segunda-feira, maio 22, 2017

O fim dos tempos?



Não desejo enveredar pelo comentário às mensagens de Apocalipse que abundam em redor do 3º segredo de Fátima, do calendário dos Maias, ou de outra coisa qualquer igualmente excitante (para os aficionados da matéria).

Também não me parece muito sensato. Desde que o 2000 veio e nada acabou, seguindo-se o 2012 que também passou (apesar dos Maias),  as teorias de "fim do mundo" perderam um pouco da credibilidade.

Acabar acabamos todos os dias. Hoje uns, amanhã os outros. Ficar cá para semente não vai acontecer a ninguém. Só se for como adubo.

E a questão da reencarnação parece mal encaminhada se levarmos em conta a matemática...Uma questão de contagem de corpos e de almas, de nascimentos e de mortes... A não ser que acreditemos na sua generalização a animais e plantas ( metempsicose).

As teorias da metempsicose, eram valorizadas no oriente budista (do Tibete) , de onde se estenderam ao Egipto e à Grécia. Cá mais para Ocidente terão sido os Cátaros os seus apóstolos mais conhecidos.  Devem lembrar-se que esses Albigenses também não acabaram muito bem, apesar da doutrina muito pura que defendiam e que a nós parece hoje sábia.

Eu não sei se gostaria de reencarnar (salvo seja) nalguma planta... Se fosse mesmo preciso podia ser num carvalho (pensei no sobreiro, mas anda com doenças). A oliveira dura mais tempo, mas batem-lhe todos os anos com um pau e ainda por cima andam todas a ser clonadas ...

E quem quer ser animal nos tempos que correm? Só se for um insecto , uma barata daquelas que resistem a tudo o que lhes deitam.

Desde que li que essas bichas desenvolvem-se alegremente no Atol de Bikini ( o dos testes nucleares) fiquei com uma inveja desgraçada.

Conheço é pouco a vida social (e a outra) das baratas. Tenho de me informar.

Mas enfim, vem este texto quase bíblico a propósito da 1ª viagem externa do Presidente Donald Trump , e das pessoas com quem se vai encontrar:

Islamitas fundamentalistas da Arábia Saudita, Judeus de Israel, Sua Santidade o Papa, em Roma.

Será que o homem Trump sabe alguma coisa que nós não sabemos ainda? E que anda a ver se há escapatória junto das religiões mais conceituadas do planeta? Do tipo, organizo um leilão e entrego a alma a quem oferecer mais garantias, depois de negociação?

Francamente que fiquei preocupado.  De todas as formas já decidi. Se o fim do mundo por aí vier encontra-me em casa, sentado no sofá, com o Barca Velha de 2008 num copo e um naco de queijo da serra na outra mão.

E espero que ao chegar não demore muito a fazer o serviço. Contrariamente a outras coisas que carecem de tempo,  sou apologista de despedidas rápidas, e sem dor.

Nenhum comentário: