segunda-feira, novembro 29, 2010

Dia do Selo 2010


Vai ser em Viana do Castelo . As celebrações começam amanhã, com uma sessão de conferências na Biblioteca Municipal, depois continuam no 1º de Dezembro.

Parto amanhã cedo para Viana, pelo que o próximo Post deve ser na Quinta feira 2 de Dezembro.

Primeiro Post aqui do Báltico

Cheguei, entrei e ...perdi-me logo na garagem. É normal. a garagem é grande. E é a 1ª vez,

Com o auxílio do cartão magnético e da impressão digital lá tive acesso ao elevador (sim, porque este difício é "inteligente" e está equipado com as mais modernas técnicas de combate à intrusão. Mesmo informática...)

O meu actual gabinete caberia em cima da secretária que já tive na Casal Ribeiro, passe o exagero. Mas tem vista para o rio e - sublime mimo aqui neste edifício - uma pequena varanda que pode servir para alguns actos ilícitos, como dar uma passa nalgum cigarrinho.

Quanto ao resto, tudo bem, compreendemos que os tempos que correm não se compadecem com gabinetes de 40 m2, mobílias de aparato, estantes para livros e grandes paredes para pôr o nosso  orgulho filatélico que consistia em originais de selos e nalguns diplomas com os prémios que recebemos nestes quase 30 anos que levo de carreira...

Trabalho em qualuqer lado desde que haja ligações à Net e algum sossego para escrever. Aqui as ligações são topo de gama , mas quanto ao sossego, o melhor é vir cedo ou ficar até depois das 19h... as paredes são finas e ouvimos tudo o que se passa nos outros gabinetes ao lado. E quanto à minha mania de trabalhar sempre de porta aberta, o melhor é arranjar outra qualquer diferente, aqui não é possível, pela pouca distância a que se encontram as outras pessoas.

Amanhã vou para Viana do Castelo, para as celebrações do Dia do Selo deste ano.

Depois conto como foi.

domingo, novembro 28, 2010

QUE MAL TEM UM POEMA AO DOMINGO?

Bem sei que a tradição manda que seja às Sextas Feiras, mas nos tempos que correm a tradição já não é o que era...

Depois de ter feito ontem uma feijoadazita para o almoço ( boa, embora seja elogio na boca própria) e enquanto a minha cruz (o meu senhorio) pensa e repensa se se deve levantar, depois de uma noite a celebrar o empate com o FCP, há tempo para umas estrofes. O almoço está feito. Juntem-se uns ovos escalfados ao que restou ontem da feijoada e coma-se quente, compondo por cima  com uns troços de farinheira, morcela e salpicão que se guardaram.

Do grande (gigante) Nemésio um poema sobre a Ausência. Uma Ausência "luminosa" e sempre cheia das recordações de quem partiu. No fim de contas uma mentira. Ausência sim, mas apenas física, do corpo chão. Porque o espírito,esse absoluto ditador, reina nas memórias de quem não consegue deixar de se lembrar...


















Teu Só Sossego aqui Contigo Ausente

Teu só sossego aqui contigo ausente
Na casa que te veste à justa de paredes,
Tenho-te em móveis, nos perfumes, na semente
Dos cuidados que deixas ao partir,
A doce estância toda povoada
Dos mínimos sinais, dos sapatos de plinto
Que te elevam, Terpsícore ou Mnemósine,
Como uma estátua fiel ao labirinto.

Aqui, androceu da flor, o cálice abre aromas,
Farmácia chamo à tua colecção de vidros
Onde, à margem de planos e de somas,
Tenho remédio para os meus alvidros.

O chá é forte e adstringente,
O leite grosso sabe à ordenha,
E até nos quadros vive gente
À espera que a dona venha.

Porque tudo nos tectos é coroa,
No chão as traînes, os passinhos salpicados
Como o vento ainda longe de Lisboa
Escolheu a gaivota do balanço
Que no cais engolfado melhor voa:
Um vácuo, enfim, que o não será — tão logo
Chegues no ar medido e a aço propulso.

Por isso um pouco de fogo
Bate sanguíneo em meu pulso,
Pois o amor de quem espera
É uma graça a vencer.
Uma casa sem hera
É como gente sem viver.

Vitorino Nemésio, in "Caderno de Caligraphia e outros Poemas a Marga"

quinta-feira, novembro 25, 2010

Mudança da FIL

Vamos para o Parque das Nações, para o Edifício dos CTT na Rua do Báltico. Hoje, Sexta, Sábado e Domingo fazemos as mudanças.
O atendimento directo dos nossos Clientes fica a fazer-se por enquanto no mesmo local da Praça D. Luis I, na Estação de Correios, como até aqui.

Por esse motivo da mudança o próximo Post será mais tardio... Talvez mesmo só na Segunda feira, já do novo local.

Fica aqui uma olhadela ao gabinete do Blogger... Com alguma imaginação e em bicos dos pés pode adivinhar-se ao fundo das vidraças uma nesgazita de rio...

Já não é mau.

Comentários à GREVE

O nosso Zé comenta:

Não tenho vontadade nenhuma de comentar sobre a forma que o Zé encontra para manifestar a sua indignação,recurso à greve, que creio que pouco ou nada vai acrescentar, atendendo aos intervenientes,à forma como se exerce o poder e se lá chega cá no burgo(Nepotismo,Clientelismo,Corrupção,Incompetência....e outos ismos).

Parece que votar não chega para responsabilizar, estão a conduzir-se as coisas para um ambiente social que pode desembocar em convulsões, de resultados imprevisíveis.

Os opinion makers cá da praça, não conseguiram prever o que era visível,(prognósticos só no fim e depois de posto o ovo de pé não falta quem ponha,ou o sídrome da pescada) por meados dos anos noventa, mas, com estão acima do Povão, como dizes, estão impunes ditam as suas leis e o Zé é que se F.....Nunca a ideia de que o Capital Financeiro é parasita,esteve tão evidente.

Corta, corta, mais corta,mas sempre em baixo... de tanto cortar o que sobrará?

O espaço do Euro, terá de ser repensado,nos seus paradigmas, assim como o sistema Económico Global....a Coopetição e Solidariedade, são conceitos e práticas que terão de ser bem presentes, assim como a Regulação dos Mercados,se não isto a continuar assim, vai acabar tudo à porrada.

Não sei se me dá vontade de rir se de lamentar da Gestão da Pala que se encontra na berra, só se olha para baixo, exemplo Zero.São demasiados os casos para serem levados a sério...é uma salgalhada geral, ou uma salada Russa?.....O Povão é responsável, por não os F....Puseram-se de cócoras e agora?

Medidas avulsas, pouca consistencia,insegurança,muita treta e pouca coerencia: que esperar de Vampiros?....Chupar o sangue enquanto houver..venha o FMI, venha quem realmente ponha isto nos carris....com esta gentalha na orla do poder...

Limpeza Geral...Duvido.

Já cá comentei que seria mais do mesmo e que a procissão ainda ia no adro...sem EXEMPLO não se vai a lado nenhum.Conversa da Treta basta...não acredito em juizes em causa própria....ao menos que o Benfica ganhe hoje....é mau demais para ser Verdade....aguardemos, mas a paciencia esgota-se e não vejo toca de onde saia grande coelho e lá vamos cantando e rindo....até onde?

