terça-feira, dezembro 06, 2016

Tráfego de esqueletos e outras bizarrices


gato Sphynx

Li hoje no circunspecto jornal "Público" que um investigador português a trabalhar no Canadá teria chegado a acordo com a Câmara Municipal de Lisboa para lhe serem enviadas umas 100 ou 200 (!)  ossadas humanas que a CML  considera abandonadas nos cemitérios municipais, para fins de estudo científico.

Parece que a grande variabilidade morfológica e anatómica são variáveis altamente desejadas para que os alunos de antropologia e de ciências forenses consigam identificar correctamente os ossos.

Porque é que se lembraram de nós? É que no Canadá há esqueletos (pudera!) mas estão identificados, pelo que não se poderão utilizar para investigação a não ser que expressamente doados para o efeito em vida.

Vários cientistas portugueses vieram entretanto a público com uma petição, contestando este desbaratar do "património esquelético nacional" sendo que o neologismo é de minha autoria. Exportar ossadas seria coisa do tempo do colonialismo!

Por mim juntaria uns esqueletos de chimpanzé e orangotango no meio da remessa, para gozar com os importadores. Isso é que era engraçado!

Mal comparado lembra-me a história daquela "socialite" que comprou a preço exorbitante um gato raro da raça Sphynx (careca) para depois verificar - quando lhe passou a ressaca da "coca" -  que se tratava de um cão rafeiro a quem tinham feito uma "depilação total"...

Estamos quase no Natal. Temos que nos rir. Ou não...

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