quinta-feira, janeiro 31, 2008

Em Beja a falar de Ovelhas


Estive ontem em Beja, com três amigos alentejanos, a falar sobre a Ovibeja deste ano (são já 25 anos que esta feira leva de vida) e como poderíamos ajudar a organização na divulgação do certame , filatelicamente falando, está claro.
Acordou-se na Emissão de um Postal Inteiro comemorativo dos 25 anos, o qual complementará a Mostra Filatélica que o Amigo Geada de Sousa está a preparar para a inauguração da Ovibeja de 2008, lá para o final de Abril.

Como estávamos perto da hora do almoço, a respeitada e ancestral hospitalidade transtagana falou mais alto e o V. blogger viu-se convidado para almoçar.

Desde os tempos em que o Restaurante "Os Infantes" fazia as delícias das minhas idas a Beja que eu não tinha a oportunidade de provar a gastronomia local.

Nota: hoje, e infelizmente , o Restaurante "Os Infantes" está a atravessar um período menos bom e, por isso mesmo, não recomendo a sua frequência.

Estávamos mesmo no recinto feiral de Beja (situado perto de uma das cinturas exteriores da Cidade, mesmo ao lado do Super Mercado "Modelo") e dali foi um pulo até à Rotunda do Pastor (rotunda encimada por uma estátua de um Pastor alentejano e do seu cão) , mesmo à frente encontramos o NERBE (Núcleo Empresarial de Beja) onde está situado o Restaurante com o mesmo nome :

Restaurante do NERBE.
Beja
Rua da Cidade de São Paulo
Tel. 284 325 325
Encerra ao domingo
Não encerra para férias.
Lotação: 60 lugares

Sala ampla, onde é permitido fumar.

Serviço esforçado e atento.

Preços pequenos, pequenos.... E qualidade bem acima da média.

Pratos que saliento da Ementa:

Cabeça de xara, para entrada, e depois o ensopado de borrego, a sopa de cação ou de peixe com tomate, polvo salteado ou migas de tomate com gambas.

Que mais se pode querer?

Mas nós, bem aconselhados pelos naturais, decidimo-nos por outro petisco...

Comemos de entrada uns Torresmos do rissol acabados de fazer e uns ovos mexidos com aparas de presunto.

Como prato principal uma Açorda de Pescada e Bacalhau (duas "postonas" de cada) com todos os seus acompanhamentos, desde o pratinho de Beterraba cortada em fatias, até às belíssimas azeitonas retalhadas e temperadas. Pão do dia anterior (cuidado com a ASAE!!!); Terrina de Barro grandiosa com caldo rescendente de azeite virgem, orégãos, coentros e alhos. Ovos escalfados para todos.

Como sobremesa alguns comeram fruta e o V. Blogger deu serventia a uma maravilhosa "Sopa Dourada".

Bebeu-se um Tinto "guloso" e aromático do ano de 2006, do Baleizão. E mais 4 cafés para fechar.

Que óptima refeição!!

Não fui eu que paguei (obviamente!) mas com pratos principais a 7€ e a 8€ e com este vinho a custar 10€ por garrafa, muito me admiraria se o meu anfitrião tivesse pago, por 4 pessoas, mais do que 40€, ou no máximo, 50€...

Vão até lá se estiverem em Beja e peçam a Carta, pois tem uma cuidada escolha da gastronomia do Baixo Alentejo e ...Atenção! o mesmo prato feito no Fialho de Évora ou aqui mais em baixo, em Beja, não sabe ao mesmo! Utiliza-se por norma , mais sal e mais banha em Évora e mais o Azeite por estas zonas mais chegadas ao Sul...

Clientes espanhóis em barda! São os actuais proprietários das Terras e Olivais de Beja, por muito que nos custe... E devo dizer que com eles podemos aprender . E muito!

Comentário - A Reorganização Ministerial

O nosso leitor "Manuel" comenta:

"Pergunto-me se era possível vencer, em campo aberto, os MCS.
Estes estão, actualmente, arvorados em porta-vozes dos descontentamentos populares. Porque é isso que está a dar. E em instigadores, se necessário, porque também faz render.

Veja-se, aliás, a postura perante os responsáveis políticos, com impertinente acinte, como se tivessem sido eleitos representantes do Povo (terão existido eleições?).

Quando se diz que CC não soube explicar a sua Política de Saúde, pergunto(-me) se a quem conduz "máquinas pesadas" no sentido da reorganização e racionalização em ruptura com os interesses instalados é dada a oportunidade de explicar.

Veja-se a abertura dos telejornais da SIC e TVI no domingo, anunciando 2 mortos diferentes como se as mortes tivessem um responsável: o ex-MS."

Cumprimentos
Manuel

Comentário ao Comentário - Tem absoluta razão este nosso leitor. Vejam, ontem à noite (e apesar das tomadas de posse e alterações no Governo) como foi a notícia dos dois Tigres que fugiram , na Azambuja, a que ocupou mais prime time televisivo...

Que triste País este ao sabor do jornalismo de tablóide...

quarta-feira, janeiro 30, 2008

A sombra de 2009



Terá sido a proximidade do ciclo eleitoral de 2009 que levou José Sócrates a remodelar, embora timidamente, o seu executivo?

Acredito que sim, e também talvez as veladas críticas do Sr. PR, sobretudo ao que se passava na área da Saúde.

Faz-me pena ver um dos mais bem preparados Ministros deste Governo (falo de tecnicamente preparado, uma das pessoas que mais percebe do sector da saúde neste País) sair assim sem fama nem proveito deste Ministério...

Mais uma vez se prova que nem sempre ganha a guerra da comunicação quem tem a razão do seu lado, mas sobretudo quem se sabe explicar melhor... E este Ministro, embora tenha razão nas suas reformas, não as soube explicar como devia ser ao País.

O que deve ter sido considerado quase que um Crime por este PM que fez da Comunicação e da "baratinação" dos MCS uma das suas melhores armas. As voltas que dá a demagogia...

E - convém desde já dizê-lo - este País que não compreendeu o Dr. Correia de Campos é o País que interessa para as autárquicas, o País profundo, dos caciques (Mealhada e Anadia...), dos Padrinhos, das coisinhas que são só deles, da beata e reverenda postura perante os notáveis locais que alimentam e dão empregos aos indígenas, enfim o País da demagogia e do mau provincianismo.

Fala-se , agora que a Caixa de Pandora do grande Tabu foi entreaberta, que não faltarão outras remodelações - talvez de 4 ou 5 Secretários de Estado...

Pode ser que assim seja, mas quem sai , sem dúvida , vencedor desta refrega são: O Eng. Mário Lino (AlcoxeteJámé!), o Dr. Manuel Pinho, a Oposição e o PR ...



Não falo da Ministra da Cultura? Mas será que a anterior existia de facto ou era apenas uma imagem virtual que se entrevia nas televisões?

Posso confirmar que existia porque a cumprimentei várias vezes por causa da nossa Filatelia. E acho que é pessoa simpática e bem disposta. Mais não posso afirmar por desconhecimento (de todo) do que se passaria naquele Ministério...

