“Marmelos” é palavra que pode significar muitas coisas nesta língua lixada para a brincadeira que é o nosso “português”… Mas tirando para fora da carroça os significados mais vernáculos – que me escuso de concretizar - fica a árvore (Cydonia oblonga). E se igualmente retirarmos à árvore o famoso “pau de marmeleiro”, eficaz em mais do que uma ocasião embora ultimamente caído em algum esquecimento, o que nos fica depois destes “cortes” é o fruto. O Marmelo.
E é por aí que vamos.
Marmelo (fruto, fruto mesmo) em definição do Centro Vegetariano, rubricada pelo Dr. Ernest Schneider (médico):
“A árvore do marmelo advém do Sudoeste Asiático de clima moderado e é conhecida há cerca de 4 mil anos. Os gregos consagravam estas “maçãs de ouro” à deusa Afrodite e na Croácia são símbolos de fertilidade e vida.
Em Portugal é colhido no Outono, geralmente transformado em marmelada, visto que a maioria das variedades é amarga e dura demais para consumo cru. Também se consome assado, grelhado, estufado, como complemento a recheio de tarte de maçã e em pudim.”
Em Portugal é colhido no Outono, geralmente transformado em marmelada, visto que a maioria das variedades é amarga e dura demais para consumo cru. Também se consome assado, grelhado, estufado, como complemento a recheio de tarte de maçã e em pudim.”
Um dos segredos gastronómicos da nossa Lisboa é o Marmelo Assado que o Sr. Emílio, do alto da sua juventude de 93 anos quase feitos, nos apresenta nesta altura do ano no seu ( e nosso ) restaurante Tia Matilde.
Nos dias frios e chuvosos de Novembro recomendo uma ida à Tia Matilde. Um almoço de Terça Feira tem o cozido à portuguesa, um dos melhores de Lisboa, talvez o melhor mesmo. Mas quem não aprecie pode sempre escolher a Canja de Cherne ou Garoupa com ameijoas e espinafres (de cair para o lado!), a Sopa rica de peixes, o Pato corado no forno, o Cordeiro assado no forno, o Coelho também ele assado, e os Bacalhaus. Fora de Novembro, daqui a pouco, a Lampreia (excelente também) e o Sável.
De todas as formas, e indo lá agora, é crime saírem sem comer o “Marmelo Assado”.
Delícia sazonal que se derrete na boca, de tão tenro. Com o sabor agridoce que não se parece com mais nada, é um ponto final condigno para os sólidos do almoço, pedindo algum tempo para filosofar agarrados a um cálice de Lagavullin agradecendo aos deuses estarmos vivos e com papilas gustativas a funcionar bem.
O meu Amigo David Lopes Ramos amava o Sr. Emílio. Todos os anos tento lá ir nesta época do ano, “ao Marmelo” (como dizemos na brincadeira), com meu mestre Quitério, para lembrar quem partiu e saudar quem, felizmente, ainda lá está rijo que nem um pau de marmeleiro!
Eu acho que nós sempre desfrutar esse tipo de coisa, porque eles fazem um bom tempo para passar com a família, eu acho que nós vamos ser capazes de ir este mês para celebrar o meu aniversário com meus familiares a la caballeriza
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