sexta-feira, abril 22, 2016

Para descansar a Vista



Lá foi Prince compor para outras pastagens.
Muito bem escreveu hoje no "Público" sobre ele Vitor Belanciano, a quem tiro o chapéu:

"Foi como se sintetizasse tudo o que vinha de trás (a soul de Marvin Gaye, o jazz de Miles Davis, o funk de Sly Stone, a fisicalidade de James Brown ou a pop dos Beatles) ao mesmo tempo que prenunciava quase tudo o que se seguiria na música popular".

Quando morre um artista o mundo fica mais pobre.  Aqui fica um texto belíssimo de Carlos Drummond de Andrade  sobre o amor, que nos ajuda nesta reflexão dando-nos esperança.

As sem-razões do amor

Eu te amo porque te amo,
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.

Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.

Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.

Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.


Carlos Drummond de Andrade

quarta-feira, abril 20, 2016

Mau serviço e boa comida?



Existem restaurantes que fazem um "teatro" do mau serviço embora tenham uma cozinha muito razoável, para não dizer boa ou muito boa.

Alguns - os que interessam - usam esta "falcatrua" como forma de atrair a clientela. São as respetivas idiosincrisias. Quem acha graça vai lá. Quem não está para aturar não pôe lá mais os pés depois da primeira vez.

Em Milão lembro-me de um chamado "Stomaco di Ferro - Mama Attila", onde o cliente chegava  era mandado sentar (mandado mesmo!) e depois não escolhia nada. Nem a comida nem a bebida.

Começam a chegar pratos e pratinhos à mesa, assim como canjirões de branco e de tinto. Quando o cliente, já aflito, pede para pararem, avisam a cozinha e lá vem o patrão para o teatro: traz uma colher de pau com um bom metro e meio, das grossas, e com maus modos pergunta o que está mal na comida.

O desgraçado do cliente bem tenta explicar que nada está mal ( o que é verdade!) mas é demais. Aí o chefe-patrão começa a vociferar e quando o cliente acha que ainda vai tudo acabar mal ,desatam todos a rir, batem-lhe muito nas costas e fazem-lhe as vontades (finalmente!).

Eu estive lá e entendi que este espectáculo é sobretudo para os clientes repetentes se divertirem. Gozam que nem uns perdidos à espera do desenlace que todos já conhecem. E na final da cena riem todos e vêm à mesa do neófito beber uns copos com ele ( e família, se ainda lá estiverem).

Aqui em Portugal muitos se lembrarão das "manias" da senhora D. Mamuda (alcunha auto-explicativa) dona do restaurante Montenegro no Porto antigo (hoje já não existe). Parte desta herança gastronómica está na Casa Nanda da Rua da Alegria, sobrinha da Mamuda.

A D. "Mamuda" tinha mau feitio e quando a chamavam pela alcunha ( era já tradicional) o prato que tivesse mais à mão ia logo na direcção do impetrante! Normalmente falhava, para que o cliente pudesse pagar a conta.

O meu Pai gostava de lá ir e a conversa era sempre a mesma:
-" Tem tripas minha senhora?"
 - "Tenho sim! Das melhores do Porto"
 - " Sabe , eu tenho alguns problemas com esse prato. Tem de ser muito bem lavado... Só em casa de confiança."
 - "Ai sim? Pois olhe, aqui nunca se lavam! Vão mesmo assim com a m**** da vaca para o tacho!"
 - "Não me diga? Venham então duas doses . Mas uma de cada vez sff"

E lá faziam as pazes...


terça-feira, abril 19, 2016

Dia Nacional da Gastronomia - A conferência de Imprensa

Foi hoje na estação da CP de Santa Apolónia. Estava toda a gente "que é gente" na área da gastronomia em Portugal. Começando pela Federação das Confrarias ( confreiras e confrades fardados e trazendo os cestos merendeiros cheios!)  com a sua presidente Olga Cavaleiro a liderar a "banda",  passando pelo Estado Maior da AHRESP e continuando pelas Direcções Regionais do Turismo e pelos outros apoiantes.

Os nossos autores Fátima Moura e Fortunato da Câmara, muito discretos, partilhavam lugares adjacentes. A grande senhora D. Maria de Lurdes Modesto sentava-se ao lado do Comendador Sr. Mário Pereira Gonçalves.

E obviamente estava presente o anfitrião deste 1º Dia Nacional da Gastronomia Portuguesa, Engº Ribau Esteves, presidente da Câmara Municipal de Aveiro.

Os CTT estão envolvidos, com Postal Inteiro e Carimbo Comemorativo "Aveiro, 29 de Maio".
E vamos ter um stand no Mercado Manuel Firmino, em Aveiro, onde será possível comprar os nossos livros e selos de gastronomia. E ainda fazer "na hora" selos e postais com a cara de quem por lá aparecer.

Não sei se sabiam, mas da última vez que os contei - quando fui fazer uma intervenção à Universidade de Coimbra - tínhamos mais de 19 milhões  de selos em circulação com este tema...

Recordo parte da dita intervenção:

"Os CTT Correios de Portugal já emitiram 73 selos e 15 blocos dedicados à Gastronomia de Portugal,  com uma tiragem conjunta de mais de 19 milhões de unidades.

Foi Portugal o primeiro país do mundo a lançar, em 1996, selos com pratos tradicionais do nosso país, debaixo da orientação de José Quitério.

E, para além disso, temos 9  livros sobre temas de gastronomia também editados, tendo sido o primeiro "Comer em Português”, de José Quitério, lançado em 1997. E os dois  últimos lançados em Abril  e Junho de  2015  -  “Conversas de Café” de Fátima Moura e “A Dieta Mediterrânea” de Fortunato da Câmara. A tiragem conjunta destes livros é superior a 55,000 exs.

Presumo que, em termos de quantidade de mensagens que circulam por todo o mundo através dos nossos selos e dos nossos livros bilingues, serão os Correios de Portugal dos mais prolíficos divulgadores dos usos e costumes gastronómicos do nosso país."

É obra! 

Viva o Dia Nacional da Gastronomia Portuguesa!
(não esquecendo o "líquido acompanhamento")

sexta-feira, abril 15, 2016

Para Descansar a Vista, por baixo do guarda-chuva...



Aproxima-se a XXII Lubrapex.

Na semana que vai entrar a Conferência de Imprensa oficial anunciadora do Evento será já na Segunda-Feira, em Viana do Castelo. E o vosso Blogger vai lá estar.

Depois disso teremos a vida normal, finalmente em Lisboa e de volta ao gabinete ( que, coitado, já sente saudades minhas). Eu, nem tanto...

Mas é bom que o gabinete não se habitue ( nem ele à minha pessoa inteira,  nem a cadeira ao meu real assento). Porque logo na semana seguinte vou acampar para Viana do Castelo. Mas disso ainda falaremos. A XXII Lubrapex será de 26 Abril a 2 de Maio.

Hoje trago-lhes um poema de chuva. Trata-se de tentar exorcizar a tempestade que não nos larga, um pouco à moda da magia "antipática"... Tanto hei-de falar de ti que te aborreces e basas...

E como estamos em ano comemorativo do grande Vergílio Ferreira aqui vai, da pena do mestre:

Cai a Chuva Abandonada

Cai a chuva abandonada
à minha melancolia,
a melancolia do nada
que é tudo o que em nós se cria.

Memória estranha de outrora
não a sei e está presente.
Em mim por si se demora
e nada em mim a consente

do que me fala à razão.
Mas a razão é limite
do que tem ocasião

de negar o que me fite
de onde é a minha mansão
que é mansão no sem-limite.
Ao longe e ao alto é que estou
e só daí é que sou.

Vergílio Ferreira, in 'Conta-Corrente 1' 




quarta-feira, abril 13, 2016

Há liberdade a mais?



Em Aveiro apanhei um "colega" de hotel que não se calava.

Não o conhecia de lado nenhum. Estávamos no bar, a tentar passar uma horita antes da deita e como tínhamos o "recinto" todo para nós não havia muita alternativas: ou ficava cada um no seu lado, mandando a delicadeza que déssemos uma "boa noite" solitária, ou então algum puxava do banco e sentava-se ao pé do outro.

Foi o que ele fez. Muito contra a minha vontade. Mas o respeito pela idade aparente e pelo bom aspecto  (fato completo) cortou-me o protesto.

E o dito "colega" não se calou. Começou pelo escândalo do Brasil, (percebi que era contra a Dilma e contra o "chefe" dela) , passou para Portugal e para a prisão dos da Judiciária e da Guarda Fiscal, atalhou com as buscas aos inspectores das Finanças, finalizou com as demissões do CEME e do Secretário de Estado da Juventude e Desportos, não sem antes comentar a "barbaridade" do Dr. João Soares...

Por detrás de toda a argumentação esteve sempre a sombra tutelar do "Sócrates",  essa "criatura" que mexeria todos os cordéis da teia criminosa, em Portugal e no Brasil , qual aranha mortífera! Um autêntico "cérebro do crime" de fazer inveja ao velho Moriarty.

E, para ele, havia apenas uma razão para que tudo isto acontecesse: o 25 de Abril e a "Liberdade a Mais"!!

-" É como lhe digo! Com tanta Liberdade os "Sócrates" deste mundo abusam! Pensam que tudo lhes pertence. São donos disto tudo!"

Eu ainda lhe disse que  "o dono disto tudo" era um banqueiro que se deu bem com Salazar e com "o" Sócrates. Mas a linha de raciocínio do veterano não se prendeu com tais chamadas de realidade.

- "O Salazar tinha fundos no Panamá? Tinha ou não tinha?? Já se vê que não tinha. Homem honesto! Íntegro!"

E assim me calou.

Estou numa fase da minha vida em que não costumo deixar passar as "bojardas". Tenho receio de morrer sem ter dito tudo o que devia...E  ainda mais perante boçal  demagogia, como era o caso.

Mas quando o interlocutor tem mais 15 anos do que eu, e está "aviadíssimo", o que se pode fazer?

-"Olhe, tem razão! Deixe-me ir para o quarto ver a 2ª parte do Real Madrid".

- "Faz muito bem! A Espanha é que é um exemplo! Um Rei!! É o que faz cá falta!"

Aí não me contive:

-"Pois, e uma Irmã princesa burlona e uma Tia envolvida no escândalo do Panamá!!"

O ancião olhou de lado, ignorou a tirada e pediu mais um whisky. Deve-me ter chamado "comunista" entre-dentes.

Eu vim-me embora mais satisfeito. E (não tendo SportTV no quarto) delirei com os três golitos do CR7  que fui acompanhando na SIC notícias...

Se esta noite fosse assim...

segunda-feira, abril 11, 2016

A caminho de Aveiro



Vim de Bragança neste Domingo  e já estou a caminho de Aveiro, para reunião na Autarquia sobre as festividades do Dia Mundial da Gastronomia Nacional, marcado para 29 Maio naquela cidade.

Depois darei notícias do Programa que já está alinhavado pela Drª Olga Cavaleiro e a sua Federação das Confrarias Gastronómicas de Portugal.

Os CTT fazem parte das festividades, desde a 1ª hora sempre ao lado das boas causas.

Irei dar um abraço ao Engº Ribau Esteves, que desde o lançamento do nosso livro "Epopeia do Bacalhau" - naquela altura na Câmara de Ílhavo - sempre nos manifestou enorme disponibilidade para colaborar nas nossas iniciativas.

Depois conto como foi.


sexta-feira, abril 08, 2016

Para Descansar a Vista



Já com alguma normalidade na vida - a que é possível ter nas circunstâncias - preparo a ida a Baçal neste Sábado, para as cerimónias do lançamento da emissão de selos comemorativa do Centenário do Museu do Abade de Baçal.

Francisco Manuel Alves, alma grande de transmontano, arqueólogo e historiador que ergueu esse monumento que são as memórias arqueológicas e históricas do distrito de Bragança.

Poeta transmontano estará na calha, como é lógico. Aqui fica então o enorme Miguel Torga, no seu poema "Solidão".

É um tema que me aflige, este da solidão que a idade traz consigo.  Por essa (e por outras) é que não consigo tirar a "santa" de minha casa. Enquanto pudermos lá ficará.

Solidão
Pouco a pouco, vamos ficando sós,
Esquecidos ou lembrados
Como nomes de ruas secundárias
Que a custo recordamos
Para subscritar
A urgência de um beijo epistolar
Ainda inutilmente apetecido.
Mortos sem ter morrido,
Lúcidos defuntos,
Vemos a vida pertencer aos outros.
E descobrimos, na maneira deles,
Que nada somos
Para além do seu dissimulado
Enfado
Paciente.
E que lá fora, diariamente,
Conforme arde no céu,
O sol aquece
Ou arrefece
Os versáteis e alheios sentimentos.
E que fomos riscados
No rol da humanidade
A que já não pertencemos
De maneira nenhuma.
E que tudo o que em nós era claridade
Se transformou em bruma.

Miguel Torga

quinta-feira, abril 07, 2016

Cerveja de Munique entre Amigos.



Não se confunda  Bayer ( a cidade da aspirina) com Bayern (região da Baviera, o maior estado federal da Alemanha) que é famosa pela cerveja.

O facto de existirem clubes de futebol muito conhecidos em ambas as cidades será aqui mera coincidência...

Mas hoje não falo de futebol (lá para a próxima 4ª feira veremos se falo, ou se não falo).

Falo de cerveja.

Se me derem a escolher prefiro vinho. Sem pestanejar. Mas também já bebi cervejas muito interessantes, sobretudo na Bélgica.

As cervejas de Munique mais conhecidas no mundo são chamadas " As 6 grandes":  Lowenbrau; Hofbrauhaus; Augustinerbrau; Paulaner; Hacker-Pschorr; Spaten.

Nem posso afirmar que bebi de todas. Mas na Alemanha provei com um especialista a "Augustiner Edelstoff" uma Läger de qualidade e que, apesar de me parecer um pouco doce de início, me soube bastante bem a acompanhar uma refeição típica de Munique.

Fui almoçar nessa ocasião  - 1994 - com o meu amigo Schneider , homenzarrão que encontrou em mim um parceiro ideal para as comilanças, desgostoso com os outros "clientes" de operadores postais que ele também representava, sempre a fugirem das calorias como o diabo foge da cruz.

Recordo que me "enfiou" nessa tarde pela garganta um tratado de comida bávara e de cerveja da mesma região que parecia nunca mais ter fim:  salsicha branca (weisswurst); o joelho de porco assado (schweinshaxe); a couve em "choucroute" (sauerkrat) e para provar no fim do pantagruélico festim, os escalopes panados (schnietzel).

"Unbelievable!" que era o que ele costumava dizer quando pasmava com alguma coisa...

Cada vez que eu ia à Alemanha encontrar-me com ele, era certo e sabido que vinha com mais uns 4 quilinhos... A  Natália, coitadinha,  não gostava nada.

Mas foi com o Jürgen que aprendi que uma cerveja também pode ter aptidão gastronómica.  Por muito que me custasse acreditar.

Bebi com ele umas cervejas artesanais de muita qualidade, de micro-destilarias lá para o "Hinterland"  e que ele tinha o cuidado de comprar quando sabia que eu iria aparecer. Não me perguntem pelo nome...

Este nosso amigo era um alemão francófono, que se deslocava a Lyon "para comer" de vez em quando. Fanático do restaurante dos irmãos Trois Gros , em Rouanne, tornou-se amigo de um dos donos e trazia-lhe das tais melhores cervejas artesanais bávaras para levar em troca as "poires" e "cognacs" que ele muito apreciava.

Quando vinha a Portugal eu vingava-me com o nosso peixe magnífico e com os nossos vinhos verdes. Adorava o Palácio da Brejoeira e era um dos melhores apóstolos na Alemanha dessa marca.

E do fado! Nem sei bem porquê amou a nossa canção nacional e tornou-se adepto. Até criou uma tertúlia na sua terra natal para ouvirem fado!  Por muito tempo fui-lhe mandando os discos dos novos intérpretes.

Um grande e bom amigo que a vida não tratou muito bem, profissionalmente falando. E é pena!

quarta-feira, abril 06, 2016

Bacalhau em Lisboa



Com a Primavera aproxima-se o festival "Peixe em Lisboa", que terá lugar entre 7 e 17 Abril.

Nota: PEIXE EM LISBOA é uma organização da Associação Turismo de Lisboa, com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa e produção da EV – Essência do Vinho.

Fui duas vezes a este Festival. É engraçado. Para quem não gosta de apertos nem de multidões o "é engraçado",  ou "é curioso",  ou até "é interessante",  traduzem aceitação , mas sem grandes emotividades.

Trata-se daquelas coisas das quais gostamos mas não amamos, nem de perto nem de longe...

Este festival teria algum interesse acrescido se se debruçasse também sobre o bacalhau seco.  Com a moda do "skrei" por tudo quanto é sítio é sempre melhor agora escrever "bacalhau seco" para não existirem dúvidas. 

Estou a escrever isto e se calhar algum stand terá este ano pastéis de bacalhau e pataniscas...

Quando lá fui não tinham.

Mas de uma forma geral acho que compreendem aquilo que quero dizer.

O panorama do serviço de restauração do bacalhau seco em Lisboa está cada vez pior. A maior parte dos restaurantes escolhe o produto congelado, por motivos que conseguimos compreender: menos trabalho, menos exigências sanitárias da ASAE, etc...

Já agora, para quem pretende fazer o mesmo em casa,  o menos mau ( até  acho que se pode considerar "bom") destes bacalhaus congelados e já demolhados é o da firma, passe a publicidade, Rui Costa e Sousa. Marca "Senhor Bacalhau".

Podem ler aqui sff:

http://www.srbacalhau.com/quem-somos/?title=quem-somos&idioma=pt

Mas obviamente não há nada que se compare ao Bacalhau de cura amarela, bem seco e depois demolhado em nossa casa.

Escreveram-se livros sobre a melhor forma de demolhar o fiel amigo. Parece que o segredo estará na temperatura sempre baixa da água e da necessidade da mesma ser corrente ou, pelo menos, frequentemente renovada. Isto porque o fenómeno da "demolha" liberta calor  e cheiro menos agradável.

Desde que se inventou a "máquina de demolha" -  uma espécie de serpentina de máquina de tirar cerveja , que se acopla a uma arca com um abastecimento contínuo de água filtrada - qualquer um de nós ( haja dinheiro e espaço na cozinha) tem este problema resolvido da maneira mais eficaz.

O que , se me permitem a tirada, deveria dar que pensar a muitos restaurantes com as tais preocupações de tempo, espaço e mão de obra , para fazer as coisas como deveriam ser feitas ao nível do bacalhau..

Podem ver aqui bastas ligações para estas maquinetas que podem custar em redor de 1200 euros cada uma ( mais ou menos):

http://www.jn.pt/PaginaInicial/Interior.aspx?content_id=576203

http://www.somengil.com/pt/sw_cm.html

http://www.friline.pt/imagens/produtos/demolha/001.jpg 


Dadas estas circunstâncias,  em Lisboa posso recomendar ainda o velhinho "João do Grão",  bastião que se mantêm fiel ao bacalhau demolhado em casa, quase desde os tempos de Martim Moniz! 

Claro que se estivermos a falar do outro país a Norte, outro galo cantaria...E não só em Barcelos! 
mas disso falarei noutra crónica!

terça-feira, abril 05, 2016

O nosso "Idalécio" do Panamá



Começo com uma enorme chapelada ao Prof. Manuel Sobrinho Simões, pela grande lição que deu ontem na Fundação Gulbenkian, a propósito dos 75 anos da Liga Portuguesa contra o Cancro.

Uma grande conferência que explicou a todos o que é o cancro e como a percepção da doença se modificou nos últimos anos. Com a maior longevidade é quase certo que metade da população irá sofrer de um tipo de cancro. Mas as boas notícias são que cada vez mais se pode ter uma vida completa e produtiva apesar da doença.

No outro extremo do espectro da escala temos o Panamaleaks.

Já desconfiado e preocupado com a falta de Tugas na lista a que apenas o Expresso e a TVI têm acesso em Portugal, fiquei mais descansado quando se tornou público e notório que, afinal, tínhamos um na lista.

O Idalécio do pitrol!

Ainda bem!  Não somos menos que os outros!!

Ouviste Messi? Toma lá para aprenderes!