Faz-me também pena ver José Sócrates abandonar, pelo menos assim à primeira vista, a postura de Estado que o fazia afirmar "levar tudo pela frente" enquanto não implementasse as reformas que achava serem necessárias ao País.
Foi uma postura que durou 3 anos... Agora estará na altura de preparar as Eleições e a Reconquista do Poder.
E, como dizia o outro, essa é outra conversa ... e muito diferente, acrescento eu.

segunda-feira, janeiro 28, 2008

Arcos Reais


Em Paço de Arcos, há já muitos anos, sócios galegos criaram um Restaurante que foi crescendo na apreciação dos bons gastrónomos pela frescura dos peixes e mariscos que apresentava, pela relativa "bondade" das contas que eram propostas aos Clientes e , sempre, pela amabilidade e civilidade da recepção por empregados e proprietários.

Estamos numa altura da nossa vida em que o Estado-Providência, em vez de providenciar, assume contornos "aeseáticos" algo tenebrosos pelo controlo da vida do cidadão que assumem, nos Restaurantes, nas vendas ao público, nas proibições incompreensíveis (porque as outras proibições que têm a ver com o respeito pela saúde de todos, essas louvam-se e sublinham-se favoravelmente).

Manda a actual Lei do tabaco que o gourmet, em busca do refinado prazer de um puro havano depois de uma lauta refeição, faça primeiro a sua pesquisa em busca de poiso propício, não vá escolher o Restaurante pela comida e , depois, ter de vir fumar o charuto para a porta...

Aplaudimos , de pé, as casas de bem servir que ainda permitem este gesto civilizado - talvez dos mais civilizados do Mundo em decadência. E são os "Arcos" dignos deste nosso aplauso!

Restaurante "Os Arcos"
Rua Costa Pinto 47
2780-582 Paço de Arcos
Tele. - 21 443 3374

Come-se muito bem nos Arcos, comida caseira, em que tudo é feito ao momento e de acordo com o gosto do Cliente.

São pratos mais conhecidos e apreciados:

Entradas: Presunto de Pata Negra; Torradinhas de pão saloio com manteiga; Pastéis de bacalhau; Amêijoas à Bulhão Pato; Santola recheada.
Peixe: Lampreia com arroz; Sável frito com açorda; Robalo no Capote; Açorda de marisco; Robalo ao sal; Ovas de pescada grelhadas com vinagrete; Espetada de garoupa com gambas no churrasco; Cabeça de pescada cozida com todos.
Carne: Paelha; Medalhões do lombo; Cabrito assado à Padeiro; Pato caseiro corado à Portuguesa; Bife à Wellington.
Doces: Creme de amêndoas; Surpresa de chocolate; Soufflé ao rum.

Nesta altura da Lampreia um grupo de bons Amigos lá se dirigiu no Sábado à noite para uma "Lampreiada", para mim a terceira da época.

Esta esteve maravilhosa, troços gordos e consistentes (três por pessoa, mas gigantescos) sapidez asseguradíssima pela cocção lenta e apurada em vinho verde, arroz impecável, solto, de duplo grão carolino a embeber os sucos do guizado e uma bela fatia de pão frito para tira-gosto.

Soberba! Ao nível das melhores criações do género.

De entradas: Camarão da Aguda (também conhecido como de Espinho) fresquíssimo , a saltar para as mãos, santola fresca cozida ao momento, dois pratos de pata negra de qualidade.

Para beber: Branco Camarate Seco e Tinto Verde da Lixa (Vinho da Casa).

Depois, em fim de festa, O famoso Lagavullin para a sossega e um Hoyo de Monterrey Corona que soube a paraíso...

Boa companhia (6 amigos) e boa vianda são o passaporte para a felicidade possível neste mundo inquieto.

Obrigado aos Arcos e, já agora, ao Amigo que, desta vez, foi mais lesto do que eu a puxar da carteira...
Por isso não sei exactamente por quanto ficou esta aventura. Mas tirando os charutos que trouxe de casa, apostaria que ente 300 € e 400€ se fez a festa....

Para dourar a noite, nem faltou a vitória do Benfica em Guimarães e , logo na noite seguinte, a do Sporting contra o FCP...
Que bons sonhos se tiveram nessas duas noites!






sexta-feira, janeiro 25, 2008

E a resposta do Blogger


Muito interessante o Comentário e as questões nele expostas!

1) A UPU não é um Regulador com competências dentro de cada País. Em cada território nacional o Operador Postal é soberano e está apenas sujeito à Lei do País. Somente quando falamos de trocas postais entre Países é que as normas da UPU têm força de Lei e, mesmo assim, quando não existem contratos bilaterais entre as partes emissora e distribuidora de correio.

A UPU "odeia" as questões políticas como as que coloca o nosso Leitor sobre Chipre (mas não só, temos também os casos paradigmáticos de Malta e da Ordem de Malta e da República Popular da China versus Formosa). Não sei - assim de repente e sem consultar os arquivos - se os selos emitidos em Chipre pela Turquia são válidos para "fora" do território ou se terão de passar pela Turquia antes, mas lá dentro funciona a política da "soberania do ocupante".

De todas as formas e de acordo com a sua praxis de muitos anos, na UPU costuma imperar o bom senso e a defesa do princípio que "todo o habitante planetário tem direito ao serviço postal, esteja onde estiver e debaixo de que tipo de hegemonia política"

2) No caso da WADP (que é uma associação de interesses dentro da UPU) estaremos num "campo menos minado" se me permitem a expressão... Estando representados nessa Associação todos os Players da Filatelia no Mundo e sendo as decisões ali tomadas normalmente por consenso, decorre daqui que, por exemplo, a FIP ,que é quem publica as regras das Exposições, não poderá ir contra ela própria e admitir a expor quadros de filatelistas que não cumpram as regras do ARTº 8º.

Quem representa a FIP na WADP é o seu Presidente.

Quem representa a ASCAT na WADP é exactamente o Editor in Chief do famoso catálogo MICHEL, o qual foi o primeiro a declarar que só catalogaria selos que a WADP considerasse como autênticos.

O meu "conselho" sobre a não adjudicação de produção e comercialização de selos a uma mesma entidade vai ao Conselho de Operações Postais com o objectivo de ficar consignado expressamente no novo Artº 8º!

É claro que - não sendo a WADP a Interpol - será muito difícil, como se compreenderá, fazer cumprir esta política. Mas fica o Princípio!

3) Quanto à possível existência de mais do que um prestador de Serviço postal Universal em certos Países de grande dimensão, temos de admitir que esta é já uma hipótese muito provável face às experiências de privatização da Suécia e da Holanda .
Nesses casos caberá ao Governo de cada País a tomada de decisão sobre se:
- emitirão selos todos os prestadores de SPU ,
- apenas um deles por contrato,
- ou até - o que também será discutido e analisado na WADP - se essa competência não deve passar do Operador Postal para o Regulador (em Portugal seria a ANACOM)...

De todas as formas, e logo que aprovado pelo Congresso deste ano, aqui trarei o Artº 8º , com todas as suas modificações, para V. conhecimento e em primeira mão .

Temos também de ter em atenção que este Artº 8º tal como sairá do Conselho de Operações Postais para o Congresso , ainda deverá ser debatido e ...votado no mesmo congresso por quase 200 países. E ainda não é seguro como decorrerá essa votação...

Devo acrescentar ( e estou muito feliz por isso) que em mais de 50 anos de vida nunca foi este Artigo 8º objecto de tanta reflexão e de tantas propostas de alteração como nesta altura em que presido à WADP...

O Artigo 8º - Comentário

O nosso Leitor Adolfo Palma comenta:

A partir dessa altura tudo o que sair do âmbito do Artº 8º não mais será considerado Selo Postal, não mais figurará nos Catálogos da especialidade, nunca mais poderá ser exposto e nunca mais será candidato a prémios".

Pois...pois.... mas desde logo sem efeitos retroactivos...senão o que seria feito dos selos dos correios privados alemães do século XIX ou dos correios locais de Marrocos do início do século XX?

E depois, just asking, se passarem a existem dois prestadores do Serviço Postal Universal num mesmo país porque razão num caso a franquia terá o nome de selo e noutro caso o nome de cromo? Julgam que os coleccionadores não vão procurar as vinhetas do segundo prestador? Que elas não vão aparecer nos catálogos? Se servem para franquiar correspondência é evidente que vão ser procuradas, agora ou no futuro, e é evidente que vão aparecer nos catálogos, pelo menos nos catálogos independentes do "trade", como o Michel.

Para além do mais existem actualmente inúmeros casos que fogem do âmbito do actual Estatuto do Selo Postal e não deixam de ser considerados selos e aceites como tal em todas as exposições.

Veja-se o caso da República Turca do Norte do Chipre que, apesar de apenas ser reconhecida pela Turquia, administra "de facto" um território, com os seus correios a emitirem selos que servem para franquiar cartas que, via Turquia, circulam para todo o mundo. A ocupação turca do Chipre é ilegal? Claro que é ilegal à luz do direito internacional, mas também o eram as ocupações alemães durante a II Guerra Mundial e nem por isso os selos de ocupação deixam de figurar nas exposições, como é obvio.

Dir-me-á que estes são os casos que fogem à regra e que a regra serve para combater as vinhetas emitidas em nome de países e territórios praticamente sem o seu conhecimento, apenas com base num contrato genérico de produção e comercialização de selos. Por isso diz o Correio-Mor ter aconselhado que "não deveria ser possível os Operadores Postais delegarem na mesma entidade terceira a Produção e a Comercialização dos selos Postais desde que esta não seja controlada por eles".

É um conselho, não faz parte do tal artigo 8, entenda-se! Tal medida seria muito positiva e efectiva mas é irrealista porque seria sempre fácil de contornar. Os próprios CTT, através da TCD, já produziram e comercializaram os selos de Angola, Guiné-Bissau e São Tomé, correspondendo estas emissões a uma das fases mais felizes da filatelia dos PALOP, mas outros "agentes" de produção e comercialização não asseguraram os mesmos padrões de qualidade.

Apenas algumas achas para a fogueira, com os meus cumprimentos.

quinta-feira, janeiro 24, 2008

O que é um Selo(2)?


O que tentei defender na WADP, tendo em conta a forma como o mundo actualmente está "perigoso e diferente" neste Sector de Actividade dos Correios, com Países a três ou a quatro velocidades de desenvolvimento (económico e filatélico) foram os seguintes pontos:

a) Ligar indelevelmente a Filatelia , a Emissão de Selo, à Soberania Nacional, para lhe dar prestígio e evitar - tanto quanto possível - emissões espúrias acobertadas pelos Poderes Públicos (bem bastam as "outras", as falsas que por aí proliferam sem conhecimento nem autorização dos países em causa...) Emitir Selo, tal como emitir Moeda, serão prerrogativas do Estado, atributos da Soberania Nacional de cada país, podendo ser delegados por contrato ou por Decreto-Lei no Operador Postal Incumbente de cada País, por decisão governamental.

b) Ligar ainda firmemente a Emissão de Selo ao Operador Postal incumbente. Ao Operador Postal que contratualizou com o Governo de um País a prestação do Serviço Postal Universal às Populações . Esta ideia tem a ver com a esperada privatização de certos serviços postais, em todo o mundo, e com o receio de que cada um dos Operadores que venham a prestar serviço nessas circunstâncias possam emitir Selos oficiais.

Na minha proposta apenas o Operador que tem o ónus de recolher e distribuir as cartas por todo o País, aquele que deve ter estrutura para ir a Sagres e a Vila Real de Trás-os-Montes, aos Açores e à Madeira, Recolher e Distribuir correio, deve ser aquele em que o Governa delega a Emissão de Selo em cada País. Neste caso em Portugal seriam os CTT.

Admito que em Países com dimensões continentais possa existir mais do que um Operador de SPU (Serviço Postal Universal) cabendo ao Governo local decidir se emitirão selos todos os que estiverem nessas circunstâncias ou apenas um.

c) Entendi também propor medidas para dificultar cada vez mais a FALSIFICAÇÃO E A ESPECULAÇÃO EM TORNO DA FILATELIA:

- Motivos dos selos têm que prioritariamente ver com a divulgação dos assuntos de cada País, das suas gentes, das suas belezas naturais. Quando mencionarem aspectos de carácter internacional, então que se refiram a motivos de grande envolvimento, como às campanhas da ONU, do Conselho da Europa, aos Jogos Olímpicos, aos campeonatos do Mundo, a grandes figuras da História Mundial cujo trabalho teve incidência mundial e não só local.

- Aconselhei também que não deveria ser possível os Operadores Postais delegarem na mesma entidade terceira a Produção e a Comercialização dos selos Postais desde que esta não seja controlada por eles... Porquê? Obviamente que para evitar a especulação que se observa hoje em dia com "comerciantes e produtores" do centro da Europa a fazerem o que bem querem com os selos de Países africanos, sem que os Operadores Postais saibam qual a Tiragem dos Selos ou definam os seus motivos e temas.
Todas estas propostas foram aprovadas por unanimidade e serão ratificadas no Conselho de Operações Postais da UPU antes da validação final no Congresso deste Verão.
Assim que o Artº 8º esteja aprovado em Congresso não deixarei de o publicar aqui.

quarta-feira, janeiro 23, 2008

O que é um Selo (1)?


Aqui em Berna e ainda no rescaldo da preparação do Congresso ( o qual não tem por enquanto marcação definitiva) tivemos um trabalhão para decidir colegialmente o que levaríamos ao mesmo sobre o famoso Artigo 8º da Convenção.

Para quem não sabe, a Convenção da União Postal Universal é a "Bíblia" dos Correios de todo o mundo, define todos os procedimentos administrativos e operacionais ligados às tarefas postais, com relevo obviamente para as que têm de ter interfaces com o exterior: envios e recepções de correspondências e encomendas entre Países terceiros (alguns até não ligados diplomaticamente!) mas também trocas de dinheiro, com as quotas-partes (que são uma forma dos Operadores Postais "acertarem" as contas uns com os outros ao que distribuem por conta de terceiros e ao que enviam para distribuição dos mesmos terceiros); etc, etc...

O Artigo 8º tem a ver com a Filatelia. Define o que é um Selo Postal para a UPU e, por generalidade, para todos os Países que emitem Selos Postais.

Sendo a Associação a que tenho a honra de presidir - WADP - um fórum de Operadores Postais (que são os Emissores dos Selos), mas também de Parceiros como a ASCAT (Editores dos catálogos de Selos); a IFSDA (Comerciantes filatélicos mundiais) ; a INTERGRAF (Associação Mundial dos Impressores de Segurança Máxima); a FIP (Federação Mundial de Filatelia, que representa as Federações Nacionais e os Coleccionadores) e ainda da Associação Mundial de Jornalistas Filatélicos, é possível compreender como a definição do Artº 8º é "poderosa" desde que levada pela WADP ao Congresso e ali aprovada, pois terá o beneplácito desta gente toda .

A partir dessa altura tudo o que sair do âmbito do Artº 8º não mais será considerado Selo Postal, não mais figurará nos Catálogos da especialidade, nunca mais poderá ser exposto e nunca mais será candidato a prémios.

Grande responsabilidade e ...grande dificuldade em harmonizar os interesses destas Associações todas...

Algumas, como é óbvio, têm interesses não direi que opostos, porque o que nos irmana a todos é o Futuro da Actividade Filatélica no Mundo, mas (digamos) que algo enviezados uns em relação aos outros.

Por exemplo, ao Impressor interessará fazer muitos selos, ao Operador postal idem idem desde que os venda, ao comerciante secundário que depende do coleccionador e ao coleccionador propriamente dito nem tanto, e ao Editor de Catálogos quanto menos melhor para não aumentar os seus custos de produção... isto de uma forma muito simplista como é óbvio!





sexta-feira, janeiro 18, 2008

Ausência


Blogger estará em Berna até 25 de Janeiro, altura em que se poderá esperar um novo Post.

É a Assembleia Geral da World Association for the Development of Philately, contida no Conselho de Operações Postais que começa a 21\1 e onde, entre outras coisas, terá de ser tomada a decisão sobre o local para onde deve "migrar"o Congresso de Nairóbi...

quinta-feira, janeiro 17, 2008

A Lampreia já chegou


Comi este ano pela primeira vez a Lampreia na sua versão à Bordalesa na Casa Gallega que já me ouviram elogiar.

Os pratos de Lampreia são normalmente uma boa métrica para ajuizar da qualidade de um Restaurante.
A confecção, não sendo extraordinariamente difícil, é demorada e sobretudo centrada na preparação do animal e a apresentação à Mesa denota (ou não) carinho e bom gosto por parte dos cozinheiros ou proprietários empratadores, etc, etc...

Esta estava ainda um pouco seca, mas de gosto apurado e rescendia dos perfumes naturais e do guizado em vinho que a tornou comestível. E tinha ovas!!

Pela primeira vez observei na preparação à Bordalesa a introdução de cebolas inteiras pequenas.

Estranhei ao princípio, mas depois até achei que davam graça ao conjunto e beneficiavam o paladar, cortando a sapidez algo enjoativa que a vinha de alhos em vinho maduro (como sabem à minhota utiliza-se o verde tinto) lhe transfere.

Só que em Bordéus não há Verde Tinto...

Palmas, pois, para mais esta criação gastronómica da Casa Gallega!
E de notar que - naquela tarde - os proprietários tiveram de mandar Clientes para trás! O que se sublinha e comenta com apreciação nestes tempos de ASAE e de "Não Fumar"...
Ali, por acaso, também não se fuma, mas desculpamos a ausência de um bom charuto pela exiguidade da sala.
E a simpatia dos patrões também ajuda a perdoar ...

Casa Gallega
Avenida Padrão Joaquim Lopes 7 C - Paço de Arcos
2780-616 PAÇO DE ARCOS
Telefone - 214432400

quarta-feira, janeiro 16, 2008

Para Descansar a Vista


Os amantes sem dinheiro

Tinham o rosto aberto a quem passava.
Tinham lendas e mitos
e frio no coração.
Tinham jardins onde a lua passeava
de mãos dadas com a água
e um anjo de pedra por irmão.

Tinham como toda a gente
o milagre de cada dia
escorrendo pelos telhados;
e olhos de oiro
onde ardiam
os sonhos mais tresmalhados.

Tinham fome e sede como os bichos,
e silêncio
à roda dos seus passos.
Mas a cada gesto que faziam
um pássaro nascia dos seus dedos
e deslumbrado penetrava nos espaços.

Eugénio de Andrade

E o BCP vai para quem...?

Como se esperava Santos Ferreira ganha as eleições para a Administração do BCP com quase 98% dos Votos dos accionistas...

Palavras para quê? De que serviu a investida de Miguel Cadilhe?

Pelo menos serviu para se discutirem mais alguns assuntos importantes ( e para vender jornais, obviamente...)

terça-feira, janeiro 15, 2008

Ervas que se deixam comer (Não é o que estão a pensar!)


O nosso Amigo Paulo Mendonça recupera um Artigo interessante sobre Ervas daninhas que se utilizavam na alimentação. Talvez os nossos amigos do Alandroal queiram comentar?

"Do saramago, que consta nos dicionários dos vários autores e editoras que consultei, dizem os mesmos, resumindo, que se trata de uma planta comestível; e da cangarinha, que não consta de todos aqueles dicionários, que se trata de um cardo frequente em Portugal, também conhecido por cardo-de-ouro.

Ora, no Pombalinho, tão comestível era o saramago como a cangarinha. Isto, se cangarinha, segundo os dicionários, é a mesma planta, e tudo me leva a crer que sim, a que no Pombalinho, provavelmente por corruptela, chamávamos cagarrinha.

O certo é que tanto um como a outra vinham em boa altura, porque vinham no tempo em que o dinheiro era ainda mais escasso que no resto do ano. Ou seja: vinham no Inverno, quando, não só por causa das cheias, mas também por essa ser, já de si, uma época em que a actividade agrícola abrandava, muitos camponeses às vezes ficavam semanas sem trabalho.

Deitava-se então mão ao saramago e à cangarinha, que despontavam sobretudo nas terras semeadas de trigo. Os proprietários não se opunham. Tratando-se de ervas daninhas, até lhes dava jeito. Já ficava menos erva para mondar, mais um trabalho que eu fiz, tinha doze ou treze anos, metido num rancho de mulheres.

Hoje, com os herbicidas, já não há mondas, naturalmente. E saramagos? E cangarinhas? Ainda haverá? No prato dos pobres, pelo menos, o mais certo é já não haver. Pobres que, de resto, e falando dos da minha terra em particular, são hoje, e ainda bem que assim é, muito menos pobres.

Quanto mais não seja devido à assistência social de que actualmente fruem e que naqueles tempos, com excepção de consulta médica duas ou três vezes por ano, na Casa do Povo, para os sócios e familiares de si dependentes, era igual a zero.

Note-se que como sócios da Casa do Povo só eram admitidos os trabalhadores rurais, terminologia oficial, ao tempo, para os mais vulgarmente chamados trabalhadores do campo, e que a quota mensal era de 3$00 (três escudos). Significa isso que os operários não eram aceites como sócios, não beneficiando, por conseguinte, da referida assistência médica....

(Comentário: E esta Hein!!??)

Os saramagos substituíam as couves e os nabos. Muito simples, portanto. As cangarinhas não substituíam nada, acho eu. Como dizem os dicionários, trata-se de um cardo. E os cardos têm espinhos. Mesmo sendo de ouro, como, segundo ainda os dicionários, se chama a este. Por isso, ripava-se a nervura central das folhas, a qual era depois cortada em bocadinhos e cozida com feijão branco e chispe ou orelha de porco. Fazia um belo prato. Só que um bocado mais caro, por causa da carne.

Por isso, e creio que também por ser precisa muita cangarinha para uma só refeição, comia-se muito menos vezes cangarinhas que saramagos.

Falando em saramagos, não pode deixar de vir à baila a história do José Saramago. Como ele próprio tem dado a conhecer, Saramago era alcunha da família paterna, tendo passado, nele, por lapso do empregado do registo civil que tratou do seu registo de nascimento, a apelido. Os restantes Saramagos da Azinhaga continuaram a sê-lo por alcunha e, muito provavelmente, a passarem a alcunha aos filhos. O mais interessante, porém, e por isso este intróito a propósito da família Saramago, é que também havia, na Azinhaga, pelo menos um Cagarrinha (neste caso mantenho a corruptela, já que era assim mesmo que chamávamos àquele companheiro). ....."

"Guilherme Afonso"

segunda-feira, janeiro 14, 2008

Erros meus, má fortuna, amor ardente...


Não estão os portugueses habituados a cenas de expiação mais ou menos públicas.

E penso que ainda bem.

Nos USA fazem-se destas cenas autênticos espectáculos de televisão que atraem multidões e ensopam os lenços de milhões de americanos, encantados com as peripécias do "vilão" arrependido que se confessa em directo mesmo de frente para as câmaras...
Vem isto a propósito da polémica que tem envolvido a atleta norte-americana Marion Jones, obrigada a devolver as 5 Medalhas ganhas nos Jogos Olímpicos de 2000, após admitir o uso extensivo de esteróides na sua preparação para a competição.

Marion Jones - e aqui está a novidade - vai cumprir 6 meses de prisão efectiva por ter primeiro negado a um tribunal federal o consumo dessas substâncias anabolizantes...

Na TV o bom Povo americano ter-lhe-á perdoado, com choro e ranger de dentes à mistura, num programa que foi top de visionamentos... Mas a justiça Federal não vai assim em cantigas.

Vais para a "Prisa" que é para aprenderes a não mentir ao Juiz!




E então cá no burgo? Já terá sido alguém preso por estes motivos? Mentir ao tribunal?

Ainda se lembram do processo Casa Pia?

Oh Diabo, de que fui eu agora falar aqui...

Então uma coisinha praticamente enterrada no esquecimento...
Qual "caso"??!! Qual "Casa Pia" ??!! Está a justiça a seguir os seus trâmites e tenham mas é paciência que isto ainda não é terra de Yanques!

Para o bem e para o mal (digo eu...)

100 Anos de Vieira da Silva


Homenagem a Maria Helena Vieira da Silva no ano do centenário do seu nascimento (a data exacta é a 13 de Junho, Dia de Santo António) com direito a selo, está claro...
Da série Vultos da Cultura.

sexta-feira, janeiro 11, 2008

Falta um Segredo...

Leitores com preguiça de ler o "Público" de hoje telefonam a pedir esclarecimentos sobre o Artigo de Campos e Cunha:

A) Qual o Segredo que falta? B) Qual a Consultora do Millenium?

Então aqui vai:

a) Não acham estranho que a Auditoria Interna do Banco NUNCA tenha dado por tanto desvario e mexida de verbas tão consideráveis, durante tantos anos? Quem manda (ainda hoje!!) nesta auditoria? A quem reportam os seus responsáveis??

b) A Consultora do Millenium responsável pelo maior caso de cegueira económico-financeira desde o tempo da Enron é a ...KPMG. Não conhecem? Vão por favor ao Google e vejam quem são os responsáveis em Portugal...

O Mestre Mocho não só era aqui Míope em grau extremo como também se duvida que conhecesse a lingua em que os relatórios do Millenium eram escritos...

A não ser que apenas lá estivesse para encher os Bolsos (próprios e alheios) sem pejo nem medida...

Apeadeiro Aéreo desaloja Camelos da Margem da Sul


Al-cox-te (de mula) foi a localidade escolhida pelo Amir Ibn Socrates para o novo Apeadeiro Aéreo da Portugalândia.
O conhecido Xariff Al-Mar-io Asneira Ibn Lino prepara-se agora para tirar a carta de camelo para o reconhecimento necessário às Dunas da imensidão desértica.

Ultrapassadas algumas dificuldades com os Lobbyes que puxavam pela zona da Ota, receia-se agora que sejam os defensores dos camelos a criticar a Obra...
Na foto um Camelo da Aroeira planeia já a mudança para novas paragens...

Tive a sorte de nascer Homem...


A desgraça que se está a passar no Kénia tem um impacto directo na organização da Congresso da União Postal Universal, previsto exactamente para ocorrer em Nairóbi em Agosto deste ano.

Embora não existam ainda posições formais sobre a matéria é lógico que esta grande reunião de âmbito mundial não se poderá realizar naquele local.

Tenho muita pena, pois seria a primeira vez que a "mãe" África daria guarida a um evento desta natureza, tornando-se talvez possível - não no enquadramento do Congresso, obviamente, mas ao lado deste - chamar as atenções para as terríveis situações de miséria, pobreza, discriminação sexual, esclavagismo, etc... que, aliadas ao nepotismo e ao capitalismo selvagem das classes dominantes, vão destruindo o berço do Mundo.

Estudam-se já , como alternativas para o Congresso da UPU , Qatar e Genéve, sendo que esta última - como alguns devem saber - é o local de "refúgio" (por default) da comunidade postal internacional.

Tomem lá atenção como -no Kénia - a Constituição do País trata as Mulheres:

"The Constitution of Kenya forms the legal basis of discrimination against women. In Section 82, it outlaws discrimination on the basis of many grounds but discrimination on the basis of sex is not outlawed.

Furthermore, it explicitly immunizes discriminative customary practices from constitutional scrutiny. In Section 82 (4), it states that the provisions against discrimination are not applicable with respect to adoption, marriage, divorce, burial, devolution of property on death or other matters of personal law. All these issues impact directly on women's lives."

De entre os relatos que nos chegam das atrocidades cometidas nos últimos dias, , com relevo para "Autos-de-Fé" em Igrejas dos arredores de Nairóbi, incendiadas depois de cheias de pessoas e com as portas trancadas, apareceram também esta semana notícias sobre como muitos "homens" estariam a aproveitar a fuga de maridos e pais para a floresta para procederem à captura de mulheres em idade núbil para "venda" como escravas.

Enfim...

You cannot rob us of the rights we cherish,
Nor turn our thoughts away
From the bright picture of a "Woman's Mission"
Our hearts portray.

We claim to dwell, in quiet and seclusion,
Beneath the household roof,
From the great world's harsh strife, and jarring voices,
To stand aloof;

Not in a dreamy and inane abstraction
To sleep our life away,
But, gathering up the brightness of home sunshine,
To deck our way.

As humble plants by country hedgerows growing,
That treasure up the rain,
And yield in odours, ere the day's declining,
The gift again;

So let us, unobtrusive and unnoticed,
But happy none the less,
Be privileged to fill the air around us
With happiness;


To live, unknown beyond the cherished circle,
Which we can bless and aid;

To die, and not a heart that does not love us
Know where we're laid.

Annie Louisa Walker

"Chapelada" para Luis Campos e Cunha


No "Público" de hoje Luis Campos e Cunha assina um artigo de opinião - 3 Mistérios e um Banco - obviamente sobre a crise no BCP e a posição de Vitor Constâncio.