Amanhã é outro dia...

QUO VADIS.....DOMINE?

Comentário ao Comentário: E até o Benfica só nos dá amargos de Boca... É bem certo que quando as coisas começam a dar para o torto...

quarta-feira, novembro 24, 2010

GREVE GERAL

Cheguei cedo. Muito cedo, com medo das filas. Nenhuma encontrei...Apenas o facto da TSF não dar notícias  - pelo menos entre as seis e as seis e trinta  - indiciava haver qualquer coisa de extraordinário no dia de hoje.

Os transportes públicos (da Carris) circulavam vazios e muito poucos. Mas o quiosque dos Jornais lá abriu como de costume, e o mesmo fez o cafézito da Rua de S. Paulo onde sou presença habitual.

No dia em que o anúncio da intervenção na Irlanda só fez ainda mais assanhar as "feras" (juros sobem de novo para cima dos 7% para Portugal e aproximam-se dos 5% para a Espanha) faz falta reflectir naquilo que alguns dos meus fiéis leitores me foram dizendo pelo telefone em relação ao Post de ontem:

" Culpa toda da CRISE o Povão não terá, mas alguma não se lhe pode tirar de cima: Votaram , não Votaram? Agora amanhem-se..."

Para que esta responsabilidade não lhes volte a cair em cima, cuidado no uso do Voto! Pensem bem antes de entregarem a vossa  confiança a papagaios tolos ou a mercadores de sonhos. Votem em consciência !

Mas em Quem ?? E Quando??!!

Boas Perguntas... E olhem que não tenho - por enquanto - resposta para elas.

E hoje mais não escrevo por respeito. Silêncio que é dia de Greve .

terça-feira, novembro 23, 2010

O Direito à Indignação

O dia da Greve Geral aproxima-se, e com ele os mais diversos comentários sobre a "eficácia" desta forma de "luta" , sobre a "adesão" (que se espera enorme), enfim sobre a "oportunidade " desta acção nestas tristes circunstâncias em que nos encontramos.

Obviamente que a decisão sobre fazer Greve, ou não fazer,  deverá ser pessoal e resguardada. Mas não indiscutível. Pode e deve ser comentada.

A Greve Geral é uma ferramenta do Sindicalismo organizado, a mais poderosa, e consiste num apelo generalizado à classe Trabalhadora de um País, sem excepções, para que nesse dia renuncie ao trabalho e venha reinvindicar para a rua os direitos que considera estarem ameaçados.

Neste dia 24 de Novembro que aqui antecipamos retoma-se em Portugal esta forma de protesto, depois da realizada em 1988.

Quem não se recorda de José Luis Judas  da CGTP   e de Rui Oliveira e Costa  da UGT (onde estão hoje??!!) a cumprimentarem-se amistosamente em frente às câmaras, na estação do Rossio?

O Governo do Prof Aníbal Cavaco Silva sofreu com o impacto da Greve , mas não ficou gravemente ferido e até acabou por ganhar a maioria absoluta pouco tempo depois.

Amanhã venho trabalhar. Obviamente. Porque  todos os membros das instituições - sejam elas quais forem, -  que são nomeados em Comissão de Serviço, alinham a sua conduta nestes momentos pela célebre frase:  "I serve at the pleasure of the President", seja ele o dos USA ou o da Empresa onde trabalho.

Não quero com isto dizer que não respeite e  não compreenda  o Direito à Indignação que os Trabalhadores por conta de outrém neste País devem sentir pela situação em que se encontram actualmente. Muito pelo contrário! Respeito , compreendo e fico com raiva por serem sempre os mesmos a sofrer com os delitos dos "famosos".

Ouço e vejo os habituais comentadores de serviço (ainda ontem Miguel Sousa Tavares na SIC) virem dizer que  "a culpa do estado das coisas é de todos nós, porque desatámos a gastar mais do que podíamos".

Peço licença para discordar.

O trabalhador por conta de outrém só desatou a gastar mais do que tinha porque lhe deram crédito para isso. Mais e pior: porque o incentivaram a fazê-lo, com vãs promessas e esperanças falsas!

Deitem lá a culpa para cima do bode expiatório que entendam, mas tirem desse filme o povo.  Os tristes que vão para onde os mandam, com a cenoura á frente do nariz e a chibata semprte a espreitar-lhes por cima do ombro.

Já não estamos nos dias do 1º Maio em Chicago., é certo,  e todos os Trabalhadortes têm os seus direitos legislados, mas às vezes, nestas circunstâncias de "toca e foge", do "vou ali e já venho" ,  do "assobia e olha para o lado" a que a nossa classe dirigente nos vem habituando,  só nos dá vontade de mandar às malvas os séculos do verniz civilizado e fazer uma fogueirazita com os pertences dos Srs banqueiros que fizeram o que não deviam e hoje se escondem cobardemente atrás dos fundos governamentais e institucionais.

 Sem vergonha, sem castigo, sem pudor e sem julgamento, quem os impedirá de voltarem daqui a uns anos a fazer o mesmo?

Ao vermos quem é que sofre mais com estes apertos de cinto e medidas punitivas compreendemos que o mundo civilizado, afinal, não evoluiu assim tanto desde o tempo (1877)  em que a Pinkerton mandava caceteiros armados partir as cabeças aos operários dos caminhos de ferro de Pitsburgh, em greve por melhores condições de vida...

Pelo Direito à Indignação!

segunda-feira, novembro 22, 2010

Irlanda abaixa a cerviz...

Depois de muita hesitação lá vem a ajuda internacional para a Irlanda...De tal modo o buraco é gigantesco que apenas o FMI e o Fundo especial da UE não chegam para cobrir. Têm de ser outros países também a dar para esse peditório.  O Reino Unido já anunciou a ajuda, e os do Norte da Europa, mesmo fora do Euro, como a Noruega, idem , idem...

Porquê? Pela mesmíssima razão que em Portugal todo o Banqueiro tem ido pôr velas a Fátima para que se concretizasse este auxílio aos irlandeses. Porque não deve haver banco na Europa civilizada que não tenha posto muito dinheiro nos bancos irlandeses para aproveitar as obscenas taxas de juro oferecidas pelos mesmos à conta dos activos tóxicos que possuíam... Há quem fale de taxas de juro de mais de 30 % ao ano... E mais.

Percebe-se assim a euforia dos hipócritas que receberam e "empocharam"  enquanto a vaca deu e se apressaram a mandá-la para o matadouro quando a pobre começou a secar... Só que esta Vaca Irlandesa , se secasse mesmo,  levaria consigo muita gente.

Uma seca e amarga diatribe do Blogger que só vê à sua frente ( e de todos V. também) os responsáveis garganeiros que apostavam na ganância do dinheiro fácil  não serem devidamente punidos, muito ao contrário,  serem agora recuperado por terceiros apenas para que as consequências do que fizeram não sejam muito piores. 

Nunca como hoje dá a ideia que o crime compensa...

E Portugal? Para quando a Intervenção externa do FMI e da UE?

Na minha opinião, é apenas uma questão de tempo. Com o PSD e o CDS a aproximarem-se a passos largos de uma maioria absoluta se as eleições forem antecipadas, o apelo do Poder , a doce tentação de mandar, tornam-se cada vez mais fortes para Passos Coelho...

