mais importante ícone da sua notoriedade como destino turístico...

E isto vale a pena preservar.

Outra coisa será a Lei ...

Pirâmides Soberanas


Cito os jornais de Domingo passado:

"O Conselho Supremo das Antiguidades Egípcias rejeitou hoje um pedido dos Correios de Portugal, que solicitou autorização para representar as pirâmides de Gize num conjunto de selos, por ocasião da votação sobre as sete maravilhas do mundo, escreve a Lusa.
«O Egipto recusa totalmente tentativas de colocar as pirâmides, a única maravilha do mundo que resta das sete antigas maravilhas, em selos ou em concursos», afirmou Zahi Hawass, o poderoso «patrão» do reputado Conselho."

Ora bem os Correios de Portugal vão de facto emitir um Bloco filatélico alusivo às 7 Maravilhas do Mundo - e porque o espectáculo da celebração final deste evento será no Estádio da Luz , em Lisboa, exactamente no dia 07 \07\2007.

A autorização é sempre pedida pelos serviços filatélicos quando se trata de representar imagens que estão acauteladas em termos de utilização. Por isso foram pedidas e obtidas autorizações para representar as Maravilhas em causa.

Quanto às Pirâmides é óbvio que se entende a posição dos responsáveis egipcíos: acham que são monumentos com notoriedade mais do que suficiente para estarem agora metidas em "futebóis e eleições e votos populares".

Entende-se e respeita-se, pelo que serão retiradas do bloco filatélico.

segunda-feira, junho 04, 2007

Os Herdeiros na Selecção


Bom jogo de futebol neste Sábado - sobretudo por termos ganho e com um Golão do Helder Postiga que vou-lhes contar...

Também gostei do golo e da exibição do Nani. E que dizer do Petit? A braços (e pernas) com um calmeirão quase com o dobro do tamanho dele (o autor do golo belga - o nº 17 Fellaini) realizou uma cobertura impecável que só falhou no lance do golo adversário, mas também ele não é Central!

Boas perspectivas para a fase final. Tive pena de não ter visto o João Moutinho a jogar. Teria sem dúvida feito muito melhor do que o Hugo Almeida...

Será que a segunda vaga de talentos - e quase todos do Sporting e Porto, há que o confirmar embora eu seja benfiquista militante - fará esquecer os "antigos"?

Talvez não, mas Simão&Cia que se cuidem...

Os Prazeres Simples


De regresso a casa apetecia um almoço de Domingo mais simples e que não retirasse a hipótese de uma visita prévia aos Centros Comerciais para abastecer a dispensa de secos e de molhados.

Por sorte coube-me encontrar no dia anterior - no El Corte Inglês da Beloura - uma bela Pescada com quase 3 Kg cuja cabeça (com gola) já permitia uma aventura a dois bem composta.

Logo no Sábado a arrepiei de sal e deixei tapada com um pano de cozinha até às 11.00h de Domingo.

Batatinhas novas cozidas com a pele, grelos de nabo simplesmente cozidos em sal e escorridos, 2 ovos cozidos e grão de bico foram os acompanhamentos (gosto de grão com o peixe cozido, porque assim tenho hipótese de fazer o jardim - cebola, salsa e alho picado e ainda um fiozinho de colorau em azeite- que tanto aprecio) .

Para beber aventurei-me num Alvarinho de marca Continente, a menos de 5€ na dita cadeia de hipermercados. É de 2005 e foi engarrafado em Monção, segundo penso. Nada mau tendo em atenção a relação qualidade-preço.

E pronto, lá se fez o almoço domingueiro. E que bem nos soube...

Nota: Antes que pensem que ando a roubar louça do Beira Mar lá para casa sempre lhes digo que a fotografia é de outra cabeça, essa sim comida em Cascais e no meu Restaurante preferido.



sexta-feira, junho 01, 2007

Chegou a cura para o "Monstro"?


Recordam-se que o "Monstro" era a conhecida - há já largos anos - insustentabilidade do actual Regime de Segurança Social em Portugal, factor que segundo muitos analistas teria até sido dos mais influenciadores na "saída de cena" um pouco atabalhoada do 1º Ministro António Guterres?

Pois hoje - 1 de Junho de 2007 - entra em vigor o "remédio" que foi encontrado pelos governantes para combater esse "Monstro" : o novo Regime das Contribuições para a Segurança Social.

Em poucas palavras: há que trabalhar mais anos e descontar mais (proporcionalmente) do que até aqui para que o zé povo mantenha as condições de Reforma que tem actualmente.

Feitas as contas pelo Jornal de Negócios, em 2050 a Reforma será apenas 50,2% do vencimento.

O Público, por outro lado, realça que se introduziu o chamado "factor de sustentabilidade" isto é, que as Reformas passam a ser calculadas tendo por base a Esperança Média de Vida que assume valores cada vez mais altos, felizmente.

Por outro lado acelera-se neste novo regime a forma de cálculo que situa a Pensão de Reforma tendo por base Toda a carreira contributiva do visado, e já não os "10 melhores anos dos últimos 15" como era actualmente.

Resultados práticos: tem o Contribuinte que descontar voluntariamente no seu vencimento mais do que o legalmente estabelecido para garantir a reforma em níveis que lhe permitam manter a qualidade de vida, ou, em alternativa, trabalhar mais uns bons anitos...

Pode também decidir tratar da sua vida particularmente e - descontando o mínimo de Lei no vencimento - negociar com um Banco uma Conta Poupança-Reforma logo a partir dos 25-30 anos. Francamente é esta a opção que aconselho, nem que seja por repartir os ovos por mais do que um cesto...

Corremos o risco do "remédio" ser pior do que a cura? Talvez, mas a alternativa - fim da Segurança Social ou Revolta da População Activa pagante contra os Reformados Recebedores - parece cheirar a sangue e a revolução... Não há, de facto, alternativa...

Eu já decidi: enquanto puder vir para o emprego pelos próprios meios ninguém me reforma!! Aguentem as minhas rabujices de velho porque eu também tenho aturado as de muitos outros!

E tenham paciência que a vida já não é assim tão curta...