Vale a pena lerem e reflectirem sobre os tais Mistérios... Levanto aqui um pouco o véu:

a) Porque é que, no caso Enron , a maior consultora do Mundo que apoiava a gestão de topo da Petrolífera (a Arthur Andresen) teve de fechar as portas depois do escândalo e aqui em Portugal nem se ouve falar da consultora que apoiou a Administração "suspeita" do Millenium BCP nas eventuais aldrabices?

b) Porque é que Quem sabia das falcatruas (obviamente Administradores do Banco) preferiu mostrar os Dossiers a um dos accionistas (Está bom Amigo Joe?) e não às Autoridades Monetárias (CRMVM e BdP)?


quinta-feira, janeiro 10, 2008

Para Descansar a Vista


Chuvoso Maio

Deste lado oiço gotejar sobre as pedras.
Som da cidade ...
Do outro via a chuva no ar.

Perpendicular, fina,
Tomava cor, distinguia-se contra o fundo das trepadeiras do jardim.

No chão, quando caía, abria círculos nas pocinhas brilhantes, já formadas?

Há lá coisa mais linda que este bater de água na outra água?

Um pingo cai
E forma uma rosa... um movimento circular, que se espraia.

Vem outro pingo
E nasce outra rosa... e sempre assim!

Os nossos olhos desconsolados, sem alegria nem tristeza, tranquilamente vão vendo formar-se as rosas, brilhar e mover-se a água...

Irene Lisboa

quarta-feira, janeiro 09, 2008

O Referendo ao Tratado de Lisboa já era...


José Sócrates anunciará hoje no Parlamento a decisão de Não realizar o Referendo para justificar\validar o Tratado de Lisboa.

A promessa eleitoral do PS teria sido - segundo o próprio - a de referendar o Tratado Constitucional da União Europeia. Este último deixou de existir legalmente e foi substituído por um novo "ente jurídico" que se chama Tratado de Lisboa.

Conclui daqui o 1º Ministro e o PS que a promessa pré-eleitoral não estava amarrada a este novo diploma ...

É esta uma diferença puramente "semântica" que - tal como anteriores decisões de outros Governos - fará as vezes de sapo ou de elefante que alguns terão de "engolir" . E com cara alegre...

Enfim... Talvez este exemplo ensine aos nossos políticos os perigos das promessas feitas a quente e no único pressuposto de ganhar votos.

À face da Lei nunca foi necessário este Referendo, nem para o defunto Tratado Constitucional, nem para o actual Tratado de Lisboa. Então porquê (e para quê) a promessa?

Todos sabemos que, actualmente, o Sr. Presidente da República não desejaria o Referendo. Que o PSD não o queria. Que os parceiros mais importantes da UE o receavam. E etc...

Então agiu bem o Governo ao evitar este caminho de pedras aberto a seus pés se decidisse avançar com o Referendo?

Sim, do ponto de vista daquilo de que é hoje feita a política : a "real politik" ou o aspecto prático das coisas...

Agiu mal se julgarmos esta decisão à luz das antigas ( e se calhar fora de moda) práticas de honradez e de respeito pelos Eleitores.

O problema não está na decisão de hoje, mas sim na precipitação que fez desencadear a promessa anterior. Bom senso , sensatez, têm de fazer parte da panóplia de qualidades exigidas a quem se propôe governar.

Não será a última das promessas eleitorais que ficarão por cumprir, com este ou com outros Governos futuros, mas - e como dizia o "Cónego Remédios" - desta vez "não havia mesmo necessidade".

Ainda o DAKAR que não foi...

Um Leitor comenta:

Será o bloco comemorativo de um "não acontecimento"...

Exactamente! Embora os ambientalistas defendam que este foi o melhor e menos poluente DAKAR de todos, realizado entre a Porta Principal do Mosteiro dos Jerónimos e a entrada do Centro Cultural de Belém :):):)

terça-feira, janeiro 08, 2008

A Ressaca das Festas - Em Louvor das Sopas



A maioria dos Leitores sente-se - neste início de ano - ainda um pouco "inchado" com os desvarios cometidos à mesa durante o Natal e Fim de Ano?

O melhor "Remédio" costuma ser um mês de sopas...

Tradicionalmente este mês de Janeiro é cá em casa um mês de "defeso" onde tanto o meu "senhorio" como eu abdicamos de jantar de garfo e faca para o substituir por uma bela sopa, quente e reconfortante, para antes da deita.
A Sopa à Portuguesa é - até do ponto de vista dietético - um dos melhores e mais completos pratos que podemos ingerir. Engorda muito menos do que a habitual substituição do jantar por "umas sandes em frente à televisão" e faz muito melhor à saúde, tendo ainda a vantagem de reconfortar sem esticar demasiado o estômago, virtude sempre de assinalar para quem, como eu, se deita "com as galinhas" para me levantar "com os galos".


Qualquer Sopa das nossas tem sempre a mesma forma de execução: uma cozedura lenta em água de legumes escolhidos , com mais ou menos batata, alho francês, cebola, por vezes com nabos, azeite e sal.

Depois é só passar pela varinha mágica e acrescentar em seguida mais legumes verdes (Couve, nabiças, etc... ripadas à mão) para quem aprecie a Sopa mais ou menos forte. Deixam-se cozer estes últimos com a panela aberta para que a couve (ou o que for) não perca a cor, durante uns 10 minutos, e vai para a mesa.

De todas as formas, o segredo para que qualquer sopa apresente aquele toque aveludado de que todos gostamos é a utilização de muita e boa cebola que, com o alho francês, deve sempre fazer parte da base da maioria das receitas.

Neste tempo que é o nosso, onde é já possível comprar pré-lavados e desinfectados, agriões, caldo verde, nabiças ou espinafres, onde o feijão, as ervilhas e o grão vêm em latas pré-cozidos, etc... fazer uma sopa é tarefa fácil e que não demora mais do que 45 minutos.

Com a outra vantagem de se poder fazer ao fim de semana para aguentar pelo menos até Quarta Feira seguinte no frigorífico.

Vão por mim: uma sopinha ao jantar - independentemente das idades e dos pesos - dá bons sonos e melhores sonhos!

segunda-feira, janeiro 07, 2008

A culpa é do Constâncio...


O inefável e incansável comentador Marcelo, seguindo de perto as posições "oficiais" de PSD e do CDS , também acha que "O Governador deve explicar-se . Se não o fizer deve pôr o lugar à disposição!"

Nesta tramóia que envolveu o Millenium BCP parece que (ou melhor, "diz-se que"...) eram habituais práticas bancárias de baixa extracção, bordejando a legalidade, como a utilização de Off-Shores para evasão fiscal , isto para já não falar dos mais mediáticos "perdões" selectivos de dívidas a Clientes...

Segundo entendem os avisados comentadores , o Banco de Portugal é culpado porque , ao desconhecer o que se passava, deixou de cumprir a sua missão fiscalizadora do sistema bancário.
Logo, Jardim & Companhia estarão "inocentes" mas ...Constâncio será o "verdadeiro" culpado de tudo o que se passou!


Muito bem! Aplauso! Devem os Inspectores e Agentes da Judiciária entregarem-se desde já aos calabouços porque ... ainda não apanharam os perpetrantres dos crimes que desconhecem!