Se (melhor dito "quando") ele mandar às malvas o não escrito "pacto de regime" e for a Belém exigir o Governo, lá para o meio do ano que vem, será inevitável a subida das taxas de juro e a entrada do dinheiro estrangeiro no País...

sexta-feira, novembro 19, 2010

Para Descansar a Vista

Em plena Cimeira da Nato parece bem ser tema e mote desta Sexta feira a PAZ. A Paz na Terra aos Homens de Boa Vontade.   Mas... nunca nos esqueçamos da frase de Eça. "A Paz causa a impaciência do Desejo" . Somos Mulheres e  Homens e como tal talvez não tivéssemos sido criados para ter Paz (neste mundo).
Aqui vão poemas:

Paz
Bom dia, amigo
Que a paz seja contigo
Eu vim somente dizer
Que eu te amo tanto
Que vou morrer
Amigo... adeus

Vinícius de Moraes

Princípio
Não tenho deuses. Vivo
Desamparado.
Sonhei deuses outrora,
Mas acordei.

Agora
Os acúleos são versos,
E tacteiam apenas
A ilusão de um suporte.

Mas a inércia da morte,
O descanso da vide na ramada
A contar primaveras uma a uma,
Também me não diz nada.
A paz possível é não ter nenhuma.

Miguel Torga, in 'Penas do Purgatório'

Paz
Irreprimível natureza
exacta medida do sem-fim
não atinjas outras distâncias
que existem dentro de mim.

Que os meus outros rostos não sejam
o instável pretexto da minha essência.
Possam meus rios confluir
para o mar duma só consciência.

Quero que suba à minha fronte
a serenidade desta condição:
harmonia exterior à estátua
que sabe que não tem coração.

Natália Correia, in "Poemas (1955)"

O País das Excepções e do Engano

1) Ainda agora a procissão acabou de passar o adro da igreja e já se perfilam, mais que muitas, as "Excepções" ao Orçamento de Estado para 2011. Não é que me incomodem essas excepções, se forem, como parece o caso, para aliviar a carga das mulas de trabalho do costume (os empregados por conta de outrém e os pequenos empresários). Mas acho estranho tal documento de fino recorte e de esmerada concepção estar já a ser retalhado antes de ser aprovado... Embora o  APEVAREF - Acordo para Pateta Espantar Vade Retro FMI  -  entre PSD e PS algumas destas "excepções" já previsse.

2) Hoje, com receio da Cimeira da Nato e desconfiado que bastasse dos avisos à navegação, cheguei aqui ao gabinete pelas 6,20h. Nada encontrei de extraordinário nas estradas, e ainda por cima tive que esperar que abrissem o café e o quiosque do costume... vamos a ver à tardinha como será.

3) Muita gente procura os "VERDADEIROS CULPADOS do ESTADO A QUE ISTO CHEGOU".

 Recordam-se dos nosso Ministros das Finanças desde 1995? Eduardo Catroga; Sousa Franco; Pina Moura; Guilherme d'Oliveira Martins; Manuela Ferreira; Bagão Félix, Campos e Cunha, Teixeira dos Santos. Com a excepção do Dr Pina Moura - cujo percurso académico e profissional antes do "tacho governamental"  desconheço - todos os outros tenho-os como Pessoas de bem;  letrados, eruditos, honestos e profissionalmente muito competentes. Como deixaram as Contas Públicas chegar onde chegaram?

E recordam-se dos Srs Primeiros Ministros (os patrões dos "outros")  nesses mesmos anos? Cavaco Silva; António Guterres; Durão Barroso; Santana Lopes; José Sócrates.  Se calhar por aqui é que vamos?

OU NÃO?

Podemos sempre concluir  que a culpa foi do 1º macaco... Quem te mandou a ti Pai Afonso fazeres o que fizeste? Hoje estávamos na M*** à mesma, mas como éramos Grandes para Burro, uma Península Inteira, mais o controlo do Atlântico Sul, ninguém se metia connosco... Olhem para a França...

quinta-feira, novembro 18, 2010

Contas de outras épocas

Nesta altura do ano em que se aproxima a data do falecimento do meu Pai penso sempre mais nele, o que é normal. De entre as "heranças" que meu Pai foi deixando lá em casa guardo com esmero duas ou três velhas facturas de Restaurantes que ele tinha pago e que guardou (não sei bem porquê, provavelmente porque teriam um significado especial para ele). Esta aqui hoje referida é uma conta de 22 de Maio de 1970, uma Sexta feira.

Em 1970, em Portugal,  apenas 35% dos jovens com 14 anos frequentava a escola. O número de veículos vendidos (ligeiros e pesados, passageiros e mercadorias) foi de 72 000. Em 2009 o mesmo número foi 203 000.

O Retrato de Fernando Pessoa de Mestre Almada (obra prima da pintura portuguesa contemporânea ) é leiloado, sempre em 1970,  pela enorme quantia de ...1300 contos.

O Salário médio era de pouco mais que 2,5 contos por mês...Hoje é de 894 euros (178,8 contos).

O consumo de cerveja cresceu mais de 70% desde 1970.  O Douro quase só tinha Vinho do Porto. Mas havia o grande Tinto de mesa Marquês do Soveral, de S. João da Pesqueira....O 1º Barca Velha foi de 1952  mas só começou verdadeiramente a ser conhecido já na década de 60 e de 70.

Por curiosidade aqui vão as Colheitas feitas até hoje: 1952, 53, 54, 57, 64, 65, 66, 78, 81, 82, 83, 85, 91, 95, 99 e 2000.

Os vinhos portugueses habituais nos restaurantes da classe média  eram os Dão, como o Dão Barrocão, Porta dos Cavaleiros ou o Terras Altas.  A Real Companhia Velha - marca Grantom -  fazia belos vinhos com uvas do Douro e Dão.  No  Alentejo havia já o Borba e o José de Sousa Rosado Fernandes e no Ribatejo a Casa Agrícola Francisco Ribeiro (hoje Quinta do Falcão)  , sem esquecer o Colares da Adega Cooperativa e do Chitas,  e o Bucelas (para brancos).  A Bairrada tinha os seus "Irmãos Unidos" a fazerem os brancos e tintos das Caves S. João e Frei João... E pouco mais havia...

Bebia-se pouco whisky e mais aguardentes velhas: Carvalho Ribeiro e Ferreira, Serafim Cabral, de quando em vez a Prestígio de S. Domingos.

Nessa velha factura de 1970, de  um Restaurante de Cascais hoje já "falecido",  o saudoso "Três Porquinhos" , destaco:

- Couvert - 2$00
- Marisco - 16$00
 - Carne -  8$00
- Vinho - 6$50
- 2 Digestivos e 2  cafés - 4$50
- Total - 37$00

Seria mais do que uma pessoa, pela referência aos  "2 Digestivos e 2 Cafés"... E  comeram,  em proporção aos dias de hoje ,  muito barato, pois 37 escudos eram 1,48% do ordenado médio dos portugueses nessa altura. Quem hoje (duas pessoas) Jantasse por 80 euros , comendo marisco e etc... mais ou menos igual à antiga factura, estaria a pagar 8,94% do ordenado médio actual...

Conclusão: Comer fora , hoje em dia , é bem mais caro do que já foi...

quarta-feira, novembro 17, 2010

O velho João do Grão recomenda-se!

Tinha reunião nesta Segunda feira na Secretaria de Estado das Florestas. Onde comer ali perto da Praça do Comércio e de forma a chegar às 14,30h ao local da reunião?

Fui ao velhinho paradouro de meu Pai e dos outros colegas do Ministério, 40 anos atrás,  ao João do Grão, logo ali à entrada da Rua dos Correeiros para quem vem da Praça da Figueira.

Restaurante João do Grão
Rua dos Correeiros 222-226
1100-170 LISBOA
Telefone - 213424757

Em duas salas unidas por um corredor as mesas apresentam-se quase tal e qual como eram há 40 anos. Ou assim delas me recordo. Sempre cheio! Dois católicos quase não conseguiram mesa e tendo  chegado para manducar ainda não batiam as 13.00h.

A casa é famosa pelo seu bacalhau, mas a Lista não se limita a ele:

Peixe: Bacalhau cozido com grão; Bacalhau na brasa; Bacalhau à Gomes de Sá; Bacalhau à Brás, Açorda de Bacalhau. Peixes do dia para cozer ou grelhar. Açorda de Marisco.
Carne:  Perdiz estufada; Carne de porco à Alentejana; Iscas à Portuguesa; Mão de vaca com grão; Cozido à portuguesa.

Fizémos uma divisão. Primeiro pedimos uma dose de Bacalhau na Brasa  (12,50 euros) e depois mais uma de  Mão de Vaca com grão (11,00 euros). Bebemos uma garrafita de Verde Tinto de Monção (10,50 euros). Com dois quejinhos frescos e dois cafés, pagámos...39 euros!!!

Doses perfeitamente à vontade para quem coma bem! Quem coma menos mal pode dividir que não passam fome nenhum dos dois.

O Bacalhau estava soberbo. Era do autêntico, não do congelado que agora parece abundar por tudo quanto é casa de comer em Lisboa. Dizem que por causa da ASAE,  mas  acredito eu, depois de ter falado com a malta da ARESP,  que será mais por causa da preguiça de alguns Hoteleiros e Restauradores. Mas adiante...

A Mão de Vaca teria talvez os troços da extremidade demasiado grandes para aquilo que estamos acostumados a ver, mas os mesmos estavam deliciosos, com a gelatina evidenciando cozedura impecável e lenta.  Talvez o grão devesse ter sido introduzido no guizado por mais uns minutos, mas a rijeza era por outro lado bom sinal que se estava perante grão demolhado na altura e não grão de lata. Quanto a sabor, magnífico também.

Autêntico oásis nos tempos da crise este João do Grão! Bons preços, boa qualidade. É claro que não esperem chegar lá e terem espaço para estender a pasta  com o Lap Top na mesa do lado...

São mesas pequenas, o serviço é esforçado e muito rápido, a rotação dos lugares elevada. Mesmo assim, se querem prandear com alguma preguiça, então venham mais perto das 14,30h. Terá terminado a fúria da enchente dos almoços e é possível preguiçar mais um pouco ao redor do café e de dois dedos de conversa.

A tristeza ( e bem grande!) tive-a eu quando desci a velha Rua dos Correeiros e só encontrei Restaurantes Indianos ... Adeus Bom e Velho Muni! Adeus velha Adega Friagem;  Adeus Regional e Adeus Paris, logo ali ao lado, na vizinha Rua dos Sapateiros, Adeus pousos galegos da pequena burguesia do tempo dos Ministérios... Quando um Galão e uma Sandes de Fiambre eram o almoço de um funcionário público 4 dias por semana, para que no 5º dia pudessem ir os Amigos da Repartição a estas casas, salivando pela espera...

Agora comam Tandoori e já gozam... Ou não...

terça-feira, novembro 16, 2010

Queijo e Frigorífico: Uma relação Imprópria

Uma das coisas que mais me aborrece quando peço queijo para terminar a refeição, num qualquer restaurante, é o facto do queijo (seja ele de onde for) vir normalmente muito frigorificado. Mesmo que seja de pasta dura!

Um Queijo nobre é um organismo vivo. Nasce, cresce (evolui) e deve deixar-se morrer com dignidade.

Quem gosta dele a escorrer pelo prato deve comprá-lo e comê-lo na época em que é feito. Quem - como eu -  também o aprecia nas outras fases da vida, meio rijo , rijo e rijo como os cornos do boi, deve ter a oportunidade de o provar nessas metamorfoses.

 Se para os queijos de grande dimensão (Serra, Serpa, S. Jorge) este problema é recorrente em muitos ( e até bons, pasme-se!!) restaurantes, imaginem como se poderá desculpar (não direi aceitar) semelhantes procedimentos para as queijetas de Nisa, os queijos pequenos de Azeitão , as merendeiras de Évora e por aí fora...

Admito que se possam congelar queijos grandes já maduros (mas nunca por nunca ser quando estão ainda no processo de formar casca!!) de forma a obter fora de época o amanteigado. Mas depois de descongelados nunca mais deve esse queijo ver ou sentir o frio da caixa frigorífica.

Os proprietários de restaurantes a quem me queixo dizem que o estrago é muito grande se deixarem o queijo fora do frio... Nunca percebi bem isso. A solução parece simples: comprem menos quantidade e renovem o armazém à medida que o cliente tratar do assunto, à mesa.

Obviamente que durante o Verão qualquer queijo amanteigado escorre para o chão (por isso é que são feitos durante o Inverno!)  mas - em desespero de causa - nada impede o restaurador de os ter no frigorífico durante a noite e retirá-los para as prateleiras quando chega ao restaurante. Ou, muito melhor,  utilizem um Prato fundo! Como muito bem faziam e fazem os irmãos Fialhos para os Serpa do Bule! Estes Queijos de pasta mole quando começam a criar por cima da quantidade despejada uma capa mais durinha são sublimes de gosto!

Agora , o que não admito são duas coisas: que chegue a um restaurante e me digam que não têm Serra (ou Serpa) porque não é época dele (época de queijo da Serra é o ano todo, nas suas diferentes manifestações, todas excelentes). Ou que o apresentem frio de morrer, sem bouquet, nem gosto , nem pujança.

Ainda há os "espertos" que - desconfiados da pergunta do Cliente -  rapidamente organizam uma breve passagem do queijo cheio de frio pelo micro-ondas ou pelo prato fervente da água da máquina de café...Fica uma coisa asseada ao contrário, como podem imaginar...

Não Amigos e Senhores! Em relação ao Queijo e ao Frigorífico há que defender o divórcio imediato e duradouro, incluindo se necessário for uma injunção para que nunca pernoitem a menos de uns metros um do outro! E Olé!

segunda-feira, novembro 15, 2010

Vinhos de Inverno no Magusto tradicional

O Magusto era  a festa em que se assavam as castanhas (que se recolhem nesta altura) e se convivia nas aldeias e nas quintas, sobretudo entre homens: os que tratavam do vinho nas casas agrícolas, os taberneiros e os respectivos Clientes preferenciais. Tem a ver com o momento em que, depois da vindimas, nos meses de Setembro e Outubro, o vinho estaria pronto e se provava.

Naqueles tempos, está claro, pois hoje não haverá produtor que se preze que tenha o vinho novo de cada ano em prova logo no Novembro seguinte à vindima...

A bebida que  mais acompanhava as Castanhas nestas festas da época que atravessamos variava de região para região. Dependendo do clima, mais ou menos agreste em Novembro, e também das vindimas terem , ou não, sido mais temporâs.  Onde as vindimas se realizam mais cedo, bebe-se mais a água-pé que resulta da adição de água ao bagaço que fica depois de fabricado o vinho. Tem um baixo teor alcoólico, e também é muito consumida em trabalhos agrícolas no final das colheitas, nas zonas de clima mais suave, como é o caso da Feira da  Golegã.

Nos frios mais pesados da Serra e do Norte, Planalto Mirandês, etc..., bebe-se a jeropiga, que é fabricada com uma mistura de mosto e aguardente.

Receita da Jeropiga (tal e qual se faz na Estrela):
15 Lts de vinho mosto 
5 Lts de aguardente bagaceira 
Barril de madeira de castanho de 20 Litros

Depois de pisadas as uvas, bem maduras, (brancas para fazer jeropiga branca ou pretas para  a  tinta) tiram-se do balseiro de madeira ou do lagar de cimento 15 litros de mosto, no dia seguinte às uvas serem esmagadas.

Coloca-se este mosto no barril já demolhado,lavado e escorrido (deve estar bem seco), tendo-se o cuidado de deixar  a torneira de madeira colocada.

De seguida adiciona-se a aguardente.

Coloca-se a rolha, devendo o barril ficar muito bem  fechado, para que não se verifique a fermentação do mosto.

Deixa-se assim durante um período de 3 a 4 meses. 
Depois é só beber...Mas nunca a guardem para o ano seguinte! Deve beber-se logo de seguida..
















Mesmo assim ainda hoje há quem consiga obter um ou dois pipinhos de vinho novo para estas exéquias, do Magusto de S. Martinho, mas como já disse será cada vez mais raro,  pois a maioria dos que têm colheita própria preferem manter ainda o vinho na "mãe" por mais algum tempo. A não ser que façam "batota",  como por exemplo deitar nesses pipos especiais de vinho novo uma ou duas mãos -cheias de maçãs , para acelerar a fermentação das massas vínicas... Mas o que se bebe depois, embora agradável ao palato, já não será bem vinho... E ressaca de uma maneira que só mesmo experimentando...

Para pôr ordem gastronómica nestas coisas, mas sempre mantendo a Tradição do Magusto, o que propomos é que se substituam as águas-pés, geropigas e vinhos novos de maçã , por coisas mais dignas de Homens e de Mulheres de maior e mais refinada exigência.

Magusto à minha moda:
Uns vinhos novos, sem dúvida, para fazer passar na garganta a castanha e as febras assadas na mesma fogueira, sem esquecer o pão quente do forno, a desfazer-se em cima da mesa tosca onde a manteiga de ovelha , as lascas do bom presunto e o queijo da serra também já aguardam pelos convivas. Ao lado, quase envergonhada, uma travessa de bacalhau, também ele assado e lascado, faz companhia à molheira onde o azeite a ferver na companhia do alho esmagado o espreita...


Ora tomem lá para beberem:

- Casal da Coelheira Rosé de 2009  - considerado o melhor vinho Rosé do mundo, um Rosé do Tramagal de se lhe tirar o chapéu,  substitui com grande vantagem todas as águas-pés deste mundo e do outro...Cerca de 6 euros antes da medalhita...
- Vale Pradinhos Rosé de 2008 - Trás-os -Montes grandioso em vinhos rosados! A cerca de 6,5 euros.
- Grainha 2008  - Um grande Douro da Quinta Nova de Nª Sª do Carmo - a cerca de 11 euros
 - Crasto Tinto de 2008 - Mais um Douro belíssimo da Quinta do Crasto a cerca de 9 euros.
 - Dão Álvaro de Castro 2007 - Relação qualidade preço imbatível - a cerca de 4 euros!!
 - Julia Kemper Dão Tinto de 2008 - Com a ajuda de Dirk Niepoort, um belo Dão! A cerca de 11 euros. Havia pouco...
 - Encostas de Estremoz Reserva de 2007 - belo Tinto do Alentejo. Com as duas Tourigas e Alicante. A cerca de 16 euros.
 - Casa de Santa Vitória Reserva tinto 2007 - Outro Tinto de garra, aqui com a Syrah a juntar-se às cabernet e Tourigas. A cerca de 14 euros.

Bom Magusto e cuidado com as curvas!

sexta-feira, novembro 12, 2010

Para Descansar a Vista

Basta de negrumes e tempestades!

Pedem-me alguns leitores relativamente insatisfeitos pelo caminho dos infernos que esta rúbrica das Sextas estava a tomar.

Alma é preciso! Arranje-se forma de nos tornarmos mais bem dispostos com a fantasia, que para a realidade já basta assim...

Eu não sou contra essa maneira de estar, pelo contrário...O problema é que tenho algum receio que as pessoas se esqueçam do abismo e alegremente dêem o tal passo em frente... Bom, pelo menos será alegremente...

E cá vai poema de alegria, mas com um pouco de "batota"... Ora leiam sff. Desta alegria raivosa e combativa é que nós precisamos!


Alegria

De passadas tristezas, desenganos
amarguras colhidas em trinta anos,
de velhas ilusões,
de pequenas traições
que achei no meu caminho...,
de cada injusto mal, de cada espinho
que me deixou no peito a nódoa escura
duma nova amargura...

De cada crueldade
que pôs de luto a minha mocidade...

De cada injusta pena
que um dia envenenou e ainda envenena
a minha alma que foi tranquila e forte...

De cada morte
que anda a viver comigo, a minha vida,
de cada cicatriz,
eu fiz
nem tristeza, nem dor, nem nostalgia
mas heróica alegria.

Alegria sem causa, alegria animal
que nenhum mal
pode vencer.

Doido prazer
de respirar!

Volúpia de encontrar
a terra honesta sob os pés descalços.

Prazer de abandonar os gestos falsos,
prazer de regressar,
de respirar
honestamente e sem caprichos,
como as ervas e os bichos.

Alegria voluptuosa de trincar
frutos e de cheirar rosas.

Alegria brutal e primitiva
de estar viva,
feliz ou infeliz
mas bem presa à raíz.

Volúpia de sentir na minha mão,
a côdea do meu pão.

Volúpia de sentir-me ágil e forte
e de saber enfim que só a morte
é triste e sem remédio.

Prazer de renegar e de destruir
o tédio,
Esse estranho cilício,
e de entregar-me à vida como a
um vício.

Alegria!  Alegria!

Volúpia de sentir-me em cada dia
mais cansada, mais triste, mais dorida
mas cada vez mais agarrada à Vida!

Fernanda de Castro

quinta-feira, novembro 11, 2010

A saga do Cozido

Tenho na memória um texto magnífico, que penso ser  do  saudoso Dr Dário Castro Alves, sobre a tradição do cozido à portuguesa (que na opinião de alguns etnólogos terá estado na base da criação da  Feijoada no país-irmão) ) e de como as donas de casa do Brasil dos "córónés" competiam umas com as outras para deitarem para dentro da panela mais ingredientes cada vez mais estranhos... até milho lhe deitavam já em desespero de causa para desanimar a concorrência...

Em minha casa o Cozido era feito tradicionalmente ao Domingo , e a sua preparação começava logo na véspera, com a compra das couves,cenouras, nabos e  das carnes secas e salgadas.  A minha Santa cá de baixo nunca foi grande artista em frente às panelas (nem grande , nem pequena...)  pelo que esta tarefa do cozido era mais para homens.

Eu, ainda antes de casar,  o que sabia fazer na cozinha era espreitar para ver se ainda demorava muito e  ...sentar-me à mesa para comer.  Infelizmente (pelas causas da mudança) quando enviuvei tive que aprender a fazer de tudo perante o "trilema" de me viciar em hamburgueres ou frango assado, levar a "firma  à falência" com a frequência dos restaurantes ou ...passar fome. Eu e o meu Senhorio que, como bem sabem todos os que o conhecem, para comer não tem pruridos...

Meu Pai sabia quase tudo que metesse comeres e beberes desde a respectiva génese,  ou não fosse ele um apaixonado por todas as coisas boas da vida, tendo-a vivido plenamente até mesmo ao final precoce dos seus dias.

Era ele que comandava as hostes. Comprava, temperava, partia, cozia, retirava das panelas e aconchegava nas travessas.

Um único problema: só sabia trabalhar para audiências de um certo tamanho... Cozido que ele fizesse dava à vontade para 11 ou 12 pessoas... Lá em casa éramos 3...

Parece , ou melhor, dizem algumas línguas maldosas, que eu herdei essa tendência exagerática dos genes paternais. Outras línguas dizem que não foi bem isso, Como aprendi muito do que sei a ver, lá na Beira Alta,  fazer comida para  os "batalhões"  de familiares e trabalhadores da quinta, ficou a mão feita àquelas quantidades... Mas adiante que não estamos em Amarante.

Vem toda esta conversa para explicar que deram à minha Santa (cá de baixo) súbitas vontades de comer cozido neste fim-de-semana. Não me fica bem (sobretudo actualmente!!) ignorar estas ânsias. Temos que ter em atenção o sarilho que por aí virá: menos 10% no ordenado, rebaixa dos plafonds de gasóleo e de telemóvel, as despesas com a mula do senhorio , etc, etc... Não Senhores e Amigos, não estamos , decididamente, em tempos de fazer impacientar a Senhora. No fim de contas, quem nos diz que não teremos de ir lá beber à fonte em caso de necessidade?

O problema é que Ela, em lhe dando estas ânsias, passa de imediato à concretização, tal o Hulk em busca da baliza contrária (Ai, ai, que ainda me doem as costas dos 5 a zero). Vai daí pôe-se em campo e quando menos damos por isso já tem o frigorífico atascado das viandas...

Mas como o Artista sou eu,  e tal como todos os artistas só gosto de mexer em materiais que eu escolho, já estão a ver o que se vai passar... Fica a casa  a abarrotar com aquilo que Ela comprou e aquilo que eu próprio entendo dever ser , de facto, utilizado...Nem panelas tenho onde caiba tudo, dada a tal tendência "exagerática" pelas quantidades.

A  verdadeira Arte consiste em fazer o cozido à minha maneira, com aquilo que eu comprar mesmo na véspera, dando a ideia que estamos a comer aquilo que Ela comprou... Tão a ver?

Para concretizar tal desiderato algumas regras têm de se cumprir:
 - Comprar apenas à última hora as minhas coisas, para não dar nenhuma ideia da maldade que se vai concretizar. A Praça de Cascais que abre cedo que se farta, ao Sábado, é bom paradouro para estas furtivas compras.
 - Fazer desaparecer as "outras coisas" que já lá estavam em casa.  Banco Alimentar, ou, em desespero, esquecer-me dos sacos plásticos nalgum local onde tenho a certeza que há necessidades. E infelizmente conheço vários...
-Por fim, e é o mais difícil, convencer a Senhora que faço tudo sózinho e que "não vale a pena ela lá aparecer em casa antes da 1 da tarde"... Isto é que se torna mais complicado... Graças a Deus há a missinha de Domingo! Grande aliada nesta contenda.

E pronto! A Táctica está traçada,  os planos foram feitos, resta a concretização (outra vez o Hulk NÃO Xiça!!).

quarta-feira, novembro 10, 2010

A importância do número 7

Desde as mais antigas culturas que o número "7" tem sido simbolismo de Ocultismo, um número relacionado com a causa espiritual de todas as coisas. São exemplos da sua utilização nas várias mitologias divinas:

Os 7 Céus; os 7 Tronos; os 7 Selos; as 7 Igrejas; as 7 Devas dos Hindus; os 7 Anjos dos caldeus; os 7 Amschaspands dos antigos Persas; os 7 Sephirots da Cabala; os 7 Arcanjos da Revelação, etc, etc...

Deus nosso Senhor terá feito a Terra em 7 dias. A semana actual tem os mesmos 7 dias. E por aí fora.

"7" é também a origem do "número sagrado " 142 857  que se obtém dividindo 999 999 por 7. Matematicamente significa que se trata do mais conhecido número cíclico de base 10. Se se multiplicar 142 857 por qualquer inteiro de 1 a 6 obtem-se SEMPRE um número que resulta da permutação dos algarismos de 142 857 entre si! Ora vejam:

1 × 142,857 = 142,857
2 × 142,857 = 285,714
3 × 142,857 = 428,571
4 × 142,857 = 571,428
5 × 142,857 = 714,285
6 × 142,857 = 857,142

Cà em Portugal, nestes últimos tempos, o raio do número 7 (por cento) tem sido mais um sinónimo da barreira que separaria a civilização da barbárie, qual Teodósio obrigado a ceder as províncias balcânicas aos Godos que ameaçavam Constantinopla. Os Godos, neste caso, seriam o FMI que, a bem ver,  é capaz de ter por lá mais Godos do que Hispânicos

Pois já chegámos aos 7% Amigos! Foi ontem, à tardinha. Quer isto dizer que a dívida soberana que será (ou tentará ser) colocada hoje pelo Governo da República a 10 anos terá que ser paga por todos nós a 7% .

É este o preço actual que a vizinhança abútrica e nefanda dos prestamistas coloca como segurança para a  boa cobrança da nossa Dívida Soberana. Mais do que isso, soubemos também ontem que os vaticinadores probabilísticos dos principais organismos financeiros colocam agora a probabilidade do Estado Português falir acima da probabilidade da falência do...Iraque.

E esta Hein?  Pior que o Iraque...

O que recomendo imediatamente é que o inefável Ministro das Finanças vá imediatamente a todas as Televisões dizer que tinha havido um engano técnico informático nas suas observações anteriores. O que ele queria dizer era 17 (por cento) e não 7 (por cento)!

Parece que o próprio FMI apoia muito esta novel interpretação do nosso Ministro, pois não desejam, nem sequer almejam , nem muito menos anseiam , por tomar conta desta choldra...

Antes dos 7 (por cento) e Depois dos 7 (por cento)!

Eu ainda sou do tempo do "Antes dos 7 (por cento)" poderemos dizer todos aos nossos netos, quando estes nos perguntarem o que era Portugal....

terça-feira, novembro 09, 2010

Plano de Emissões e de Edições para 2011

Ainda em Draft apresento aqui a nossa proposta de Plano de Emissões e de Edições para o próximo ano:

1 - JAN – Emissão Base “Festas Tradicionais Portuguesas”  (Novo Tema para a Emissão Base começa em 2011).