Acho que já vi este "Filme" e chamava-se, se não me engano, "Minority Report"... Aqui é que o Tom Cruise conseguia apanhar os assassinos mesmo antes de estes cometerem os crimes, apoiado por um sistema de informação que lhes detectava os pensamentos... mas acho que esse sistema ainda não está à venda cá em Portugal...

Uma entidade reguladora não é Polícia de Investigação. Só pode actuar emitindo pareceres sobre a legalidade das Operações se estas lhe forem transmitidas para parecer prévio (pelos próprios) ou denunciadas por terceiros, caso em que poderá fazer uma sindicância de fiscalização.

Imaginem o Banco de Portugal a entrar sem mais aquelas num Banco Privado (por exemplo no Santander) e a exigir que lhe abrissem os cofres e que lhe entregassem as chaves do sistema informático, isto sem qualquer suspeita visível de crime...

Lá teríamos o "inefável" Marcelo a clamar que aquilo era "Terrorismo de Estado" e a Oposição a exigir que o Sr. Presidente da República interviesse a favor da defesa do neo-Liberalismo...

Haja pudor Senhores da Oposição!

E, se me permitem, não lhes faria mal esconder- neste momento - as simpatias por quem brincou com a Credibilidade e com os Clientes de uma instituição que ERA a referência bancária neste País!

Vendas do Bloco DAKAR estão muito bem

Apesar (ou se calhar por causa disso...) da anulação da prova, as vendas do nosso Bloco estão a correr bastante bem.

No primeiro dia (que era um Sábado) as vendas nos balcões CTT abertos e no local da pretensa "partida" foram extremamente satisfatórias.

Já há até quem lhe chame o "Bloco do Dakar que não foi" ou ainda "o Bloco póstumo do Dakar", querendo com isto dizer que nunca mais esta prova automobilística será a mesma...

sexta-feira, janeiro 04, 2008

DAKAR afunda-se na areia... E agora??!!


Alguns Clientes e leitores nossos questionam o que devemos fazer com esta emissão depois do anúncio, pelas 12,45H desta tarde , da anulação da Prova deste ano...

Temos já dois comentários sobre o assunto que podem consultar.

O Material filatélico do DAKAR encontra-se espalhado pelos nossos agentes internacionais desde antes do Natal e, pior do que isso, em Macau já deve estar a ser vendido neste momento.

Desde ontem também já estão as EC’s abastecidas.

Na minha opinião são maiores os problemas da eventual retirada de circulação desta Emissão do que manter tudo tal como está.

Responderemos a qualquer pergunta de Clientes com a verdade: Uma Emissão Filatélica demora 2\3 meses a produzir e a respectiva Logística de abastecimento aos pontos de venda , nacionais e internacionais, implica que todo o material seja distribuído alguns dias antes de poder ser vendido.

Cancelar uma Emissão às 12.00H da véspera do dia de Lançamento não é possível sem correr o risco de que alguns dos objectos não estejam já sob controlo dos CTT \Editores e que, em consequência da retirada, venham a atingir valores de mercado incalculáveis.

Por isso, defendo que devemos manter tudo como se o Rally se realizasse, eventualmente adaptando os comunicados à Imprensa em conformidade.

Agora, quanto à anulação do rally só escrevo uma coisa: se tivessem sido mortos 4 mauritanos em vez de 4 franceses , teria a decisão sido a mesma?

O Governo francês manda na Organização do Rally e faz valer a sua condição de potência ocidental e "colonialista"...

Mas, por outro lado: a "outra" versão que já corre na Internet, É QUE ALGUÉM ESTARIA A PREPARAR UM ATENTADO DE GRANDE DIMENSÃO CONTRA O DAKAR DESTE ANO...

E que os Serviços Secretos Franceses agiram em conformidade...

Onde estará a Verdade?

Vendas Bloco Dakar

Um dos nossos Leitores questiona:

Boa tarde!Por acaso sabe informar as estações que irão lançar este bloco , gostava de adquirir um FDC , visto ser emitido num sábado irei deslocar-me de propósito a LX.

Nós - CTT - vamos ter um Posto de Correio mesmo junto ao Centro Cultural de Belém, ao pé dos stands das Marcas. Não sei é se se trata de um espaço reservado apenas a portadores de credencial da Lagos Sport.

De todas as maneiras a Estação dos Restauradores em Lisboa e a do Município, no Porto, estão abertas ao Sábado e podem vender este Bloco.

Não deixem para muito tarde a compra porque há já indícios (nº de pedidos que estão a chegar aqui aos serviços centrais) de que este Bloco esgotará rapidamente.

Ainda o caso do Millenium BCP



Não há Jornal , diário ou semanário, que hoje evite falar do caso do BCP e da apresentação "in extremis" da lista de Cadilhe concorrente à de Santos Ferreira e da forma como o Banco de Portugal estaria, neste momento, a passar a pente fino os "curriculae" dos administradores propostos por ambas as listas para garantir que nenhum estaria envolvida na suposta fraude de favorecimento que fustigou o Banco nos últimos tempos.

De uma forma geral sou a favor da apresentação de duas listas, já que o unanimismo me parece uma política perigosa qualquer que sejam as circunstâncias...

Sabemos que Cadilhe se terá - e com alguma razão, digo já eu - insurgido contra as suspeitas que o Banco de Portugal tinha lançado sobre todas as Administrações do BCP desde 1989. Na razão desta indignação estava o facto de nada se ter ainda provado contra ninguém , nem actuais nem antigos dirigentes do mesmo banco.
O Banco de Portugal, por sua vez, assume aqui a posição que lhe compete, de garante da sobriedade e da honestidade do sistema financeiro nacional onde, como à mulher de César, não se exige apenas que sejam todos honestos, mas também que o pareçam... e , francamente, muitos dirigentes do BCP não o parecem actualmente, podendo até sê-lo na verdade.

Nesta diferença ente possíveis responsabilidades civis e criminais que se apuram em tribunal e dúvidas fundadas de credibilidade, que têm a ver com a opinião pública e com o organismo Regulador da actividade bancária, está a oposição entre as posições de Cadilhe e de Vitor Constâncio.

Na minha opinião têm ambos razão: nem se devem crucificar responsáveis na Praça Pública antes de o seu "crime" ter sido provado, nem, por outro lado, será de bom senso manter os mesmos responsáveis à frente de instituições onde existe a "suspeita" de se terem cometido falcatruas.

O contrário seria como nomear um suspeito de Pedofilia para vigilante de um Jardim de Infância, passe a crueza da comparação.
Por outro lado, se é verdade que sócios do BCP utilizaram financiamentos do mesmo banco para comprarem as acções (desse banco ainda) o que parece criticável mesmo a um "ingénuo" em política financeira , também Berardo e os seus "compadres" não se livram da fama de terem usado financiamentos da CGD para comprarem acções do BCP.

O que, de per si, nada teria de estranho se não fosse a posterior nomeação do Presidente da mesma CGD para Presidente do BCP , apoiado por esses "clientes" que a CGD financiou em primeiro lugar...


Mas, se de um Joe Berardo será de esperar alguma, como dizer, "impertinência ", face à moral e aos bons costumes, tal presunção seria - há dois meses atrás - inconcebível de ser levantada em relação ao Engº Jardim Gonçalves...