2 – JAN – “Aqui Há Selo”

3 – JAN – “Queijos Portugueses, 2º Grupo”

4 – FEV – Emissão Base AA (booklets)

5 – FEV – “Ambiente - Água e Resíduos”

6 – FEV – 1ºLIVRO de 2011 - “A Epopeia do Bacalhau”

7 – FEV – “100 Anos da UPAEP”

8 – FEV - “Vultos da História e da Cultura” – em análise a possibilidade de se fazerem Carimbos Comemorativos nas datas exactas dos nascimentos de Manuel da Fonseca (15 de Outubro); Alves Redol (9 de Dezembro); Trindade Coelho (18 de Junho); Dona Antónia “ Ferreirinha” (4 de Julho); Eugénio dos Santos (?Março 1711)

9 – 1 de MAR – “100 Anos da Caixa de Crédito Agrícola”

10 – 21 MAR – Postal Inteiro em Cortiça – No âmbito da Proposta de Colaboração entre os CTT e a SEC Estado das Florestas , celebrando o “Dia da Floresta”.

11 – 22 MAR – “100 Anos das Instituições de Ensino” – ISEG, IST, Universidade de Lisboa e Universidade do Porto.

12 – MAR\ABR – “100 Anos da Torre do Tombo”

13 – MAR\ABR – “Teatro em Portugal 2º Grupo” – Tem livro posteriormente.

14 – MAR\ABR – “Espécies Marinhas Migratórias”

15 – 30 MAR –2º LIVRO de 2011 - “Pão Tradicional Português”

16 – ABR\MAI – “Quintas da Madeira”

17– ABR\MAI – Património Baleeiro dos Açores”

18 – 3 MAI – “100 Anos da GNR”

19 – 9 MAI – “EUROPA – Florestas” – Emissão com acompanhamento da SEC Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural

20 -25 MAI – “100 Anos dos Pupilos do Exército”

21 – MAI – “100 Anos dos Museus Nacional de Arte Contemporânea e do Chiado”

22 – 28 de Maio – 3º Livro de 2011 – “ O Teatro em Portugal”

23 – Final de Maio - “Emissão Conjunta Portugal-Tailândia” – 500 Anos

24 – JUN – “Bordados Tradicionais Portugueses” (emissão ecológica em papel de algodão)

25– JUN – “O Fado” - Tem livro a sair posteriormente.

26 - JUN– “50 anos do corpo de Fuzileiros”

27 - JUN– “Ano Internacional da Medicina Veterinária”

28 – JUL – “ A Arqueologia em Portugal” – Tem Livro posteriormente.

29 – 1 Setembro – 4º Livro de 2011 – “Os Transportes Públicos em Portugal”

30 – SET – “Emissão Conjunta com a República da Coreia” –

31 – 3 de Outubro – 5º Livro de 2011 – “História da Arqueologia em Portugal”-

32 – 9 de OUT – “Correio Escolar” – No Dia Mundial dos Correios.

33 – OUT – Agenda 2012 (tema ainda a definir).

34 – NOV – O Meu Álbum de Selos

35 – NOV – Portugal em Selos 2011

Como se observa 2011 é um ano com muitos Centenários, decorrentes das Instituições que foram criadas logo após a Proclamação da República.  Sff tenham também em atenção que esta Proposta por enquanto não é mais do que é isso mesmo: uma Proposta que continuaremos a trabalhar com os Promotores e com a Tutela, afinando as datas.

segunda-feira, novembro 08, 2010

Cavalo Não foi Avisado!

De acordo com a versão oficial do Palácio de Belém,  o solípede que se assustou ao ver entrar o Sr. Presidente da China pelos Jerónimos adentro não teria feito parte daqueles que tiveram formação e briefing especializado sobre esta Visita de Estado.

Não se confirmaram as primeiras notícias, que davam conta de algum relacionamento entre este cavalo e a manifestação da Amnistia Internacional que ocorreu ao lado da Torre de Belém à mesma hora da "cangocha" solitária.

Segundo as nossas fontes,  o Cavalo empertigou-se devido a dois factores ainda não totalmente esclarecidos:

a) Ou com medo de vir a ser comido, já que é do conhecimento geral que um chinês do Norte come qualquer coisa que se mexa...Hu Jintao é originário da província e cidade de Jixi, bem lá no extremo norte da China.
b) Ou com  receio do seu trabuco vir a ser utilizado (depois de cortado, seco e moído)  na antiga medicina chinesa, como ajudante do crescimento do dito cujo nos homens. Burros e cavalos são bastas vezes invejados pela dimensão, daí a a provável utilização do orgão em causa.

A notar pela "chapala" do pobre cavalo, imagino as histórias que a mãe não lhe terá contado dos chineses,  em pequeno...

Agora pergunto: quem tem razão? Ele,  o cavalo assustado,  ou quem assim recebeu de braços abertos o Presidente Hu Jintao? Só o futuro o dirá (supondo que teremos futuro).

Ainda os Blocos nos Planos de Emissões

Um dos nossos leitores afirma o seguinte:

No seu comentário afirma "os Blocos são de facto desejados por alguns coleccionadores mas nunca em demasia".
Esta "demasia" deveria ser vista tanto do ponto de vista da quantidade como do valor facial.
Vamos a contas:
No ano de 2010 foram emitidos 23 blocos, num total de 49,78€. Desses 23, 7 tinham um facial de 2,00€ e 10 de 2,50€.
Depois surge a questão: para que é que servem os selos de 2,00€ e 2,50€? E a resposta surge naturalmente: para muito poucos serviços, ora para envios para o estrangeiro, ora para envios internos já com peso considerável.
Conclusão: os blocos são interessantes? Sim. Os valores faciais dos blocos são úteis? Raramente.
Solução: emitir os blocos, mas com valores que se enquadrem nos envios mais frequentes: 1,62; 1,75€; 1,85€; etc...
Algum comentário a esta reflexão?
José Flávio Fonseca

Comentário: à parte a questão dos custos de fabrico, que também entra nesta equação e influencia o preço final das peças,  o nosso Leitor tem razão em desejar que os blocos possam circular mais colados em correspondências reais. Temos que encontrar um compromisso entre as necessidades do serviço postal, as dificuldades dos balcões para trocos e os valores faciais. Não é fácil porque a circulação é cada vez menor, o que aumenta os custos de produção face a tiragens também inferiores. E não circulam porque as tarifas podem não ser as mais adequadas... Círculo vicioso.
Nos países em relação aos quais fazemos benchmarking filatélico, os Blocos já quase não circulam, são sobretudo peças de aparato destinadas a divulgar temas e assuntos considerados importantes. E estamos a observar um aumento cada vez maior,  nesses mesmos países,  das Folhas especiais de 8,  10 e mesmo 12 selos. Esta parece ser de facto uma alternativa: fazer uma folha de 10 selos, cada um deles com capacidade de franquear a correspondência ao facial exacto, e vender a folha toda decorada nas margens por 10X esse valor. Mas ainda seria mais gravoso para o Cliente que deseja coleccionar tudo.