Que dizer? Que País, que Gestores... Pois se nem a Opus Dei se mostra à altura das suas pretensas obrigações de rectidão e de seriedade...

"A santidade pelo trabalho" é o lema da "obra", embora , e se calhar de propósito, não se explique bem que tipo de trabalho... Algumas vigarices elaboradas também devem dar muito "trabalho" a montar.

quinta-feira, janeiro 03, 2008

Aqui fica o apoio à Revolta do Alandroal


Os nossos amigos da "Alandroalândia" questionam - e muito bem - a posição da TMN, que parece prometer ( e receber...) aquilo que não tem capacidade para fazer em termos de acessos de banda larga naquela região encantada do nosso País.
Antes da Crítica e do pedido de auxílio os nossos agradecimentos ao fotógrafo "Inaquim" e ao "Fotodependente.blogspot.com" pela foto do interior do castelo do Alandroal.


www.alandroalandia.blospot.com

Quarta-feira, 2 de Janeiro de 2008

PENSAMENTOS DO EDITOR - A REVOLTA
Banda Larga TMN. Quantos de nós Alentejanos, não adquirimos uma Placa Banda Larga TMN, para termos internet móvel?

Muitos como eu, com certeza. Mas provavelmente, já aconteceu a todos, ao tentar ligar-se á internet aparecer, “ erro de protocolo”, “a registar na rede, aguarde” , “desligado”, ou então não lhe aparece nada, mas também não se consegue ligar.

Ou momentaneamente consegue ligar-se mas está tão lenta que não está nem a 20% da velocidade que está a pagar.

Passo seguinte, telefona para a assistência da respectiva operadora, e o que lhe dizem: “ se o problema persistir, telefone amanhã”, no dia seguinte dizem-lhe o mesmo!. “ Há um problema na sua área que está a ser solucionado”, mentira!. “ Tente mais tarde”, mais do mesmo!. “ Faça isto...”, “faça aquilo... ”

É só empalhar, para não dar em nada e tudo com muita simpatia. “ O tráfego está sobrecarregado e de momento...” Eureka! alguém se descuidou a dizer a verdade.

Pois é meus amigos, a TMN não consegue cumprir os serviços contratualizados, nós por imperativo de fidelização temos de pagar as facturas que vêm todos os meses, se não ameaçam-nos com uma ida a tribunal, mas da outra parte os serviços pelo qual pagamos não são assegurados.

Mais grave, parece que a “ anedota” é só contada a Alentejanos. Vamos deixar que nos continuem a fazer isto? A TMN não merece uma liçãozinha?

Eu tenho a “malfadada” placa hà 22 meses e desde Setembro que os problemas se agudizam, a fidelização acabou, tenho as facturas todas pagas até Dezembro 2007.

Podia simplesmente desistir. Mas não, vou persistir. Por todos os Alentejanos, pois o “ Choque Tecnológico”, abrange todo o Pais, e desde de que me conheço o Alentejo também é em Portugal.

As operadoras, para conseguir a licença deste serviço, comprometeram-se com o governo e num curto espaço de tempo, em dar cobertura do serviço para todo o território Nacional. E se não o fizessem, teriam que sofrer as consequências da falta.

Ora é aqui que eu apelo, à vossa ajuda e para se ajudarem a vós próprios.

Há uma Autoridade Nacional de Comunicações em Portugal, a ANACOM. No site desta entidade, há um impresso para reclamações muito fácil de preencher, só têm de entrar lá, identificarem-se e no espaço da reclamação, dizer a verdade sobre o assunto em questão.

E depois é só esperar que a ANACOM, actue em conformidade.

Até à vitória final. “ REGIÕES DIFERENTES, TRATOS IGUAIS “

Manuel Varandas.

De regresso ao trabalho e logo o "DAKAR"


Começamos cedo este Plano Anual de Emissões, com a que dedicaremos no próximo dia 5 de Janeiro aos 30 Anos do Dakar, que sairá de Lisboa mais uma vez.

Aqui fica o Bloco para V. conhecimento antecipado.

Bom Ano de 2008!!

terça-feira, janeiro 01, 2008

O Cozido à Serrana do 1º do Ano


A tradição manda fazer o Cozido à portuguesa no 1º dia de cada novo ano, querendo com isto homenagear a dona de casa que foi suficientemente hábil para ter ainda em Dezembro os últimos restos do fumeiro do ano passado, já em vésperas da nova matança do porco.

Neste ano não matámos em casa - a idade começa a pesar na minha sogra para tratar de tudo o que é necessário à manutenção dos porcos, para já não falar do desmancho e da salga da carne - por isso atrevi-me a modificar esta nossa tradição.

Aproveitando as idas a Estremoz para o dia do selo deste ano (1º de Dezembro) fiz um pequeno desvio e passei pela renomada "Salsicharia Cortes"- em S.Lourenço, à saída de Estremoz; telefone - 268 919 182 - onde me abasteci de fumeiro para o cozido e para comer em fresco: Paios grossos, paios finos, chouriços, moiras, farinheiras, Barriga e entrecosto fumados, tudo de porco preto.

A Serra contribuiu com as incomparáveis couves, nabos, cenouras e batatas, da horta cá de casa. A carne de vaca (da costela) o chouriço fresco de vinagre e sangue e a entremeada foram também compradas aqui no Talho Senense.

Eu aprendi a fazer o cozido com parcimónia, para não sujar muita louça nem atrapalhar muito a vida da cozinha nesse dia. Apenas temos de ter em atenção que a carne de vaca leva mais tempo a cozer do que as couves e batatas. Por isso, se não utilizarem panela de pressão, recomendo que ponham a panela com as carnes ao lume logo pelas 10.00H da manhã , enquanto que os vegetais apenas precisam de ser postos a cozer uma hora mais tarde, isto em querendo comer pelas 13.00H claro está... Tudo posto ao lume com a àgua a ferver.

Para 4\6 pessoas necessito apenas de 2 panelas grandes e de um tacho pequeno. Na maior das panelas introduzo as couves, o nabo, a cenoura e as batatas. Incluo um chouriço de carne que piquei previamente e um pedaço de barriga fumada, para darem gosto aos vegetais.

Na outra Panela grande cozo as carnes: deito primeiro a carne de vaca e os chouriços, um pouco mais tarde a entremeada (previamente salgada) por ser mais fina, juntamente com as chouriças mouras (aqui em cima chamam-se "morcilhos", feitos com sangue, pão, cominhos, pimenta, azeite e as gorduras do animal).

O chouriço fresco de vinagre (a que em Lisboa chamamos "de sangue") e as farinheiras são picados com palitos e postos por cima das couves ou das carnes uns trinta minutos antes de apagar o lume.

Uma das farinheiras é então retirada, tira-se-lhe a pele e é desfeita no tacho onde fazemos o Arroz , utilizando a água da cozedura das Carnes: pica-se uma meia cebola fininha e um dente de alho, junta-se um pouco de sal e Azeite, apura um pouco com a farinheira desfeita. Introduz-se o arroz , frita-se envolvendo no refogado e depois deita-se a água das carnes na proporção de 2 para 1.

Enquanto o arroz coze aproveitamos para cortar os enchidos e as carnes e dispor numa travessa. O mesmo em relação aos vegetais. Se houver tempo podemos pôr o arroz uns minutos no forno, para alourar por cima.

Bom Proveito e Boa sorte para 2008!