Analisaremos .

sexta-feira, novembro 05, 2010

Para Descansar a Vista

Sai poema de Sexta. Pensei bastante no mote para hoje. O FMI declara-nos "País Falido", o Ministério da Saúde parece que terá soprado para baixo de alguma carpete o desastre das suas contas  deficitárias passadas (fala-se de mais de  mil milhões)... E convém que se faça alguma coisa antes que a República Popular da China nos compre a todos, mais à nossa Dívida Soberana....

O mote tem de ser adequado à "saison" que atravessamos. Que tal este: "Já Portugal não sou..."

Já Bocage não sou!...

Já Bocage não sou!... À cova escura
Meu estro vai parar desfeito em vento...
Eu aos céus ultrajei! O meu tormento
Leve me torne sempre a terra dura.

Conheço agora já quão vã figura
Em prosa e verso fez meu louco intento.
Musa!... Tivera algum merecimento,
Se um raio da razão seguisse, pura!

Eu me arrependo; a língua quase fria
Brade em alto pregão à mocidade,
Que atrás do som fantástico corria:

Outro Aretino fui... A santidade
Manchei!... Oh! Se me creste, gente ímpia,
Rasga meus versos, crê na eternidade!

Bocage

Soneto do Desalento

Às vezes oiço rir, é ’ma agonia
Queima-me a alma como estranha brasa
Tenho ódio à luz e tenho raiva ao dia
Que me põe n’alma o fogo que m’abrasa!

Tenho sede d’amar a humanidade…
Eu ando embriagada… entontecida…
O roxo de maus lábios é saudade
Duns beijos que me deram n’outra vida!

Eu não gosto do Sol, eu tenho medo
Que me vejam nos olhos o segredo
Que só saber chorar, de ser assim…

Gosto da noite, imensa, triste, preta,
Como esta estranha e doida borboleta
Que eu sinto sempre a voltejar em mim!

Florbela Espanca - Trocando olhares

Os Blocos Filatélicos nos Planos de Emissões

Um dos nossos leitores comenta:

Bom dia.

A quantidade de selos e valor que refere inclui apenas aos selos emitidos em folhas e não os que são emitidos em blocos. Esses sim são uma exploração clara dos filatelistas, e atiram a emissão de selos de Portugal para perto dos 130 selos e 150 euros de valor anual. Um claro e evidente exagero.

Comentário ao Comentário: os Blocos são de facto desejados por alguns coleccionadores mas nunca em demasia.

Concordo que Portugal tem feito muitos blocos ultimamente, mas tal se deve ao facto do nº de emissões estar agora a roçar as 30 por ano. Fizémos em 2010 cerca de 23 blocos (a emissão Europa tem 3, e dobrámos os blocos em mais 3 Emissões). Tal  dá uma proporção um pouco superior a 50% de Emissões com Bloco. Repito que está um pouco à frente da política de emissões de blocos de outros Países. Mas não de todos e mesmo na Europa existem colegas (Roménia, Austria, entre outros) que emitem mais blocos que nós (incluo aqui as Folhas miniatura.) O Japão de cuja política filatélica poucos duvidarão, tem muito mais FM e Blocos que Portugal.

A questão também importante é que do ponto de vista artístico e explicativo dos temas das Emissões os Blocos permitem um "estender" da matéria que no selo não seria possível por causa da área. Quando a Filatelia parece (e ainda bem) que caíu no goto dos poderes constituídos, os temas que nos aparecem nem sempre têm uma interpretação artística fácil. Daí o Bloco servir para complementar a exposição do tema glosado em selos. E, tenho de admitir, são mais atraentes para o público em geral.

Dito isto, que é tudo verdade, não deixa de ser também verdade o que o nosso leitor escreve. Embora o valor do Portugal em Selos (que é a nossa bitola do custo da filatelia portuguesa anual) ainda não tenha ultrapassado os 111 euros...

quinta-feira, novembro 04, 2010

A Crise na Filatelia

O nosso leitor C. Sivério comenta:

Faço votos para que ao fazer o Orçamento de 2011 não siga o (mau)exemplo do Governo.Corte nas despesas mas sem aumentar os impostos, digo,o nº de emissões e seus faciais.
Cumprimentos

Comentário: Estou para dar aqui o Plano de Emissões 2011 não tarda. Já o poderia ter feito, mas aguardo apenas a confirmação de umas emissões que nos foram propostas e que apareceram quase a "correr o pano". A nossa vontade é de manter o número de selos e o facial a rondar os 100 (100 selos, 100 euros). Ou um pouquinho mais (mas pouco...)

Mais Uma Desgraça

A vida tem destas coisas. Depois de ter saído da Beira Alta a correr lá tive que voltar para um triste evento. Uma nossa primita teve um acidente mortal na estrada de Nelas para Viseu, quando o carro entrou num lençol de água e virou-se, sendo logo impactado por outro que circulava na via oposta. Morte imediata.

Professora de Direito a fazer o doutoramento em Lisboa, cooperante frequente na Guiné e em Angola na reorganização das respectivas licenciaturas. 30 anos.

Que desperdício!

Boa Viagem Marisa! Até Sempre!

segunda-feira, novembro 01, 2010

Cidadão em Busca de Sossego

Andei por aí ... Aguentem lá que não foi bem como dizia o "Outro", mas de facto não me atinei muito a trajectos nem a itinerários. Segui o "cheiro e o paladar",  tal como o porco trufeiro que faz as honras dos bosques nordestinos. Não fui para Sul, com receio da enxurrada que por lá desabaria neste fds prolongado... Afinal foi a verdadeira "enxurrada" de chuva e vento que sobre nós desabou , a Centro e a Norte... Devo dizer que levei 2 horas e meia para sair de Lisboa  - pela A1 - naquela sexta feira fatídica do início das "quase férias" ...

Nestes dias nem sequer levei o PC. Descansar era a palavra de ordem, e assim foi feito.

Uns desvios pelo Chico Elias para comer as Couves à D. Prior e a Cachola, das quais já tinha saudades. Um Cozido à portuguesa ( de novo na Tasca do Joel) com um Vallado Reserva de 2007 ( a 30 eurinhos Senhores!!) que estava de cair para o lado. Estas as extravagâncias maiores deste (poucos ) dias de repasto e repouso.

Aguardo pelo dia 4 para retomar os trabalhos do ano. E que trabalhos, com a Crise à espreita e a necessidade  de cortar forte e feio no Orçamento de 2011 - nem imaginam a pena que me dá,  tão bem feitinho que ele estava...Mas é a Vida.

Hoje e amanhã ainda estou "solto" de maiores encargos, com o Senhorio lá para as Ilhas Britânicas, pelo que pode ser que me dê para outra escapadela gastro-pecaminosa.

Eu escrevi "pecaminosa"? Lá me fugiu a boca...

Se se concretizar aqui deixarei relato do que acontecer, (do que acontecer  à mesa criaturas ordinárias! Do que estavam à espera?) se mais não for, nem que seja para lhe fazer fosquinhas a ele, ao Senhorio, que depois das conversas em Oxford  teve a lata de me dizer que andaria a ver Museus....deve andar por Londres  "a ver Museus" mas daqueles que abrem às 2 da manhã. Tinhoso!

Living well is my best revenge!  Podem ter a certeza!!